quinta-feira, 29 de maio de 2014

O PSTU apresentará uma alternativa socialista nas eleições de 2014 no Paraná

 Declaração Política do Diretório Estadual do PSTU-PR

O PSTU apresentará candidatura própria à presidente e também ao governo do estado no Paraná, para reafirmar um programa socialista que represente de fato mudanças a favor dos trabalhadores e milhares de jovens que foram as ruas no ano passado. Nesta declaração política explicaremos os motivos pelos quais não foi possível avançar na aliança com PSOL e PCB. As cartas trocadas entre PSOL e PSTU serão publicadas no final do texto.

A nova situação política do país, iniciada com as gigantescas manifestações em junho do ano passado, mostraram que o caminho para realizar as verdadeiras mudanças no país é o da luta direta da classe trabalhadora e sua juventude. Por isso apoiamos as greves que ocorrem em várias cidades. A COPA do mundo não está empolgando boa parte da população que percebeu o descaso dos governos com o povo.

Neste cenário político é importante unificar todos os que estão dispostos a lutar nas mobilizações e greves que estão acontecendo, nesta COPA vai ter luta e nós iremos apoiá-las ativamente. Estamos em ano eleitoral e também é nossa obrigação enquanto partido de esquerda apresentar uma alternativa socialista, anticapitalista e anti regime que enfrente os projetos do PT de Dilma e Gleisi, do PSDB de Aécio e Richa, do PSB de Campos, a REDE de Marina e demais partidos burgueses que apresentarão candidaturas nessas eleições.

No Paraná, Beto Richa (PSDB) demonstrou nesses quatro anos que não governa para os trabalhadores. Mas é preciso dizer com todas as letras que nem Requião (PMDB) e nem Gleisi (PT) representam mudanças a favor dos trabalhadores. Ambos os projetos pretendem governar para os grandes empresários que irão financiar e apostar em suas campanhas. Requião e Gleisi são senadores e nada fizeram para mudar a política do país após as manifestações do ano passado. Gleisi era a ministra chefe da casa civil no governo Dilma até o início deste ano, ou seja, foi parte do governo que priorizou investir bilhões de reais nesta COPA.


Porque não foi possível a Frente de Esquerda no Paraná? 

Não foi possível reunir com o PCB por que estava em período de definição sobre qual seria sua política perante as eleições 2014. Em abril o PCB definiu que lançará candidaturas próprias para presidente e ao governo do estado.

Nas três reuniões realizadas com a direção estadual do PSOL reafirmamos nossa intenção pela unidade da esquerda através de uma frente nas eleições. Nelas explicamos os critérios e condições políticas que para nós deveriam ser consideradas para avançarmos na unidade:

1. Apresentar nas eleições um programa socialista e anticapitalista, que represente de fato os interesses da classe trabalhadora e da juventude. Tal programa deve representar as demandas levadas às ruas em junho do ano passado, mas precisa expressar mais do que isso, deve representar as reais demandas dos trabalhadores, incluindo a luta contra toda forma de opressão. Ele precisa ser construído democraticamente com todos aqueles e aquelas que lutam contra a exploração e opressão capitalista.

2. Contra qualquer tipo de aliança ou apoio de partidos burgueses. O arco de aliança deve ficar restrito apenas ao PSTU, PSOL e PCB.

3. Não pode receber qualquer tipo de apoio financeiro da burguesia e suas empresas.

4. Respeito ao peso político e a inserção social dos partidos na classe trabalhadora.

Em base a esses critérios explicamos que o PSTU não poderia simplesmente fazer uma adesão às candidaturas do PSOL. O programa, o financiamento de campanha, o arco de alianças e o respeito ao peso dos partidos são condições políticas fundamentais. Na ocasião propusemos que cada partido ocupasse uma candidatura de importância, ou Governo ou Senado. Para nós não estaria correto nenhum dos partidos ocupar as duas candidaturas de maior destaque no dialogo com as massas. 


A partir deste entendimento informamos que estaríamos dispostos a abrir mão da candidatura ao Governo do Estado, ficaríamos com a candidatura ao Senado.


Diante dos critérios e condições apresentadas a direção estadual do PSOL nos informou que a Frente de Esquerda dependeria da definição de sua Conferência Eleitoral Estadual. Foi quando decidimos suspender as reuniões e aguardar o resultado da Conferência Eleitoral.

Esta Conferência foi realizada na metade do mês de abril, quando veio a público a informação de que o PSOL teria Bernardo Piloto como candidato ao Governo e Piva como candidato ao Senado.

Após a Conferência Eleitoral o PSTU não foi procurado oficialmente para dar continuidade ou por fim ao esforço pela construção da Frente de Esquerda no Paraná. Não tivemos o retorno prometido quanto a disposição política de avançar na unidade nas eleições em base aos critérios que vínhamos debatendo e que acabamos de explicar acima. Então escrevemos uma carta¹ com o conteúdo exposto acima à direção estadual do PSOL, solicitando sua posição oficial sobre a frente.

A resposta da direção estadual do PSOL² foi: “Em nossa Conferência Eleitoral foram aprovadas as candidaturas de Bernardo Pilotto ao Governo e Luiz Piva ao Senado. Sobre o diálogo com PCB e PSTU, definiu-se por seguir estabelecendo conversas com ambos partidos, nos marcos já definidos das candidaturas majoritárias para o PSOL. Esclarecemos, que a composição do PSOL enquanto partido de tendências teve peso substancial na indicação das vagas ao Governo e ao Senado.”

Como vemos não foi atendido um dos critérios que apresentamos nas reuniões, de que o peso social e político dos partidos deveriam ser considerados na composição da chapa majoritária da frente, onde abriríamos mão da candidatura ao governo do estado mas não do senado. Fica claro que a proposta do PSOL é que façamos uma simples adesão a sua chapa definida.

O argumento de que “a composição do PSOL enquanto partido de tendências teve peso substancial na indicação das vagas ao Governo e ao Senado” não nos diz respeito e não podemos aceitá-lo como justo. Nosso esforço de unidade é com o partido PSOL e não com uma ou outra corrente, tão pouco podemos nos submeter a uma decisão que busca acomodar a unidade interna entre as correntes deste partido. Trata-se de fazer um esforço político sincero pela unidade entre partidos que se mantém na oposição de esquerda, que aliás seria fundamental para fortalecer a disputa pela esquerda.

Mais adiante encontramos na carta: “O PSOL, como já foi colocado em outros momentos, tem acordo com os 4 pontos trazidos pela vossa carta. Além disso, temos a vaga de vice a disposição em nossa chapa majoritária e, principalmente, consideramos que a questão do espaço dos partidos nos programas e na campanha como um todo não se resume a vaga na chapa majoritária.”

Está escrito na carta da direção do PSOL temos a vaga de vice a disposição em nossa chapa majoritária”, ora, fica claro que este partido entende a unidade como uma simples adesão do PSTU a sua chapa. Não podemos aceitar essa postura hegemonista, nosso partido tem trajetória na luta de classes internacional, somos um partido nacional com significativa inserção na classe trabalhadora e participação nas lutas políticas do país. No Paraná não é diferente, temos presença política nas lutas e inserção na classe trabalhadora.

O PSTU e PSOL possuem projetos estratégicos distintos, somos um partido que tem a revolução socialista como estratégia enquanto o PSOL entende que é possível avançar através das reformas nos marcos do capitalismo, as eleições e a aliança eleitoral são questões táticas para nós. Participamos das eleições para fazer avançar a influência do programa socialista sobre as massas; para apoiar as lutas e mobilizações dos trabalhadores; para denunciar a corrupção, a hipocrisia e os interesses da classe dominante, dos seus partidos e instituições da democracia burguesa; para denunciar a traição dos partidos (como PT) que dizem representar os explorados e oprimidos.

Por fim, reiteramos que fizemos todos os esforços para que pudéssemos conformar a Frente de Esquerda no Paraná, porém, como explicamos acima, a posição hegemonista do PSOL em sua Conferência Eleitoral inviabilizou a frente. Sendo assim, reafirmamos a construção da pré candidatura de Rodrigo Tomazini ao governo do Paraná. Convidamos todos aqueles que estiveram nas manifestações do ano passado e os que estão nas lutas e greves de agora à construir essa candidatura conosco.

¹: acesse em http://pstunoroeste.blogspot.com.br/p/escrevemos-esta-carta-direcao-estadual.html
²: acesse em http://pstunoroeste.blogspot.com/p/camaradas-dadirecao-estadual-dopstu.html

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Nota de repúdio à perseguição política que vem sofrendo nosso companheiro Bruno Coga no Hemocentro da UEM

Desde outubro do ano passado nosso companheiro e servidor da UEM, Bruno Coga, vem sofrendo um intenso assédio moral e perseguição política por parte se sua chefia no Hemocentro Regional de Maringá, que culminou com o afastamento de seu local de trabalho e transferência para outro setor do Hospital Universitário de Maringá. Esse brutal ataque se deve a uma postagem que nosso companheiro fez em seu perfil no facebook quando da visita do Governador Beto Richa à Maringá para a inauguração do novo prédio do hemocentro. À época, Bruno denunciou a falta de servidores para atender os novos pacientes e o impacto que a sobrecarga de trabalho traria aos funcionários. 

