sábado, 7 de setembro de 2013

NOTA DE REPÚDIO DO PSTU CONTRA A AGRESSÃO AOS ESTUDANTES DA UEM

O recente episódio de agressão física a um grupo de alunos da UEM pela guarda patrimonial da instituição é mais um exemplo da política da reitoria de repressão aos estudantes e de ataque ao livre direito à organização estudantil. Há tempos os estudantes se enfrentam com a administração contra o sucateamento da universidade e tanto a ocupação da reitoria em 2011, como as várias mobilizações que o movimento vem organizando ao longo desses anos em defesa da universidade pública, é parte desse enfrentamento. A ocupação do COU no último dia 22 de agosto foi mais uma prova de sua disposição de luta em defender uma educação pública, gratuita e de qualidade e por uma verdadeira autonomia universitária.

A resposta da administração tem sido uma sistemática campanha de desmoralização dos estudantes e a criminalização do movimento estudantil. Há uma evidente tentativa de transmitir à sociedade uma imagem de que os estudantes são um bando de baderneiros e vândalos e por isso as ações de repressão seriam justificadas. Um absurdo! Por outro lado, é inadmissível utilizar a guarda, cuja função é proteger o patrimônio da universidade, para reprimir os estudantes ainda mais utilizando de violência física como ocorreu na última quinta-feira. Não podemos ser coniventes com essa prática, nada justifica tamanho abuso.

A verdade é que, não obstante à proporção dessa ação – foi tão grande a brutalidade que um aluno teve o nariz fraturado e outra sofreu traumatismo craniano – este não foi um caso isolado. Há inúmeros relatos de abordagens truculentas, ameaças e expulsões do campus. Ademais nesse caso específico há uma suspeita contundente de que agentes estranhos à universidade estejam envolvidos, o que torna mais grave a situação. Caso isso seja verdade é preciso que se apure quem autorizou a entrada desses agentes na universidade para atacar os estudantes.

É preciso iniciar uma campanha de denúncia e exigir da administração a imediata instauração de uma investigação que aponte os responsáveis e puna os envolvidos. O PSTU repudia a violência contra os estudantes e se soma àqueles que se levantam contra a criminalização dos movimentos, incluindo a organização estudantil e de trabalhadores.

Às vítimas, nossa profunda solidariedade!
Contra a repressão no campus!

Punição exemplar aos envolvidos na agressão aos estudantes!

terça-feira, 20 de agosto de 2013

TODO APOIO À LUTA DOS ESTUDANTES DA UEM!

 Em junho as ruas do país foram tomadas por enormes manifestações que colocaram em xeque governos municipais, estaduais e federal. Não foi só por “vinte centavos” que a população saiu às ruas, mas contra toda a política econômica que é aplicada pelos distintos governos e que beneficia empresários e especuladores enquanto a maioria da população sofre com a péssima qualidade dos transportes públicos, com a falta de moradia digna e com a precarização constante da saúde e da educação.  A juventude, com sua garra foi o motor das manifestações de junho. Em julho foi a vez dos trabalhadores entrarem em cena, com sua tradição de lutas, fizeram do dia 11 um grande dia de greves, lutas e mobilizações que marcará para sempre nossa história, o mês de agosto tem colocado as ocupações de câmaras municipais e assembleias legislativas na ordem do dia.

 Em Maringá são os estudantes da UEM que estão novamente em movimento. Educação Física e Direito se mobilizaram, assembleias e reuniões ampliadas estão sendo realizadas em vários cursos e o DCE está chamando um grande ato para o dia 22 de agosto. Não é a primeira vez que isso acontece. Durante todos os anos de existência da UEM, inúmeras vezes os estudantes saíram a lutar. Em 2011 foram protagonistas de um importante movimento em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade que culminou na ocupação da reitoria.

É preciso somar a ousadia da juventude com a força da organização da classe trabalhadora, para isso está sendo organizado um novo dia de lutas para o dia 30 de agosto, com greves e mobilizações sendo chamados por todo país. O PSTU apoia a luta dos estudantes da UEM e se coloca a serviço da organização do ato do dia 22 como parte da construção do dia 30 de agosto. Façamos do dia 22 um vitorioso dia de lutas dos estudantes e um ensaio geral para o 30 de agosto!

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Solidariedade ao Jornalista Ângelo Rigon

Tivemos conhecimento por meio da imprensa que na madrugada deste domingo, 12/08, a casa do jornalista e blogueiro Ângelo Rigon foi alvejada por cinco tiros.