Embora a postagem tenha se caracterizado como uma crítica a Beto Richa e sua falta de compromisso real com a saúde pública no Estado, o que motivou inclusive questionamentos por parte da imprensa e levou o governador a proferir frase que ficou amplamente conhecida “Eu não trabalho aqui”, a mesma irritou a Diretora do Hemocentro, a médica Silvia Maria Tintori, que tomou a crítica política como uma ofensa pessoal e a partir de então passou a perseguir nosso militante de forma descabida, através de intimidação pessoal e mudança arbitrária de seu horário de trabalho. Na época, a Diretora chegou a solicitar sua transferência de setor e que a superintendência do HU abrisse uma sindicância contra o mesmo, o que obviamente não foi acatado naquele momento. O último episódio desta perseguição foi uma advertência escrita dada a Bruno, por ele simplesmente ter feito um questionamento a um palestrante, do qual discordava de suas ideias e a notificação de que aquele momento em diante, ele não deveria mais se apresentar no Hemocentro para o trabalho, mas sim à Superintendência do Hospital Universitário. Todo este processo trouxe consequências para sua saúde física e psicológica, que levou nosso companheiro a se afastar do trabalho para tratar de sua saúde.

É inadmissível no estado democrático de direito que um trabalhador seja perseguido por suas opiniões políticas, mais ainda quando este trabalhador é um servidor público concursado que ademais de executar suas funções de maneira exemplar, sempre lutou pela instituição a qual pertence, denunciando o descaso com nossa universidade, os sistemáticos cortes de verbas por parte de governos à UEM, piora das condições de trabalho para os servidores, o sucateamento do ensino público superior no estado, enfim, todo o ataque que a UEM e as outras universidades estaduais vem sofrendo ao longo dos últimos anos. Bruno é servidor da UEM por 7 anos, foi membro eleito do Conselho Universitário, é reconhecido na comunidade acadêmica por sua trajetória de lutas ao lado dos servidores, professores e alunos na defesa de uma universidade pública, gratuita e de qualidade, e por usa inserção política junto aos movimentos sociais. Não podemos aceitar represálias àqueles que, no interior da universidade lutam por seus direitos e pela melhoria da instituição. O PSTU não vai aceitar que nosso companheiro seja submetido a essa perseguição. Manifestamos nosso total repúdio ao assédio moral que Bruno vem sofrendo e nos colocamos ao lado de nosso companheiro para encaminhar todas as questões necessárias à sua defesa política e jurídica, para que casos como esses não voltem mais a acontecer no HU e em toda Universidade Estadual de Maringá. 
Postagem de Bruno no Facebook
(Clique para ampliar)

Diante do exposto, iniciaremos uma campanha nacional pública contra a perseguição sofrida pelo nosso companheiro, já que essa represália se configura numa clara tentativa de impedir a livre manifestação e fere completamente a liberdade de expressão. 

- Pelo fim da perseguição política ao companheiro Bruno!

- Em defesa da democracia e da liberdade de expressão na UEM!

- Contra a criminalização dos movimentos sociais e dos ativistas que lutam por melhores condições de vida e trabalho e por uma sociedade mais justa!

- Por mais servidores para a UEM, HU e Hemocentro, por melhores condições trabalho e fim do assédio moral!




Maringá, 24 de abril de 2014
Direção Estadual do PSTU

terça-feira, 15 de abril de 2014

ACUADO PELAS DENÚNCIAS DE CORRUPÇÃO, DEPUTADO ANDRÉ VARGAS (PT) VAI RENUNCIAR


Um jatinho e um passeio em família em João Pessoa (PB). Assim como há alguns anos um Land Rover virou o pivô de um escândalo que mostrou as relações espúrias entre dirigentes do PT e empresários, desta vez a viagem num jatinho foi o que revelou um esquema de corrupção envolvendo o deputado André Vargas (PT-PR), e o doleiro Alberto Youssef. Longe de ser um deputado qualquer da base petista, Vargas era até dias atrás vice-presidente da Câmara.

Por que um doleiro, envolvido em uma série de casos de corrupção, emprestaria um jatinho para um deputado viajar com a família para a praia? Quando foi revelada essa estranha cortesia, o deputado afirmou se tratar de algo normal, como se emprestar jatinhos fosse a coisa mais normal e descompromissada do mundo. "Conhecer alguém há 20 anos não é crime. Alberto Youssef é empresário de minha cidade. Dono do maior hotel da cidade. E os encontros, contatos e relações se deram dentro da legalidade", divulgou em nota no começo do mês. O que o deputado petista se esqueceu de dizer foi que Youssef não era um mero empresário e que as relações que estabelecera com ele estão muito longe de qualquer "relação republicana".

Alexandre Youssef foi preso no dia 17 de março na Operação Lava-Jato da Polícia Federal, que levou à prisão também o ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa, no dia 20. A operação investiga lavagem de dinheiro e desvio de recursos na Petrobrás, cujo montante pode chegar a nada menos que R$ 10 bilhões. O doleiro mantinha uma série de empresas com contratos firmados com a Petrobrás que, acredita-se, sejam fraudados. Paulo Costa, por sua vez, foi preso com documentos que indicam repasses a políticos, possivelmente para despesas de campanhas eleitorais. Paulo Roberto recebeu de Youssef um Land Rover Evoque, mostrando que os políticos corruptos não possuem um gosto lá muito original.

"Vai valer a tua independência financeira. kkkk"
As investigações da Polícia Federal, por outro lado, revelam uma relação entre Vargas e Youssef que ultrapassam a mera amizade. Diálogos entre os dois interceptados durante o levantamento mostram que o deputado petista ajudou uma empresa de Youssef, o laboratório Labogen, a conseguir um contrato de R$ 31 milhões com o Ministério da Saúde. A empresa, claro, é de fachada. Em sua defesa, Vargas apenas disse que havia achado o projeto "interessante". "Achei que era bom para o país, era bom para a economia", afirmou à imprensa.

Se André Vargas achou o projeto bom para o país, com certeza ele achou muito melhor para si próprio. Num dos diálogos entre o político e o empresário, em meio aos esforços para viabilizar o contrato entre o laboratório e o Ministério da Saúde, o doleiro afirma: "Cara, estou trabalhando, fica tranquilo, acredite em mim. Você vai ver quanto isso vai valer tua independência financeira e a nossa também, é claro, kkkkk". 

Percebendo o cerco se fechar e vendo que não havia resposta plausível para as provas que apareciam, André Vargas renunciou à vice-presidência da Casa, se licenciou do mandato e, por fim, com a corda no pescoço, anunciou a sua renúncia para esse dia 15 de abril. O deputado ainda tentou resistir, espalhando a ameaça que, se caísse, levaria gente graúda junto. Dirigiu ameaças especialmente ao ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha (pré-candidato ao governo de São Paulo), a Gleisi Hoffmann e o seu marido, o ministro das Comunicações Paulo Bernardo, mas não teve jeito. Mesmo com a renúncia, porém, Vargas continua com o processo aberto no Conselho de Ética da Câmara, podendo ter o mandato cassado e ficando inelegível por oito anos.

O fundo da questão
O escândalo que atinge os contratos fraudados da Petrobrás, do Ministério da Saúde, empresas e políticos não traz nada de novo. Mostra como, nove anos após o mensalão, o PT continua utilizando as estatais para se financiar e para conquistar a "independência financeira” de seus quadros. Mostra, mais uma vez, a profunda degeneração política do Partidos dos Trabalhadores que, no poder, repete de forma sistemática as velhas práticas da direita e dos governos anteriores. Reafirma a degeneração moral dos dirigentes do partido que, para garantir seu modo de vida burguês e um jatinho para viajar nas férias, não pensa duas vezes antes de atacar as verbas da Saúde, num país em que se morre nas filas dos hospitais públicos.

Quando o PT fez a sua opção pelas grandes empresas, bancos e empreiteiras, fez também a sua opção pela corrupção. Financiado pelo grande capital privado, uma vez eleito, tem que garantir o retorno desse investimento. Quando explodiu o escândalo do mensalão, o PT ensaiou uma autocrítica. Agora, com vários de seus dirigentes atrás das grades, a história se repete. Vai ser o que agora? Um novo “golpe da direita”? A verdade é que as opções escolhidas pelo partido, e os compromissos assumidos, se revelam agora um caminho sem volta.

E a direita?
A direita, por sua vez, já explora o escândalo para se beneficiar eleitoralmente e avançar a privatização sobre a Petrobrás. No entanto, a direita não tem nenhuma moral para denunciar o que quer que seja. O governo de Geraldo Alckmin (PSDB), em São Paulo, chafurda no escândalo do cartel dos trens e metrôs. Um negócio bilionário que, se não é o maior, é um dos maiores casos de corrupção da história do país. Já em relação à Petrobrás, o discurso hipócrita dos tucanos não explicam que é justamente através dos contratos com as empresas privadas que se dá a maioria dos casos de corrupção.

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quarta-feira, 12 de março de 2014

EM ÉPOCA DE PRÉ-CANDIDATURAS, KIREEFF ANUNCIA CONVÊNIO COM GOVERNO FEDERAL

Kireeff (PSD) anunciou nesta semana um convênio com o Governo Federal para a liberação de 150 mi para o financiamento das Obras referentes a implantação do Sistema BRT (Bus Rapid Transit ou, em português, ônibus de transito rápido), o projeto integra os investimentos do PAC 2. Desse valor, aproximadamente, 19 milhões serão desembolsados pela prefeitura.

Alguns detalhes da negociação chamam a atenção. Primeiramente, o sigilo com o qual a negociação está sendo tratada. Se se trata de um serviço público que deve beneficiar a população londrinense, então por que ser tratado reserva? O outro ponto que nos chama atenção é a participação de parlamentares e possíveis futuros candidatos do PT, como a senadora e pré-candidata ao Palácio do Iguaçu, Gleisi Hoffmann, o deputado federal André Vargas e a vereadora Lenir de Assis. 