Nós, do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado – PSTU, repudiamos tal ato e somos solidários ao jornalista que cotidianamente contribui para a divulgação de nossas posições políticas e notas públicas. Sabemos que em um país dominado por uma mídia manipuladora e tendenciosa, exercer um jornalismo autônomo pode mexer com os brios de muitos poderosos da cidade e região. Não temos dúvidas que este ato trata-se de uma clara tentativa de intimidação.

Neste sentido, o ataque sofrido por Rigon é um ataque à democracia, à liberdade de expressão e de imprensa, e conseqüentemente um ataque a esquerda socialista, que luta pela democratização da mídia e contra o monopólio dos meios de comunicação.

Exigimos das autoridades policiais que investiguem o caso e que identifique os autores deste atentado.

Sem mais,
Direção Regional do PSTU – Maringá-PR

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Prefeito persegue e tenta intimidar professores municipais de Sarandi


Menos de 1 (um) mês após voltar ao cargo, prefeito não cumpre acordo e endurece contra os professores

Após a vitoriosa paralisação dos professores de Sarandi que teve adesão de mais de 80% da categoria, o prefeito do município Carlos De Paula (PDT) descumpriu o acordo da negociação e mandou para as escolas um documento informando o desconto do dia parado assim como de 1 (um) dia de descanso. Além disso, no documento informa aos professores que por conta da falta perderão o direito à cesta básica e à elevação. Isso só pode ser encarado como uma provocação! Os professores não podem recuar!!!

A cidade de Sarandi foi notícia nacional logo no início do ano por conta de pedido de prisão por parte do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – GAECO do prefeito e do secretário de educação professor Antonio Manoel (PPS). Somente o professor Manoel foi preso e uma semana depois solto. Prefeito e secretário foram afastados do cargo.

Apesar do prefeito ter voltado por conta de uma ação judicial, as investigações sobre suspeita de fraude em licitações na pasta de educação no município de Sarandi não terminaram e o prefeito pode novamente voltar a ser fastado e inclusive cassado, a depender dos resultados. 

Prefeito persegue professores que paralisaram mas ele mesmo não cumpre a lei

Se por um lado o prefeito manda circular para as escolas perseguindo e intimidando os professores, por outro não cumpre a Lei do Piso Salarial Nacional. As horas atividade são insuficientes o que prejudica o trabalho escolar. Infelizmente, essa lei não possui um mecanismo punitivo para os gestores que a descumprem. Aqui temos um claro exemplo de um prefeito fora da lei! 

Não podemos admitir que o prefeito da cidade, que não cumpre com a Lei do Piso Salarial Nacional e que está sendo investigado por fraude em licitação, justamente na secretaria de educação, atue dessa forma com os professores. Não diferente de outros temas polêmicos, a Câmara de Vereadores mais uma vez não se manifesta sobre o assunto! Não dá para aceitar esse silêncio!

Por isso, chamamos toda a população a se somar na manifestação organizada pelos professores nessa segunda feira, 12 de agosto, às 17h30min, na Câmara de Vereadores de Sarandi. É hora de cobrar uma posição dos vereadores. Não podemos permitir quer continuem a legislar somente para os interesses de um grupo político ou mesmo para interesses individuais. Estão ali para legislar para os trabalhadores!

Se essa posição não for revertida, é hora de construir a greve. A categoria tem que começar a fazer um debate sério sobre a necessidade da greve e exigir que o sindicato da categoria chame uma assembleia para definir os rumos do movimento. Dia 30 de agosto será um dia nacional de greves e mobilizações pelo país. Um bom dia para a educação municipal de Sarandi começar uma greve contra os desmandos da prefeitura.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Lugar de mulher é na luta!


No mês de junho, milhares de pessoas saíram às ruas para protestar contra o aumento das passagens e por melhores condições de vida para a população. As mulheres foram maioria entre os manifestantes por são as que mais sofrem com a baixa qualidade dos transportes públicos e a precarização dos serviços públicos. 


No dia 11 de julho, trabalhadoras e trabalhadores organizados se uniram aos protestos realizando um dia nacional de mobilização e já marcaram uma greve geral para o dia 30 de agosto. Hoje mais uma vez saímos às ruas, dessa vez para lutar contra o machismo e a violência. 