Vale lembrar que recentemente Londrina foi palco de grandes mobilizações contra o aumento da passagem de ônibus e que questionava o modelo de gestão do transporte público da cidade. Naquele momento, nenhuma dessas “autoridades” se posicionou sobre o assunto, nem mesmo quando os manifestantes foram duramente reprimidos pela polícia. 

Apesar do prefeito Kireeff chegar a convocar uma reunião com o Comitê pelo Passe Livre, esse projeto nunca foi citado. 

Assim, a pergunta que fica é, por que não discutir o projeto com os setores organizados, os trabalhadores do transporte, os usuários e com a população em geral? Qual a real intenção da prefeitura e do governo federal? Ao que tudo indica, serão mais milhares de reais destinados para grandes grupos de empresas e mais descaso para a população, pois, segundo Kireeff, o sistema será administrado pelas empresas prestadoras de serviço.

É comum que nas vésperas das eleições surjam medidas “milagrosas” para resolver os problemas sociais como o transporte coletivo, que deveria ser público. Contudo, como sempre, as empresas e empresários que doam dinheiro para as campanhas eleitorais serão depois recompensadas. Como diz o velho ditado popular, quem paga a banda escolhe a música...

Por isso, nós, do PSTU, defendemos a imediata estatização do transporte coletivo de Londrina, sob o controle dos trabalhadores, para que ele deixe de estar à serviço do lucro dos ricos, grandes empresários e acionistas e, esteja à serviço da população que tanto necessita dele.

terça-feira, 11 de março de 2014

LONDRINA: QUANDO MORAR É PRIVILÉGIO... OCUPAR É UM DIREITO!

Desde o início do ano, ocorreram quatro ocupações urbanas na região norte de Londrina. Essa onda de ocupações é fruto do déficit habitacional do município. Infelizmente, o poder executivo ao invés de buscar uma solução ao problema dos moradores dessas ocupações, entrou com um pedido na justiça de Reintegração de Posse dos terrenos pertencentes ao município.

Segundos dados da Companhia Municipal de Habitação (Cohab), atualmente cerca de 47 mil famílias não possuem moradia em Londrina, sendo que 15,5 mil vivem com renda inferior a mil reais por mês. Dentre essas famílias, 26% estão localizadas na zona norte (onde ocorreram as ocupações) e 22% na zona leste (próximo a região da rodoviária). Ainda segundo os dados da Cohab, serão necessário 4,76 bilhões de reais para sanar o atual déficit na cidade.

Ocupar e resistir

O ano de 2013 foi marcado pelo retorno da classe trabalhadora brasileira às ruas. Se junho foi o mês das grandes passeatas, o segundo semestre trouxe um aumento crescente das ocupações urbanas como as ocorridas em Osasco e Belo Horizonte. A explicação para isso é bastante simples: é impossível a uma família que ganha até três salários mínimos adquirir moradia. O preço dos aluguéis é alto demais, chegando a consumir até 50% da renda de quem já vive com muito pouco e com a volta da inflação, o quadro se agravou ainda mais.

Os programas governamentais atendem um percentual insignificante de famílias de baixa renda. O Minha Casa, Minha vida – programa do governo federal muito propagandeado pela presidente Dilma, garante o repasse de recursos para as grandes empresas que, por questões econômicas, optam por não construir moradias para a população que recebe até 3 salários mínimos. A consequência disso é que o número de casas entregues para famílias com essa faixa de renda não consegue suprir sequer a nova demanda gerada, quem dirá diminuir o déficit habitacional.

É esse quadro de desalento que faz com que milhares de famílias optem pela ação direta e por ocupar terrenos abandonados na cidade. Tentam assim garantir na luta um direito que lhes é negado pelos governos. 

Só a luta muda a vida!

Terminou hoje o prazo dado pela justiça para a saída dos 600 moradores que ocupam a área que pertence ao município de Londrina. Nós, do PSTU, somos contra a retirada desses moradores sem que seja oferecida um alternativa de moradia digna para as famílias.

Não quemos nunca mais ver desocupações como a que aconteceu no Pinheirinho, em São José dos Campos, na qual mulheres foram agredidas e violentadas e duas mil famílias perderam seus lares. Para nós, é necessário um programa que atenda realmente a população mais pobre que necessita de medidas governamentais que atestem seus direitos a moradia.

Que a luta dos moradores do Pinheirinho sirva de exemplo aos lutadores de Londrina. Pois foi essa luta que possibilita agora a construção de um bairro, com novas casas, que será a moradia dos lutadores de São José dos Campos. Temos a clareza de que as novas moradias são frutos da pressão popular sobre os governos federal, estadual e municipal.

Força companhei@s!

terça-feira, 4 de março de 2014

EMPODERAMENTO PARA QUEM? UMA POLÊMICA COM A MARCHA MUNDIAL DAS MULHERES

Por Ana Soranso – PSTU Londrina, Érika Andreassy – PSTU Maringá, Karen Capelesso – PSTU Curitiba, Márcia Farherr – PSTU Cascavel, Mariane Siqueira – PSTU Curitiba

Na década de 1970, a Tese do Empoderamento ganhou força nos ambientes acadêmicos e no movimento de mulheres no mundo todo. Segundo essa teoria, a saída para as mulheres combaterem o machismo é assumir cada vez mais postos de poder e cargos de direção, como um meio de “empoderar” as mulheres. É baseada nessa ideia que muitas veem como progressivo o fato de que qualquer mulher assuma postos de poder independente de sua classe social.

O determinante não seria mais a relação de produção capitalista e a luta de classes.Quanto mais mulheres ocuparem postos de direção dentro do sistema capitalista(presidentes, juízas, senadoras, deputadas, etc.) mais “poder” teriam todas as mulheres e, consequentemente, sofreriam menos com o machismo e teriam melhores condições de vida.

De última a Tese do Empoderamento secundariza a luta de classes e coloca como fundamental a luta entre os gêneros, homem e mulher, para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. O “Poder Feminino”, nessa concepção, seria instrumento para mudar a realidade, uma vez que as mulheres (somente elas,independente de sua classe) seriam o motor da transformação. Para as defensoras desta tese, uma das medidas que poderia evitar uma crise econômica é se houvesse mais mulheres governando o mundo.

A Marcha Mundial das Mulheres – MMM, dirigida por companheiras do PT e PCdoB, fundamenta sua política e ação nesta Tese, que na prática é a defesa da aliança entre todas as mulheres, sejam burguesas ou trabalhadoras. Por isso, hoje a MMM se localiza na base do Governo liderado por Dilma (PT), primeira mulher a ser presidente no Brasil,ao lado de setores reformistas e burgueses que também apoiam o governo.

O veredicto da história

Infelizmente esta tese não passa pela prova da história. Vejamos a alguns exemplos:

  • A Juíza Márcia Loureiro, mulher “empoderada” no judiciário, foi quem determinou a invasão do Pinheirinho criando as condições para que um idoso fosse assassinado e duas mulheres estupradas na bárbara e violenta desocupação de cinco mil famílias.
  • As “superempoderadas” Ângela Merkel (Chanceler Alemã) e Christine Lagarde (Presidente do FMI) são as principais agentes dos bancos e multinacionais da Europa que implementam os chamados Planos de Austeridade que desemprega milhares de homens e mulheres trabalhadoras, reduzindo salários, direitos e reprimindo as manifestações populares.
  • A “empoderada” Gleisi Hoffmann, é até então, a principal responsável no Governo Dilma pelos planos de privatização da infra-estrutura do país, é defensora da EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares que significa a privatização dos Hospitais Universitários) e também a fiel escudeira dos latifundiários, grileiros de terras e multinacionais ligadas ao agronegócio contra as mulheres e homens indígenas.
  • No governo de Dilma Rousseff, enquanto é investido para cada assento da Copa do Mundo R$ 11.172,00 de verbas públicas, para políticas públicas relacionadas ao enfrentamento a violência contra a mulher investe-se apenas R$ 0,26 por mulher, em um momento em que no Brasil uma mulher morre a cada 1h30 minutos vítima da violência machista. Dados como esses demonstram de que lado está o“empoderamento” de Dilma: ao lado dos empresários dos megaeventos e não das mulheres trabalhadoras.
Independência de Classe ou Policlassismo?

Nós, mulheres do PSTU, achamos muito importante que as mulheres rompam com sua situação de submissão e opressão e participem de fato dos espaços de decisão política, assumindo postos de direção. Porém, para mudar a vida das mulheres trabalhadoras não basta ter uma mulher no poder, se não tiver compromisso com a classe trabalhadora, pois essa é a luta fundamental – a luta entre as classes e não entre os gêneros.

O fato de uma mulher chegar ao poder, como ocorreu com a eleição de Dilma, tem um significado positivo, pois demonstrou que uma mulher pode assumir a presidência da república, cargo político mais importante do Brasil, em um país extremamente machista e violento. No entanto, quando uma mulher assume um posto de governo e governa com ou para a burguesia dominante, não reforça o poder das mulheres (enquanto gênero), mas da burguesia (enquanto classe).

O gênero é apenas um dos aspectos a ser analisado, pois o fato de ser mulher pode alimentar ainda mais ilusões nas mulheres trabalhadoras de que a situação mudará. Uma máscara feminina pode inclusive ajudar a implementação de um política que ataca as mulheres e homens da classe trabalhadora. O mais importante elemento a ser analisado não é o gênero em si, mas o compromisso do governo em relação a políticas públicas para quem de fato precisa: a classe trabalhadora como um todo e as mulheres desta classe incluídas.