O Movimento Mulheres em Luta (MML) esteve e segue presente em todos esses protestos, pois acreditamos que lugar de mulher é na luta! Contra o machismo, a violência, por salário igual para trabalho igual, por mais emprego e moradia, transporte, saúde e educação de qualidade, mostrando que esse é o único caminho para mudar a situação do país. Chamamos também aos que hoje estão nas ruas que se somem aos atos do dia 30 de agosto, fazendo desse um grande dia de luta.

Defendemos:
  • Mais dinheiro para a educação, creches em tempo integral para todos os filhos e filhas das trabalhadoras!
  • Fim da violência contra as mulheres. Aplicação e ampliação da Lei Maria da Penha!
  • Contra o Estatuto do Nascituro. Descriminalização e legalização do aborto e sua realização de forma segura pelos hospitais públicos!
  • Chega de discriminação. Salário igual para trabalho igual!
  • Mais verbas para as áreas sociais. 10% da receita para a saúde, 2% do PIB para o transporte.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Nota do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado – PSTU sobre o concurso público para professores da SEED/PR


A educação não suporta mais tantos ataques!

As políticas educacionais dos governos, tanto federal, como estaduais e municipais levam à precarização do setor através de cortes de salários e de trabalhadores, justificada principalmente pelo discurso de meritocracia e gestão. No Paraná não é diferente: Um exemplo disso é o crescimento a cada ano dos trabalhadores com contratos precarizados, os chamados PSS e agora, para piorar e avançar nos planos de precarização, com a reativação do ParanáEducação (pessoa jurídica de direito privada que atua na SEED para contratação de trabalhadores através de contratos precários).

Para mudar essa situação, os professores da rede pública estadual foram à luta para exigir do governo a realização de concurso público. Hoje temos um déficit que pode chegar, no início do ano que vem a 40 mil vagas. Após muita pressão por parte da categoria, inclusive através de ameaça de greve por parte dos educadores, o governo Beto Richa (PSDB) promoveu o Concurso Público para professor(a) e pedagogos(as) da educação básica estadual no regime estatutário através do Edital nº 017/13 com 13.771 vagas. 

Logo no início do processo, observamos que esse concurso não tinha nada a ver com o que defendemos para a educação pública, a começar pela escolha de uma instituição privada para a elaboração e aplicação. O concurso é realizado pela PUC/PR, instituição privada, com regras meritocráticas e com fases eliminatórias e classificatórias, claramente orientado pela política neoliberal. Como sabemos, a PUC é uma instituição filantrópica, que recebe muita verba pública devido a política federal para educação. Essa instituição é ideal para servir aos interesses do governo do PSDB.

Nossa luta é exatamente oposta a isso!


Defendemos a luta incansável contra as políticas neoliberais que são implementadas “goela abaixo” na educação desde o Plano Nacional de Educação (PNE) do governo federal e a implementação dessas políticas nos estados e municípios. A meritocracia é uma delas e, provavelmente, uma das mais importantes pelo seu caráter prático, porém, também pelo seu caráter político ideológico. O discurso da meritocracia é forte e acaba por convencer parte da categoria, desatenta ao que tem por trás do discurso de premiações para os melhores, esforços individuais, etc.

Outra política atacada duramente por nós é a precarização do trabalho, desde a proletarização do trabalho de professor, que passa pelo arrocho salarial, superexploração do trabalho e péssimas condições, além da sobrecarga diária por conta do número insuficiente de trabalhadores. Por outro lado, a pressão de um exército social de reserva cada vez maior, e a pressão dos governos e das chefias para que os índices educacionais sejam melhorados, leva ao acometimento de diversas doenças.

Um concurso para avançar nas questões educacionais ou para aplicar a política neoliberal?


Para nós esse concurso é a expressão de implementação dessas duas políticas (meritocracia e precarização) em “uma tacada só”. Diante dos muitos recursos e reclamações por parte dos que prestaram o concurso, o governador Beto Richa e o seu vice e secretário de educação Flávio Arns, utilizam o argumento de que esses não estão preparados, e que os que estão sendo selecionados são os melhores professores, e com o discurso que agora sim são feitos concursos que avaliam. 

Se por um lado existe o discurso que busca justificar um suposto compromisso com a educação por parte do governo, por outro eles fazem com que tenha alta eliminação e que sequer as vagas serão preenchidas, mantendo o índice de trabalhadores precarizados PSS, ou aulas em forma extraordinária (que também não há garantias), ou seja, mantendo a precarização já existente.

Mas o problema não foi somente esse. O pior ainda estava por vir...

Se não bastasse tudo isso, agora vamos às “confusões” feitas pela PUCPR.

A confusão já começa no edital, que após meses e meses de preparo, surpreende tanto a categoria, quanto a direção do sindicato: composto por 04 fases, todas classificatórias e eliminatórias e com 01 ano de vigência, podendo ser estendido por mais 01 ano. Essa última característica foi modificada para vigência de 2 anos, com possibilidade de prorrogação para mais 2 anos, mudança que foi divulgada pela direção do sindicato como uma “vitória” e que hoje, caso o concurso não seja anulado, se tornará em um imenso engodo, pois o próximo concurso será realizado no mínimo daqui a 04 anos, aumentando sobremaneira os contratos precarizados.

A prova em si foi um fiasco, erros teóricos e conceituais por todos os lados, perguntas e respostas dúbias. Vários foram os pedidos de recursos e a PUC não deu importância a isso. Não respeitando o edital, com muito atraso a PUC divulgou a lista de aprovados da primeira fase e para surpresa de todos a confusão estava armada: notas e dados errados. Novamente, a PUC não aceita os recursos. 
Como se isso não bastasse, ao sair o resultado da redação, ocorreu o que todos já estavam esperando: reprovações em massa!!! E mais: a divulgação das notas da redação com disciplina e locais diferentes das inscrições e com pareceres justificando a nota com critérios parciais, não contemplando todos os critérios para correção das redações conforme estabelece o item 8.2.1 do edital. Posteriormente a PUC corrigiu os dados referentes a disciplina e NRE de inscrição alegando falha na importação dos dados.

A contestação por parte da categoria (educadores PSS e professores com um padrão na educação estadual) e candidatos é geral, com manifestações de rua em diversas cidades do estado e com inúmeros protocolos documentados pedindo investigação e providencia do Ministério Público do Paraná. Os chamados dos protestos são pelo cancelamento do concurso e por um processo seletivo com isonomia e transparência, organizado por uma instituição pública.

Não temos dúvidas de que todos esses cortes e “confusões” estão a serviço de eliminar cada vez mais candidatos, para que os aprovados sejam poucos e as vagas não sejam completadas. Pra piorar, o número de eliminações tende a ser ainda maior com a próxima fase do concurso: a prova didática de caráter eliminatório e classificatório.

Infelizmente a posição da APP sindicato acaba por legitimar a política do governo

Diante dessa situação a direção estadual da APP-Sindicato busca alternativas paliativas disponibilizando o departamento jurídico da entidade aos sindicalizados prejudicados no concurso e afirmando que como entidade não tem a prerrogativa de solicitar juridicamente a correção dos problemas relacionados ao processo de seleção do concurso.

Entendemos que a direção da APP tem sim que tomar posição e como direção sindical dos trabalhadores da educação deve mobilizar a estrutura da entidade e mobilizar a categoria contra a política do governo Beto Richa (PSDB) que visa precarizar o trabalho dos educadores e implantar a meritocracia no setor. 

As manifestações organizadas independente da estrutura sindical questionam o processo na sua totalidade propondo o cancelamento do concurso, e novo processo de seleção transparente, organizado por uma instituição pública. Ou a direção da APP apoio e incorpora essa luta ou vergonhosamente capitula ao governo e à PUC. 

Hoje, não defender a anulação do concurso é ser injusto com milhares de candidatos que foram utilizados pelo governo para a aplicação de suas políticas neoliberais! Por isso defendemos:

1- Imediata anulação do concurso e abertura de um novo processo com manutenção das inscrições e sem etapas eliminatórias;

2- A PUC não está apta e nem tem mais credibilidade para tocar outro concurso. Que o próximo concurso seja necessariamente organizado por uma instituição pública;

3- A direção da APP sindicato não pode continuar conivente aos desmandos do governo Beto Richa e à PUC. Ou muda de lado, ou estará fazendo um grande desserviço à educação pública!

4- A Direção da APP sindicato deve mudar de posição e se posicionar pela anulação do concurso!