Tem dinheiro para a copa, mas não tem pra...

Já foram gastos mais de R$ 20 bilhões dos cofres públicos na construção dos estádios, nas reformas dos aeroportos e nas obras de infra-estrutura. É investimento público para financiar um evento privado, que vai enriquecer as empresas multinacionais e monopólios da comunicação.

Enquanto isso, os investimentos para conter a violência machista em nosso país são extremamente limitados. Vejamos alguns dados:

“Entre 2007 e 2011 apenas R$132 milhões foram investidos. Este número, que já era limitado, sofreu de 2009 a 2011 uma queda de praticamente 50% e um corte de R$23,4 milhões em 2012. Apesar de ter uma mulher “empoderada” na Presidência da República apenas 7,13% dos municípios tem delegacias especializadas, muitas não atendem no fim de semana e abrem somente durante o dia mesmo sabendo que os índices revelam que 36% dos crimes ocorrem a noite e nos fins de semana (19% nos domingos); menos de 1% das cidades tem Casas Abrigo”. (Jornal Opinião Socialista, n. 469, p.8)

Na educação nem se fala. Dilma fez um compromisso eleitoral de construir 6.427 creches até 2014. Isso é completamente insuficiente perante a necessidade real. Para que todas as crianças de 0 a 3 anos fossem atendidas por creches, seria necessário a construção de cerca de 70 mil novas unidades com capacidade para 120 alunos cada, a um custo de R$ 740 mil, totalizando R$51,8 bi.

Essa promessa eleitoral não vai ser cumprida. Dos R$ 2 bilhões que foram previstos para repassar aos municípios e concretizar a promessa apenas R$ 383 milhões foram repassados. No início de 2011, 39 creches foram entregues simbolicamente, e nenhuma estava pronta para começar a matricular as crianças. Assim, o governo Dilma precisaria construir cinco creches por dia até este ano (2014), para cumprir sua promessa.

Tal situação é resultado do corte no orçamento realizado em 2011, em que R$ 50 bilhões deixaram de ir para a Educação e outras áreas sociais. Em 2012, Dilma e sua equipe econômica anunciaram um novo corte, agora de R$ 55 bilhões, afetando novamente os recursos que poderiam ir para a Educação Infantil.

Aliança com fundamentalismo religioso e violência

Para ser eleita, Dilma fez um amplo acordo com a burguesia e os fundamentalistas religiosos, comprometendo-se a não tomar medidas que levassem à legalização do aborto em nosso país. O Estatuto do Nascituro (“Bolsa Estupro” como ficou conhecido pelos Movimentos Feministas) é uma capitulação total a esta bancada e significa um retrocesso imenso nos direitos das mulheres. Marcos Feliciano (PSC), notório machista, racista e homofóbico é (e continua sendo) base de apoio de seu governo.

Não é a toa que a violência contra as mulheres aumentou neste governo, mesmo com a criação da Lei Maria da Penha. O Brasil é o 7º país do mundo em índices de feminicídios. Amargamos dados como a cada 11 segundos uma mulher é estuprada e acada 2 minutos uma mulher é espancada. Se consideramos o recorte racial, analisando a combinação perversa do machismo e do racismo, os dados de violência pioram.

Não basta ser mulher... tem que ser socialista!

De que vale estar no governo se ele não serve para avançar nos interesses das trabalhadoras? Que tipo de poder é esse que as mulheres precisam abrir mão de seus direitos para poder exercê-lo?

Não é verdade que todas as mulheres são iguais. Há aquelas que exploram e as que são exploradas. Dilma, Gleisi, Márcia, Lagarde, Merkel não sofrem as mesmas dores das trabalhadoras pobres, que necessitam submeter-se ao transporte público lotado, dar duro no trabalho e ainda torcer para que o salário alcance o final do mês. Elas têm outravida. Essas mulheres não exercem o poder em abstrato, mas o poder do Capital, que continua explorando e oprimindo as mulheres e homens trabalhadores.

O poder não é uma disputa de gênero, mas de classe. A auto-organização das mulheres é muito importante, mas para que atue a favor da liberdade das mulheres precisa ter um perfil de classe, ou seja, se configurar na auto-organização das mulheres trabalhadoras junto com o conjunto da classe, para assim lutar contra a dominação das mulheres e os homens da burguesia.

Movimento Mulheres Em Luta - MML: defesa do classismo e socialismo revolucionário.

Por esses motivos as mulheres do PSTU não constroem a Marcha Mundial das Mulheres, embora atuemos em unidade muitas vezes. Nós, mulheres do PSTU construímos o Movimento Mulheres em Luta, o MML, que nasceu ligado a CSP-Conlutas, uma organização sindical e popular da classe trabalhadora que luta pela libertação total de homens e mulheres, para que toda opressão de gênero, raça, identidade/orientação sexual e a exploração capitalista tenham fim.

Neste sentido, chamamos as companheiras que se organizam na base do MMM a refletirem sobre a política defendida pela direção da Marcha Mundial (PT e PCdoB) base de apoio do Governo Federal, mas, principalmente, sobre a base teórica na qual se fundamenta este movimento feminista: policlassista ou de colaboração de classes. Precisamos fortalecer um polo classista, socialista e revolucionário. Infelizmente o MMM aponta na direção contrária.

Próximo artigo:
  • Reforma Política para quem? Uma polêmica com a Marcha Mundial das Mulheres.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

URGENTE: BETO RICHA QUER APROVAR HOJE (25/02) A PRIVATIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA DO PARANÁ

Rodrigo Tomazini, pré-candidato ao governo pelo PSTU do Paraná

É urgente a necessidade de nos mobilizarmos e unir forças aos movimentos sociais e sindicatos que irão se manifestar hoje (25/02) às 14 horas na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP). O governador Beto Richa do PSDB quer aprovar a toque de caixa a privatização de diversas áreas do serviço público estadual, em especial a saúde. Ontem (24/02), os deputados da base aliada de Beto Richa apresentaram requerimento que transforma a sessão de hoje em Comissão Geral para aprovar os Projetos de Lei 22 e 726/13.

Não esperávamos outra coisa deste governo, que governa para os grandes empresários do campo e da cidade. Com esta política, o governo do PSDB mostra que prefere governar favorecendo os grupos empresariais que querem enriquecer através da exploração da saúde como uma mercadoria. Lembramos ainda que Beto Richa segue a linha de privatizações semelhantes à praticada pelo governo federal, um exemplo, é a privatização dos hospitais das universidades federais através da EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares).

Ao mesmo tempo, caso esses projetos sejam aprovados, teremos um duríssimo ataque a ao Sistema Único de Saúde (SUS), que foi conquistado após muita luta dos trabalhadores na década de 1980. Também significará um ataque terrível aos trabalhadores da saúde pública, pois acabará com a contratação através de concursos públicos, valendo a contratação em regime CLT. Vale lembrar que os salários pagos aos trabalhadores da saúde contratados pelo regime CLT é em média 60% inferior aos contratados por concurso, ou seja, os maus salários afetarão a qualidade dos serviços prestados à população e os trabalhadores da saúde serão mais explorados.

Chamamos todos os lutadores e lutadoras que querem um país melhor para unir forças e tentar barrar esta manobra nefasta do governo do PSDB, que quer votar a toque de caixa esses projetos que privatizam várias áreas do serviço público estadual. Está em cima da hora, mas é possível fazer uma grande manifestação nas galerias da ALEP. Os sindicatos e movimentos sociais estão empenhados em mobilizar tudo o que podem. É hoje (25/02), às 14 horas. Nosso partido fará o possível para fortalecer esta luta.

  • Beto Richa não aceitamos a privatização! Não as Fundações!
  • Contra o PL 726 e PLC 22 que privatizam os serviços públicos estaduais!
  • Contra as privatizações do governo estadual! Contra as privatizações do governo federal!

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

UMA QUESTÃO DE PRIORIDADE


Em 18 de janeiro de 2014, a FIFA visitando o estádio Arena da Baixada, em Curitiba, constatou o imenso atraso das obras, o que poderia por a participação da cidade de Curitiba em risco. Logo em seguida, uma verdadeira força tarefa foi realizada pelo governo e empresários e um empréstimo de mais de R$ 60 milhões foi autorizado para concluir as obras da Arena da Baixada. 

Os juros para a realização do empréstimos foram muito mais baixos dos que utilizados para empréstimos na área de educação, por exemplo. O valor das obras passou de R$ 130 milhões, para R$ 330 milhões. Isso mesmo, um aumento de R$ 180 milhões!!! Como se fosse mágica, o número de trabalhadores na obra saltou de 980 para 1500 pessoas.

Ainda em 18 de janeiro, o Colégio Estadual do Jardim Panorama, em Sarandi, passava por reformas e também estava com atraso nas obras. O órgão que representa o governo, o Núcleo Regional de Educação, foi avisado várias vezes, porém, o maior efetivo de trabalhadores na escola foi de apenas 4, tendo média de 2 por dia. Infelizmente as obras não avançaram e as aulas tiveram que ser adiadas em 1 semana. Passados 7 dias, as aulas voltaram, porém, a escola encontra-se um verdadeiro canteiro de obras. Para se ter uma idéia, a foto colocada na imagem, é do único banheiro feminino para as estudantes da escola.

Incompetência, desprezo por parte do governo? Uma questão de prioridades! O governo Beto Richa (PSDB) não governa para os trabalhadores e seus filhos. Prefere cortar dinheiro da educação e sucatear as escolas para poder oferecer aos grandes empresários de empreiteiras e do esporte todo o dinheiro que deveria ir ao povo. 

Esse é o lado do governo. De que lado você está?

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

OS GOVERNOS , A IMPRENSA E OS ÓRGÃOS DE REPRESSÃO SE APOIAM NA AÇÃO QUE LEVOU CINEGRAFISTA À MORTE PARA TENTAR CRIMINALIZAR PSOL, PSTU E TODOS OS QUE LUTAM

Reafirmar a Frente de Esquerda no Paraná para fortalecer o programa socialista e defender as organizações de esquerda
Direção Estadual do PSTU - Paraná

No mês passado realizamos uma reunião com a direção estadual do PSOL, na qual apresentamos nossa posição a favor da construção de uma Frente de Esquerda entre PSOL, PSTU e PCB.
Voltaremos a nos reunir com a direção estadual do PSOL e também procuraremos o PCB para conversar sobre esta proposta. Nesta nota queremos reafirmar a necessidade desta unidade frente à campanha midiática que tenta criminalizar os partidos e organizações de esquerda.

Na mencionada reunião, expusemos os critérios políticos e pontos de vista que achamos necessários para dar norte a uma discussão fraterna e comprometida entre os nossos partidos. Esses critérios são: construir um programa socialista que parta das demandas levadas às ruas nos protestos de junho no ano passado; completa independência de classe e financeira da burguesia; respeito ao peso político e social dos partidos na composição da chapa majoritária e proporcional.

Dissemos na reunião e reafirmamos publicamente que estamos dispostos a abrir mão da candidatura ao governo do estado, desde que tenhamos a candidatura ao senado. Reiteramos que temos um partido estadual, estruturado nas principais cidades do Paraná, envolvido nas lutas sociais e políticas, com inserção em alguns setores da classe trabalhadora e que tem cumprido papel importante nas lutas políticas. Durante as jornadas de junho e greves de julho e agosto, nosso partido atuou com firmeza programática e determinação política, buscado contribuir com o fortalecimento das reivindicais da classe trabalhadora e denunciando os governos de plantão.

Temos esta posição por que achamos que o nosso peso precisa ser respeitado na composição de uma Frente de Esquerda entre nossos partidos, não opinamos ser correto e não estamos dispostos a simplesmente aderir a uma candidatura do PSOL.

As massas e os lutadores precisam de uma alternativa

A situação política mudou após as jornadas de junho, o início deste ano demonstra que, por um lado existe maior disposição de luta dos trabalhadores e, por outro, maior disposição de repressão e criminalização dos movimentos sociais por parte dos governos que administram o Estado Burguês.

A maioria da população apoiou os jovens que foram as ruas com a vontade de mudar o país. Os governos “regurgitaram” demagogia, muito prometeram e quase nada cumpriram. Agora dão a demonstração [através da repressão] do que está por vir daqui até a Copa do Mundo, nada mais que a repressão do Estado.

Na nova situação política as massas estarão mais abertas e interessadas a ouvir os que os projetos de direita e de esquerda têm a dizer, avaliamos que existirá uma disposição maior do que antes em ouvir o que os socialistas temos a dizer. Isso não significa de antemão que o espaço de esquerda será uma avenida aberta, por enquanto esta é uma hipótese provável, mas tudo irá depender de como as massas se comportarão nas próximas lutas, de como os governos de plantão reagirão e da opinião publica que irá se formar na consciência das massas, aqui entra com peso o papel da mídia burguesa, que já iniciou uma campanha para ganhar as massas contra as manifestações em ano de Copa.

Ao mesmo tempo, os lutadores que saíram as ruas em junho e todos aqueles e aquelas que seguem lutando para mudar o país, buscarão uma alternativa frente aos projetos burgueses de partidos como PT, PMDB,PSB, PSDB, PV, DEM, PP, entre outros. Nenhum desses partidos tem um programa capaz de atender e governar para os trabalhadores, todos eles governam para o grande capital.

Nem Beto Richa do PSDB, nem Gleisi Hoffmann do PT, nem Requião do PMDB representam os interesses dos trabalhadores no Paraná. Todos são projetos aliados aos interesses da classe capitalista. Esses projetos já demonstraram por inúmeras vezes que não governam para nossa classe.

Por isso, a importância de apresentarmos uma alternativa unitária nas eleições, socialista e classista, capaz de unificar as reivindicações e dar maior projeção as lutas da classe trabalhadora e da juventude.

Unidade da esquerda para combater a repressão e criminalização dos movimentos sociais

Desde o ano passado estamos travando publicamente a polêmica com os Black Blocs, não temos nenhum acordo com os seus métodos e programa reformista. Somos a favor de qualquer ação de massas, por isso nossos métodos passam por tentar convencer as massas de qual é o programa e a política dos revolucionários.

Não temos acordo com as ações vanguardistas, equivocadas e ultra esquerdistas dos Black Blocs, que buscam substituir o protagonismo e a experiência concreta das massas na luta contra o governo e o Estado. Esta tática e o tipo de organização também favorece a infiltração de agentes provocadores da polícia. Portanto, temos uma diferença quanto à política, o programa e os métodos, mas que fique claro, somos contra a repressão e criminalização dos Black Blocs e movimentos sociais. Ao mesmo tempo somos solidários a família do jornalista que morreu, mas reiteramos que não confiamos nos órgãos do Estado, na imprensa e justiça burguesas.

A imprensa, o governo Cabral e os órgãos de repressão tentam responsabilizar o Black Bloc e os partidos de esquerda, afirmam que os manifestantes presos seriam supostamente Black Blocs e supostamente "aliciados" pelas organizações "que levam bandeiras", como "PSOL, PSTU e FIP". Essas práticas são da repressão e da direita. Não confiamos e não compramos a versão amplamente divulgada na imprensa burguesa, está claro que existe uma manipulação e clara intenção de se apoiar neste lamentável episódio para criminalizar aqueles que estão saindo as ruas para protestar.Querem preparar as massas para a dura repressão que já está orquestrada caso as manifestações se intensifiquem daqui até a Copa.

Alertamos para o fato de que as leis e medidas adotas pelo governo federal e as forças armadas, como é o caso da lei "antiterrorismo", dão sinais de que a infiltração ou manipulação de movimentos dirigida pelos órgão de repressão já estão ocorrendo e podem se intensificar. Os provocadores estão infiltrados nas manifestações e movimentos. Responsabilizamos os governos e o Estado Burguês pela repressão e violência nas manifestações. Jamais saberemos se o artefato que causou a morte do cinegrafista foi lançado por um agente infiltrado, ou por um ativista recrutado pelo aparato de repressão ou por um infeliz que acha que disparar fogos de artifício contra a polícia é um método eficiente para ganhar a confiança das massas e derrotar o aparato policial. A repressão tem mutas técnicas nefastas, de inteligência, investigação, infiltração, provocação, tortura e desaparecimento de corpos [o que dizer do caso do pedreiro Amarildo] para inocentar os agentes da repressão. Mais uma vez, não compramos a versão da imprensa burguesa.

A questão é que após a morte deste cinegrafista os governos e órgãos de repressão do Estado lançaram uma verdadeira campanha contras PSOL e PSTU. Dois partidos que apoiam e estão nas lutas desde o início. Nosso partido foi à única organização que travou publicamente a polêmica contra as ações dos Black Blocs, travamos esta polêmica inclusive contra algumas correntes do PSOL, que em nossa opinião, ou defenderam as ações ou capitularam frente a elas. Não faz nenhum sentido as acusações feitas contra nosso partido. 

A ofensiva bonapartista que os governos aplicam através do Estado contra os partidos de esquerda, contra todos os lutadores cobra a unidade dos socialistas, e neste ano ela deve se dar nas lutas e nas eleições.

Como já dissemos em outro artigo que publicamos: “(...) nossa violência de classe terá endereço e hora, quando as massas tiverem dispostas a enfrentar o Estado burguês, os agentes reformistas e os governos. Se as massas precisarem e quiserem pegar em armas para enfrentar o Estado Burguês estaremos na linha de frente deste combate. Lutemos contra o capitalismo, seus governos, seus agentes e seu Estado opressor. Nossas armas serão o convencimento político, a ação de massas, a análise da realidade, a unidade na ação política, a fraternidade, a franqueza, a honestidade, a solidariedade de classe e a moral da classe trabalhadora em luta. (...)”

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

REPUDIAMOS A AGRESSÃO FÍSICA PRATICADA POR UM MILITANTE DO PSOL CONTRA UM MILITANTE DO COLETIVO QUEBRANDO MUROS

Nota do PSTU Curitiba em repúdio à agressão física praticada por um militante do PSOL contra um militante do Coletivo Quebrando Muros durante o Ato Contra a Copa, realizado no último dia 25/01, sábado.


“A IV Internacional arrasa os mágicos, os charlatães e os importunos professores de moral. Em uma sociedade fundamentada sobre a exploração, a moral suprema é amoral da revolução socialista. Bons são todos os métodos que elevam aconsciência de classe dos operários, sua confiança em suas próprias forças, suadisposição à abnegação na luta. Inadmissíveis são os métodos que inspiram nosoprimidos o medo e a submissão diante dos opressores; sufocam o espírito deprotesto e revolta e substituem a vontade das massas pela vontade dos chefes, apersuasão pela pressão, a análise da realidade pela demagogia e a falsificação. Eisporque a social-democracia, que prostituiu o marxismo, e o stalinismo - antítese dobolchevismo - são os inimigos mortais da revolução proletária e de sua moral.” (Leon Trotsky, Programa de Transição, extraído livro Documentos de fundação da IV Internacional – Congresso de 1938, pág. 81, Ed. Sundermann, 2008. Grifos nossos)

PSTU de Curitiba

No último sábado (25), aconteceu em Curitiba o primeiro ato contra a Copa chamado nacionalmente pelo site do Anonynous. O PSTU participou deste ato e levou suas palavras de ordem de “Na Copa vai ter protestos, por mais saúde, transporte e educação!” e “Aniversário de Yarmouk, liberdade ao povo palestino, liberdade ao povo sírio!”.