Todo apoio às manifestações públicas, assim como às ações impetradas contra o concurso!

terça-feira, 30 de julho de 2013

Todo apoio à paralisação dos professores municipais de Sarandi

Nesta quinta-feira, dia 25/07/13, os/as professores/as do município de Sarandi-PR paralisaram suas atividades e realizaram um ato vitorioso em repúdio ao descaso com que a atual administração do prefeito Carlos de Paula (PDT) e a conivência da direção do Sindicato dos Servidores Municipais de Sarandi-SISMUS, ligada ao PC do B, e base do governo, vêm desferindo contra a educação na cidade.são

De Paula e o ex-secretário da educação professor Manoel (PPS) são investigados e foram afastados de seus cargos por fraudes em licitações na Secretaria de Educação do município, enquanto isso muitos problemas ocorrem na educação, como: péssima infraestrutura nas escolas e creches, falta de vagas nas creches para os pais deixarem suas crianças, os/as professores/as recebem um salário que não atende as exigências da Lei do Piso Salarial Nacional para o magistério, não têm nenhuma hora-atividade para preparar suas aulas, estudos, e muitos são obrigados a dobrar suas horas de trabalho, pois faltam profissionais, em decorrência de não se chamar concurso público, tanto para professores, como para funcionários, o que implica em sobrecarga de trabalho.

Professores tem disposição de luta, porém a direção do sindicato está com o prefeito.
Enquanto isso, uma conivência absurda do Sindicato dos Servidores Municipais de Sarandi acontece em função da direção da entidade pertencer a um grupo político (PCdoB) que está dentro do governo,o que faz com que não só não apoie a luta dos professores, como também negam o direito democrático à assembleia da categoria.

É necessário ressaltar que a indignação dos profissionais da educação e de outros setores dos servidores já vem de algum tempo. Essa não foi a primeira movimentação e já houve como ameaça de entrar em greve no final de junho e início de julho, levando a prefeitura a antecipar o recesso escolar em uma semana para adiar a possibilidade de greve do funcionalismo. 

A manifestação de 25/07/13 percorreu do centro à sede do sindicato, e encontraram a mesma fechada, os professores cobraram uma atitude combativa da direção, e em seguida se dirigiram para a prefeitura exigindo que o prefeito os atendesse.

O PSTU apóia a luta dos professores e participa do grupo de oposição à direção do sindicato, mas fica uma pergunta: quais devem ser os próximos passos do movimento? 


Acreditamos que cobrar que o sindicato chame uma assembléia da categoria para ouvir os servidores sobre suas condições, unificando os diversos setores, como saúde, educação, obras, e que a própria assembléia discuta e defina que rumos tomar. 

O trabalho com a população deve ser de denúncia sobre o descaso e o chamado a que se unifiquem nesta luta pelos serviços públicos e de qualidade. Além disso, exigir que o prefeito atenda as exigências do movimento, estendendo essas cobranças aos vereadores para que se posicionem a favor da luta da categoria.

Caso isso não ocorrer, os trabalhadores devem aproveitar o dia 30 de agosto, dia Nacional de Paralisações, para também paralisar suas atividades, porém, dessa vez unificando os outros setores da prefeitura.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

MANIFESTAÇÃO DO DIA 22/06 GARANTE VITÓRIA AOS MOVIMENTOS ORGANIZADOS EM MARINGÁ

Diferente do que assistimos na manifestação do dia 18/06 em Maringá, o ato do dia 22 foi extremamente vitorioso aos movimentos políticos e sociais. Partidos políticos, entidades estudantis e da classe trabalhadora se reuniram em frente ao DCE da UEM por volta das 16h para preparar faixas e cartazes para levarem ao ato. Por volta das 17h e 30 min nos somávamos aos demais manifestantes na Avenida São Paulo. Com um eixo de luta claro e bem definido, agitávamos nossas bandeiras, levantávamos nossos cartazes e cantávamos palavras de ordem contra a censura nos atos e em defesa de um transporte público de qualidade. Neste momento, éramos pouco mais de 150 pessoas, mas aos poucos nossa coluna foi ganhando corpo e identidade com os demais manifestantes que estavam próximos e nitidamente viam nossa diferenciação com o restante do ato.

“Sem Partido, memória curta, isso é coisa da ditadura”

Ao entrarmos na Avenida Tiradentes, iniciaram os gritos de “sem partido”, que rapidamente foram suspendidos por manifestantes que queriam escutar nossas palavras de ordem. Respondíamos chamando a juventude para lutar por liberdade de expressão. As manifestações duraram pouco e neste momento ativistas que estavam longe notaram nossa presença e logo vieram em nossa direção para se somar em nossa coluna. Provocadores e mascarados tentaram nos intimidar jogando bombas e fazendo ameaças, porém, nossa coesão em torno de nossa pauta não permitiu que caíssemos neste jogo da ultra-direita.