Neste mesmo ato, infelizmente ocorreu um fato lamentável frente ao qual nos vemos na obrigação de nos posicionar publicamente através desta nota. No início do ato o militante do PSOL, Renato Almeida, responsável pelo núcleo periférico deste partido, agrediu um militante do Coletivo Quebrando Muros. Renato desferiu um soco no rosto de um companheiro de luta. Este militante do PSOL tentava coordenar os encaminhamentos no início do ato [o curioso é que o ato foi chamado pelo Anonymous e ele colocava-se como se fosse direção do mesmo], e surpreendentemente, praticou a agressão por que um militante do PSTU pediu a palavra para propor aos manifestantes uma palavra de ordem, mas em posse do megafone ele se recusou a conceder a palavra, neste momento um militante do Coletivo Quebrando Muros colocou-se a defender a democracia entre os que lutam para que todos ativistas e organizações tivessem o direito de falar no protesto, foi quando Renato reagiu descontroladamente com um soco no rosto deste militante.

Mais adiante, ainda durante o ato, vimos Renato dirigir-se até o companheiro que havia agredido para pedir desculpas. Na hora entendemos esta atitude como um primeiro passo no sentido de resolver este episódio entre as organizações de esquerda, porém, ontem (28), fomos novamente surpreendidos com a declaração publicada no site do Coletivo Quebrando Muros, que diz: “Após o vergonhoso ocorrido e de cabeça mais fria, ele [Renato] procurou nosso militante [do Coletivo Quebrando Muros] para se desculpar, usando a infeliz justificativa de que imaginava que ele fosse um militante do PSTU...”. Somos solidários ao companheiro agredido, repudiamos a agressão e não entendemos por que motivo um militante nosso mereceria ser agredido.

Lamentamos esta declaração de Renato e nos vemos obrigados a expor publicamente o que para nós significa este episódio tão ruim para os lutadores, queremos contribuir em aproximar todos os que lutam pautados por uma moral revolucionária. Sobretudo por que as organizações de esquerda precisarão estar juntas nas lutas deste ano, por que queremos estar ombro a ombro com os revolucionários no momento da revolução brasileira, mas também por que estamos empenhados em construir uma Frente de Esquerda com o PSOL e PCB nas eleições de 2014.

Não igualamos a atitude individual de um militante do PSOL ao que significa este partido enquanto organização mais ampla no campo da esquerda, composta por militantes honestos que confiam e apostam neste projeto como instrumento de transformação da sociedade. Respeitamos o PSOL e seus militantes. Por este motivo achamos que o partido precisa adotar uma posição pública frente à agressão física praticada por um de seus militantes contra um companheiro de luta, e também por ter apresentado a justificativa de que fez isso achando que era um militante do PSTU. As medidas internas cabem estritamente ao partido. O que ocorreu é muito grave e não pode acontecer de novo. Como ir para as lutas e nos aliar com aqueles que querem nos atacar fisicamente? É preciso refletir e entender a fundo o que ocorreu, por que esta concepção e prática é parte da degeneração moral da sociedade capitalista a qual as organizações de esquerda (incluindo nós) não estamos imunes. A virtude está em como enfrentamos estas pressões e episódios concretos no sentido de corrigir os erros.

Ao longo da história, o stalinismo usou dos métodos físicos para eliminar seus adversários políticos no terreno da classe trabalhadora, os famosos processos de Moscou e o assassinato de León Trotsky são a face mais visível do que foram esse métodos no século passado. O fascismo foi sem dúvida à corrente mais nefasta da história contemporânea, surgiu com o propósito de exterminar fisicamente a vanguarda revolucionária do proletariado e destruir suas organizações. Mas é o Estado Burguês o principal instrumento de dominação de classe, através do qual a burguesia exerce seu poder através de diferentes regimes, democracia burguesa, bonapartismo ou ditaduras fascistas, os regimes variam conforme a correlação de forças, mas a repressão física sempre é o principal método quando as massas ameaçam o poder da classe dominante. Por isso é tão grave a agressão física entre militantes que reivindicam ser de esquerda. 

O que significa a agressão física entre militantes de esquerda?

Vamos direto ao ponto, esta agressão física de um militante de esquerda significa: a divisão da nossa classe; a divisão daqueles que vão as ruas protestar; o enfraquecimento das lutas; semear a desconfiança entre as organizações que se propõem fazer a revolução socialista dos trabalhadores. No fato em questão vários ativistas e jovens viram a agressão física e os motivos pelo qual ela aconteceu - que educação política eles tiveram ao ver este fato? E se fascistas tivessem se aproveitado da situação para agredir fisicamente a vanguarda de esquerda? Esta conduta está relacionada à degeneração moral da sociedade burguesa contemporânea, e também a degeneração das direções reformistas que controlam e vivem dos aparatos. A conduta foi irresponsável na forma e reacionária no conteúdo. Mesmo assim estamos dispostos a superar esta situação na prática.

No seio da classe trabalhadora existem diversas correntes de pensamento, que refletem a teoria e o programa do reformismo, do centrismo, do anarquismo, do anarco-sindicalismo e do marxismo. A ultra direita também tenta influenciar o movimento de massas com o seu programa, para avançar neste objetivo precisa desmoralizar e derrotar as organizações revolucionárias, mas a ultra direita não vem do seio da nossa classe, é um elemento estranho e alheio ao movimento dos trabalhadores.

A democracia operária, entendida como a democracia ampla da classe trabalhadora em luta, é o principal instrumento pelo qual podemos organizar as tarefas políticas dos trabalhadores. Todos os programas políticos defendidos pelas organizações devem conquistar a classe operária e a juventude através da experiência prática na luta pela derrubada do capitalismo e destruição do seu Estado opressor. Isso é assim por que qualquer revolução é obra das massas rebeldes insatisfeitas com os seus governantes, é quando o programa revolucionário pode se combinar a atividade e necessidade das massas no caminho da tomada do poder, desde que exista uma organização com certa influência de massas.

Sem a democracia operária não é possível a colaboração das organizações de esquerda para organizar a ação revolucionária das massas. A unidade da esquerda está relacionada à necessidade que a classe trabalhadora tem de se unificar para enfrentar a burguesia e seu Estado. Isso não significa ter acordo em tudo, mas sim de respeitar as diferenças e a decisão da maioria. A experiência política e prática dos trabalhadores é quem deve dar o veredicto sobre qual é o programa mais justo.

Por isso, assim como Trotsky opinamos que “Bons são todos os métodos que elevam a consciência de classe dos operários, sua confiança em suas próprias forças, sua disposição à abnegação na luta.” O que aconteceu precisa ser assimilado no seu significado mais profundo, repetimos, nenhuma organização está imune as pressões cotidianas advindas da degeneração da sociedade capitalista, uma expressão contundente do que estamos dizendo é a reprodução do machismo, da homofobia e do racismo nas organizações de esquerda e nos movimentos sociais, consequência do aumento dessas formas de opressão na sociedade contemporânea.

O episódio de agressão física que nos levou a expor algumas de nossas opiniões nesta nota também é mais uma expressão da degeneração moral das organizações de esquerda [neste caso de seu militante] sob o capitalismo. Foram muitos anos sem ascenso, o que fez prevalecer com mais força o conteúdo moral do “vale tudo”, de natureza burguesa e pequeno-burguesa. O stalinismo e a social democracia foram às correntes responsáveis por introduzir os métodos da calúnia, agressão, fraudes nas eleições sindicais, roubo nos sindicatos e até mesmo o uso da opressão como instrumento de disputa política no movimento dos trabalhadores. Nós repudiamos esses métodos, por que eles não contribuem para o fortalecimento da nossa classe na luta contra o capitalismo.

Contra a moral burguesa degenerada, defendemos a moral proletária e revolucionária

O proletariado [trabalhadores assalariados] é a única classe progressiva de nossa época, é a única capaz de unir todos os explorados e oprimidos na luta contra o capitalismo, para levar adiante as tarefas políticas que a classe dominante de nossa época não é capaz de atender. A moral dos trabalhadores em luta em uma greve ou mobilização política é muito superior a moral burguesa. Para enfrentar os patrões e os governos os trabalhadores precisam unir-se em base a mais ampla solidariedade de classe e espírito combativo, esta moral é coletiva e não individual, na luta de classes tudo o que é individual ou subordina-se ao coletivo ou será repudiado e excluído pela maioria dos trabalhadores.

A moral revolucionária parte da moral proletária, da necessidade da união coletiva, onde acertos e erros são assimilados em base a democracia operária, mas se eleva acima dela, por que está relacionada à construção de organizações [para nós partidos revolucionários do tipo bolchevique] que tem por objetivo fazer a revolução socialista que derrubará o capitalismo e destruirá o Estado Burguês, abrindo caminho para a construção de uma sociedade sem classes em todo o mundo. Estas organizações precisam ser forjadas em base a mais elevada confiança mútua entre seus membros, que estão organizados em base a um programa revolucionário. Essa é moral da revolução socialista internacional, sem a qual é impossível organizar a vanguarda que trabalhará e se sacrificará conscientemente pela tomada do poder. 

Unidade dos lutadores de esquerda para enfrentar o verdadeiro inimigo 

Desde as jornadas de junho ficou claro como água o descaso dos governos e a polarização social do país, as grandes manifestações desnudaram quem está a favor das massas e quem está contra elas. Sem igualar o papel de cada um, nossos inimigos são os governos, o Estado Burguês, o imperialismo, o fascismo, a burguesia, as burocracias e o reformismo.

Nos manteremos nas ruas e dispostos a colaborar com as demais organizações de esquerda nas próximas lutas. Temos enormes desafios neste ano, à unidade de ação não significa que teremos acordo em tudo, defenderemos a política que acreditamos ser melhor para fazer avançar a correlação de forças a favor da nossa classe, defenderemos a democracia operária nas lutas. Nenhuma agressão física deve ocorrer entre os lutadores, nossa violência de classe terá endereço e hora, quando as massas tiverem dispostas a enfrentar o Estado burguês, os agentes reformistas e os governos. Lutemos contra o capitalismo, seus governos, seus agentes e seu Estado opressor. Nossas armas serão o convencimento político, a análise da realidade, a unidade na ação política, a fraternidade, a franqueza, a honestidade, a solidariedade de classe e a moral da classe trabalhadora em luta. Esforcemo-nos em superar este episódio.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

FIFA ameaça deixar Curitiba fora da Copa!


Nossa posição frente aos escândalos que envolvem o mundial


Direção Estadual do PSTU no Paraná


Nesta semana, o secretário-geral da FIFA, Jérôme Valcke, visitou as obras na Arena da Baixada e após reunir-se com os representantes do governo estadual e da prefeitura municipal declarou que Curitiba pode ficar fora da Copa. Essa notícia trouxe à tona o debate sobre os escandalosos gastos públicos com as obras da Copa em detrimento de mais investimento em serviços públicos além de alertar também para os interesses privados que estão por trás do megaevento.

Em 2007, o então presidente Lula (PT), principal responsável por trazer a Copa para o Brasil, declarou inúmeras vezes que não haveria investimento público nas obras privadas necessárias para realização do mundial, “Tudo será bancado pela iniciativa privada” afirmou na época. Lula não disse a verdade, pelo menos não é o que os fatos revelaram desde então. A soma gasta (diga-se desperdiçada) pelos cofres públicos já ultrapassou a quantia de R$ 20 bilhões, dinheiro público que poderia ter sido investido prioritariamente em saúde, educação, transporte e moradia popular. Esse investimento não ocorreu por que a promessa do ex-presidente não foi cumprida.

A estimativa é que ao final das obras, somente a prefeitura de Curitiba terá gasto mais de R$ 500 milhões, um verdadeiro escândalo quando consideramos as condições precárias dos serviços públicos voltados a população na capital. Em 2009, a reforma da Arena havia sido estimada em R$ 135 milhões, hoje os gastos já ultrapassaram os R$ 265 milhões e as obras ainda estão inconclusas. A prefeitura anunciou ter gasto até o momento cerca de R$ 220 milhões com a Copa. Sem considerar os gastos com as obras, o governo do estado irá gastar mais R$ 100 milhões para reforçar a repressão.

Quem ganha com a Copa?

Os governos e a grande imprensa fazem uma ampla campanha para convencer a população dos benefícios que as obras de infraestrutura da Copa trarão para as cidades, ao mesmo tempo, dizem que os que se colocam contra os escândalos relacionados a Copa não torcem pelo Brasil. Mentira e Manobra! Não vemos problema algum em torcer pela seleção e pelo Brasil, essa discussão é falsa e tem o objetivo de desviar o verdadeiro debate em questão. A verdade é que os governos estão despejando montanhas de dinheiro público na iniciativa privada para realizar um evento onde a esmagadora maioria do povo brasileiro não terá acesso aos jogos e supostos benefícios trazidos pelo mundial.

A Copa do Mundo é um evento privado, controlado integralmente pela FIFA e seus patrocinadores. Como tudo no capitalismo, é mais um ótimo negócio para os grandes grupos empresariais envolvidos nas obras, no turismo e na propaganda comercial de seus produtos. Uma sacanagem tremenda com o povo trabalhador, por que estamos falando de montanhas de dinheiro público que deveriam ser revertidos em benefício da maioria da população e não para enriquecer ainda mais os que já são muito ricos.

No caso da Arena, o pior de tudo é que até então os recursos públicos vinham sendo administrados diretamente pela iniciativa privada, para sermos mais exatos, por Mário Celso Petraglia. Maior irresponsabilidade dos governos estadual e municipal impossível.

A maioria dos trabalhadores e da juventude irão assistir o mundial, da mesma forma que assistiriam se ele fosse realizado em outro país, ou seja, pela televisão. Ao final, quem terá ganho é a burguesia, pois terá acumulado mais riqueza através dos cofres públicos. Os governos escolheram ficar do lado da FIFA e de todos os setores da burguesia envolvidos no mundial.

Fruet (PDT), Richa (PSDB) e Dilma (PT) são responsáveis pelo desperdício de dinheiro público

Em última instância, todos (Petraglia, Prefeito, Governador e Presidente) devem responder pelo desperdício de dinheiro público e devolver para o povo esses recursos.

No ano passado as jornadas de junho demonstraram o descontentamento de milhões de jovens nas ruas; as manifestações questionaram os gastos com a Copa enquanto os serviços públicos voltados à população sofriam com o descaso dos governos.

Hoje vemos que nem Dilma, nem Richa e nem Fruet ouviram as vozes das ruas, ao contrário, seguiram aplicando a mesma política de desperdício de dinheiro público para favorecer interesses privados.

Como já dissemos, todos os recursos foram administrados diretamente por Petraglia, e somente agora, quando a FIFA ameça deixar Curitiba fora da Copa, é que o governo estadual e a prefeitura resolvem assumir a gestão das obras do estádio. O risco é que após tanto dinheiro do povo desperdiçado o mundial não aconteça em Curitiba. Por isso defendemos que os governos e Patraglia devem responder pelo fato de terem enriquecido as empresas com o dinheiro público.

Superexploração dos operários nas obras

Não é novidade para ninguém que os operários vinham sendo superexplorados nas obras da Arena. A constatação das autoridades de que é necessário dobrar o efetivo de trabalhadores para dar conta das obras é a confirmação deste fato. 

Aliás, não faltaram reclamações dos operários quanto as condições de trabalho e até atrasos no pagamento dos salários. Esse é outro lado da discussão que não vamos ocultar: Por conta disso, 6 operários morreram nas obras dos estádios país afora e nem os governos e nem os patrões se esforçaram em atender as reivindicações dos trabalhadores.

Na Copa vai ter luta! Além de torcer teremos de ir as ruas!

Chega de dinheiro para a Copa do Mundo da FIFA e para as grandes empresas. É preciso mais dinheiro para saúde, educação, moradia e transporte público. 

No ano da Copa, precisamos ir as ruas para exigir dos governos que as demandas levadas as ruas em junho do ano passado sejam atendidas.

Sabemos que a maioria do povo brasileiro irá torcer para a seleção no mundial. Mas ao final da Copa, independente da seleção campeã, o fato é que as demandas levantadas nas jornadas de junho de 2013 não terão sido atendidas, com o agravante dos cofres públicos terem sido esvaziados para atender o tão falado “Padrão FIFA” e os interesses das grandes empresas envolvidas no mundial.

Os trabalhadores e a juventude não podem somente torcer, é necessário irmos as ruas para exigir dos governos de plantão que atendam as demandas de junho, exigir que devolvam os recursos públicos desperdiçados para que eles sejam investidos em saúde, transporte, moradia e educação. Mais do que isso, se esses recursos não forem devolvidos devemos exigir a Estatização de todos os estádios que tiveram o aporte de recursos públicos.

domingo, 12 de janeiro de 2014

Após cinco anos em construção, Contorno Norte é inaugurado.

Após 5 (cinco) anos de construção, marcados por atrasos na obra, protestos de moradores prejudicados e principalmente por suspeitas de superfaturamento, o Contorno Norte de Maringá (segundo o governo uma das principais obras do PAC-2) é inaugurado. A obra, que teve investimentos de mais de R$ 400 milhões, ficou paralisada durante 1(um) ano a pedido do Tribunal de Contas da União (TCU) por suspeitas de irregularidades. Após acordo com o TCU a empresa responsável pela obra, Sanches Tripoloni, reduziu o orçamento da segunda parte da obra em R$ 10 milhões e assim, a construção foi retomada.

De 2009 (ano do início das obras) até a inauguração na última sexta feira (10/01/13) muita polêmica esteve envolvendo construtoras e empreiteiras, não somente na construção do Contorno Norte, mas também escândalos de corrupção em várias pastas ministeriais dos Governos Lula e Dilma. Vale lembrar aqui o caso que sacudiu o Ministério dos Transportes em 2011, derrubando o então Ministro Alfredo Nascimento (PR) suspeito de superfaturamento em obras públicas e recebimento de propinas envolvendo servidores e órgãos ligados à pasta. Também pesou nesse processo o aumento mais que suspeito do patrimônio de seu filho em 86.500% (oitenta e seis mil e quinhentos por cento), em apenas 5 anos. Além do Ministro, o diretor do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) à época Luiz Antônio Pagot foi afastado do cargo e posteriormente condenado por improbidade por fraudar licitação quando ocupava o cargo de Secretário de Estado de Transportes do Mato Grosso, em 2004.

Os financiadores de campanha e a farsa do jogo eleitoral: um dos motivos de tanta corrupção!

Como sabemos, as campanhas eleitorais dos candidatos tidos pela imprensa como os "principais", envolvem quantias milionárias. O resultado de tudo isso é que após o término do processo eleitoral, as empresas financiadoras vão atrás daqueles políticos eleitos e que receberam suas "bondades" para cobrar o retorno do "investimento". Isso é bem conhecido no linguajar popular como: "Quem paga a banda, escolhe a música". Dessa forma, bancos, megaempresários, empreiteiras e construtoras, passam a ditar a forma como será conduzida as políticas dos eleitos, cada um, "puxando a sardinha" para o seu lado. É aqui que entram os grandes esquemas de corrupção, propinas e toda uma sorte de acordos, onde sempre os únicos que não são beneficiados, são os trabalhadores.

No início do ano passado acompanhamos o caso emblemático da Delta Construtora, onde gravações telefônicas expunham as suspeitas de pagamento de propinas a autoridades para assegurar contratos com o poder público. A Delta acabou sendo proibida de selar contratos com o Governo Federal, recebendo o status de inidônea pela Controladoria Geral da União (CGU), em 2012. Com essa decisão, a empresa ficou proibida de participar de licitações ou de ser contratada pela administração pública. Obviamente, em ano eleitoral, a Delta obteve essa semana, através do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) a suspensão da declaração de idoneidade, podendo voltar a participar das licitações e ser contratada para executar obras. Isso é um absurdo, porém, no vale tudo eleitoral, isso é possível!

Em ano eleitoral inauguração de obra de um grande financiador de campanha de políticos da região

Da forma em que se organiza as eleições, o jogo eleitoral se torna um grande jogo de interesses. Os financiadores, ao findar dos processos eleitorais, começam a cobrar "a sua parte" para que possam aumentar seus lucros. Somente a Sanches Tripoloni (responsável pelo Contorno Norte), segundo a cobertura jornalística, teria aumentado os seus contratos com o DNIT, entre 2004 e 2010 (governo Lula) em 1.273%. De R$ 20 milhões em contratos, passaram para R$ 267 milhões. Nesse mesmo período, também aumentaram os financiamentos de campanha.

Vale lembrar que esse empresa "doou" nas últimas eleições ao PT, PP e PMDB (todos aliados no governo federal) a soma de R$ 6 milhões! Entre os financiados estão a atual Ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT), Ricardo Barros (PP) e Ênio Verri (PT). Não é a toa que PT e PP dividiram o palanque na inauguração, mostrando que não existe diferença de projeto entre esses partidos pois, no frigir dos ovos, terão que responder aos interesses de seus financiadores.

É hora de virar esse jogo!

Os trabalhadores e a juventude precisam virar esse jogo de interesses onde os trabalhadores produzem, mas quem fica com o lucro é a burguesia. As grandes manifestações de junho, as greves e paralisações de julho e agosto de 2013, mostraram o caminho. A organização e a luta são as únicas saídas e a principal ferramenta que dispomos para mudar essa situação. 

O PSTU apresenta suas candidaturas às eleições, porém, sabemos que não serão as eleições que mudarão a vida dos trabalhadores. O espaço eleitoral burguês, mais do que nunca, precisa ser utilizado para chamar a juventude e os trabalhadores paranaenses e de todo o país a retornarem às ruas para que suas reivindicações sejam atendidas! Precisa ser usado no sentido de contribuir para fortalecer a confiança de nossa classe em suas próprias forças. Nossas candidaturas não receberão dinheiro algum de empresários e bancos. Isso para nós é um princípio! Faremos nossa campanha com a contribuição dos trabalhadores e da juventude e estaremos ombro a ombro nas lutas!

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

PSTU lança pré-candidatura de Rodrigo Tomazini ao Governo do Estado do Paraná

Um pré-candidato pela construção da Frente de Esquerda Socialista no Estado.
Direção Estadual do PSTU do Paraná


As eleições de 2014 acontecerão em uma nova situação política e colocam um enorme desafio para a esquerda brasileira. As jornadas de junho e as greves de julho e agosto mostraram que os governos de todas as esferas não estão do lado do povo. Pela primeira vez depois do Movimento pelas "Diretas Já!" e o "Fora Collor" os trabalhadores e a juventude de nosso país colocaram-se na ofensiva emparedando os patrões e seus representantes no parlamento.

A juventude e os trabalhadores sairam as ruas para lutar contra a corrupção e a péssima qualidade nos serviços públicos, e em meio a diversas reivindicações, levantaram palavras de ordem que demonstraram um enorme desejo de mudança. Mas as mudanças de fundo não vão ocorrer com os governos que aí estão, isso é assim por que eles governam para os capitalistas. A vitória que tivemos contra o aumento das passagens demonstrou que o caminho é a luta, ao mesmo tempo, ficou claro que os governos não estão dispostos a atender as reivindicações das ruas, pressionados pelas mobilizações foram obrigados a fazer algumas concessões.

Apesar das conquistas importantes obtidas (retirada do Projeto “Cura Gay”, derrubada da PEC 37, redução das tarifas de ônibus), as mudanças estruturais reivindicadas pela juventude em Junho não saíram do papel. O Passe Livre Estudantil Nacional chegou a ser debatido no Senado mas atualmente pouco ou nada se fala. As privatizações no setor de infraestrutura do país continuaram e pouco se fez para por fim a corrupção. Ao mesmo tempo, o Orçamento Federal para 2014 mantém o repasse de quase metade de nossa riqueza para a agiotagem internacional, restando pouco mais de 3% para a saúde e 4% para a educação, sinalizando para quem se governa de fato neste país.

Por isso, seguirá o caos na saúde e educação pública, como também no transporte coletivo. Dezenas de prefeituras já ensaiam aumento das tarifas para o começo do ano. Seguem as privatizações do Petróleo e o aumento da gasolina foi um presente de fim de ano de mau gosto de Dilma (PT) para os trabalhadores, política aplicada para atender a sede de lucros dos acionistas da PETROBRAS. O salário segue não chegando até o fim do mês e o acesso ao consumo se realiza com doses cada vez mais cavalares de endividamento pessoal.

O espaço eleitoral burguês, mais do que nunca, precisa ser utilizado para chamar a juventude e os trabalhadores paranaenses a retornarem às ruas para que suas reivindicações sejam atendidas! Precisa ser usado no sentido de contribuir para fortalecer a confiança de nossa classe em suas próprias forças. 

Quem é Rodrigo Tomazini?

Rodrigo Tomazini foi candidato a deputado estadual pelo PSTU em 2010 e sempre esteve na luta da classe trabalhadora. Iniciou sua militância no movimento estudantil, ocasião em que participou ativamente das mobilizações contra as privatizações dos governos de Jaime Lerner (na época do PFL) e Fernando Henrique (PSDB). Esteve nas mobilizações contra a privatização do Banestado, Copel e da educação superior. Ocupou papel de destaque como liderança da luta que impediu que todo o lixo de Maringá e Região fosse destinado para Sarandi, em seguida participou ativamente das manifestações que levaram a cassação do ex-prefeito desta cidade, Milton Martini (PP). Foi preso e perseguido por estar ao lado dos trabalhadores. Por trabalhar no setor da educação, a luta pela educação pública, gratuita e de qualidade é parte da sua atuação política.

Por uma Frente de Esquerda Socialista no Paraná e um programa que reflita as jornadas de junho e as greves de 2013

Sabemos o limite das eleições e por isso somos um partido revolucionário que defende a revolução socialista. Mas também sabemos o quanto é importante apresentar uma alternativa socialista nas eleições em 2014, que se proponha governar com e para os trabalhadores.

Para nós, tanto Beto Richa (PSDB) quanto Gleisi Hoffmann (PT) e Requião (PMDB), defendem uma política econômica que beneficia os grandes empresários e o agronegócio, através das privatizações, isenções de impostos, arrocho de salários e sucateamento dos serviços públicos. Se por um lado Dilma, ao lado de Gleici Hoffmann, vem privatizando o petróleo, estradas, aeroportos e hospitais universitários, Beto Richa quer votar um projeto de lei que privatiza quase todo o serviço público estadual através das fundações estatais de direito privado. 

Gleisi Hoffmann, é até então, a principal responsável no governo federal pelos planos de privatização da infraestrutura do país, é defensora da EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares que significa a privatização dos Hospitais Universitários) e também a fiel escudeira dos latifundiários, grileiros de terras e multinacionais ligadas ao agronegócio contra a população indígena.

Neste cenário precisamos apresentar uma alternativa socialista. É em apoio as lutas e mobilizações dos trabalhadores e da juventude que o PSTU lança a pré candidatura de Rodrigo Tomazini ao Governo do Estado.

Para se contrapor as alternativas burguesas em âmbito nacional lançamos o operário metalúrgico José Maria de Almeida como pré-candidato à Presidência da República. Mas também no Paraná, é preciso a conformação de uma Frente que envolva o PSTU, PSOL e PCB, que busque apoio nos movimentos sociais e lutadores que foram às ruas no ano passado. Tal Frente deve apresentar um programa classista e anticapitalista; que combata a exploração; o machismo, racismo e a homofobia; que reflita a pauta das jornadas de junho e greves do segundo semestre de 2013; que seja financiada pelos trabalhadores e a juventude para poder ter independência programática.

É tarefa da esquerda lutar contra os governos e parlamentares que não representam a nossa classe. E Somente um programa operário e socialista pode dar conta desta tarefa. Para poder expressar as necessidades da classe trabalhadora em oposição aos interesses da burguesia.

Contatos:

(41) 9600 2745 - Curitiba e Região Metropolitana
(44) 9963 5770 - Maringá e Região Noroeste
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