Com certeza chegamos à prefeitura de Maringá com cerca de 400 a 500 manifestantes. Era expressivo o tamanho que tinha crescido nossa coluna, assim como a declaração de apoio dos manifestantes que se somaram conosco. Porém, novamente fomos recebidos com hostilidades por provocares organizados. Sob ameaças físicas, bombas e uma tentativa de pedrada, mostrávamos quem eram os verdadeiros agressores. Uma bomba estourou no pé de uma ativista independente, mas não tivemos registros de nenhum incidente mais grave. Sob o grito de “falsos pacifistas”, dirigido aos provocadores, nossa coluna se sentou para mostrar que nossos inimigos, na verdade, são os mesmos, e estão nos governos, não nas ruas lutando. A grande maioria dos manifestantes, pacíficos, apesar de não concordarem com as bandeiras levantadas, que diga-se de passagem, eram diversas, seguiram seu caminho e ignoraram os provocadores. Para esses manifestantes honestos, só temos a dizer que respeitamos seu sentimento anti-partido. Este sentimento é fruto das desilusões nos partidos dominantes da burguesia e no PT. Teremos paciência para conquistar vossa confiança para um projeto político diferente. Porém, não nos cabe dizer a mesma coisa aos provocadores, que se organizam não para atacar aqueles que portam bandeiras, mas para agredir fisicamente militantes de esquerda. Estes, só merecem nosso repúdio!

Continuamos o ato em direção ao terminal, exigindo da prefeitura e da TCCC a redução do preço da passagem. Fechamos o terminal por cerca de 40 minutos e ensaiamos um pula catraca entre a população. Montamos um ato coeso, onde as distintas bandeiras coloriram e unificaram nossa luta. Quem olhava para o céu, além do tempo chuvoso e de nuvens carregadas, também via bandeiras vermelhas e negras tremulando no alto, gritando contra as injustiças e a opressão, pedindo um mundo mais justo para a classe trabalhadora e a juventude. Neste dia 22, a bandeira do PSTU, assim como de outros movimentos como ANEL, DCE-UEM, MST e as bandeiras anarquistas não baixaram um minuto sequer...

“Minha bandeira, não te faz mal, oportunista é o governo federal”

No meio do percurso, militantes da UNE, PCdoB e PT se somaram em nossa coluna, demonstrando a contradição de seus projetos políticos. Começaram a sentir o peso de 10 anos de governismo, 10 anos de bandeiras abaixadas, 10 anos fora das lutas e descoladas da massa de estudantes e trabalhadores. Agora, eles estavam conosco, fazendo coro com nossas palavras de ordem contra a violência da ultra-direita e por liberdades democráticas nos atos, mas também tolerando nossas palavras de ordem classistas, contra o governo de frente popular do PT que traiu a confiança e as expectativas da classe trabalhadora. Aos companheiros honestos desses partidos, não podemos deixar de fazer um chamado para que rompam com o governo. Ele é o verdadeiro responsável pelo povo nas ruas!

Seguiremos na luta, empunhando nossas bandeiras, marchando rumo ao socialismo. Convidamos todos a seguirem conosco nesta caminhada e se somar em nossas colunas nos próximos atos...

Por 2% do PIB para o transporte público já! 

Por mais investimentos na saúde e educação! 

Menos dinheiro para a copa! Mais investimentos em transporte, saúde e educação! 

Nem direita nem PT, Trabalhadores no Poder! 


Vídeo de nossa coluna:



Outras matérias relacionadas:



Maringa 22/06/2013 - Extrema direita ataca manifestantes!


Outras Informações sobre o ato de sábado:

quinta-feira, 20 de junho de 2013

NOTA PÚBLICA DO PSTU SOBRE OS DESDOBRAMENTOS NO ATO DE MARINGÁ DE 18/06/2013

Na última terça-feira, 18 de junho, Maringá foi palco de uma enorme manifestação. Cerca de 10 mil pessoas percorreram as ruas do centro da cidade para exigir a revogação do aumento da tarifa de ônibus e protestar contra as atuais condições de vida da população trabalhadora e pobre. Maringá não é a exceção! Em todo o país milhares e milhares de manifestantes saem às ruas em protestos espontâneos, demonstrando sua insatisfação com os governantes e a indignação com a repressão policial e a criminalização dos movimentos sociais. 

Embora o estopim das mobilizações tenha sido o aumento das passagens, é a atual política econômica do governo federal, aplicada a ferro e fogo nos estados e municípios, por governadores e prefeitos da base governista e da oposição de direita a principal responsável pelo povo nas ruas. A Inflação, o arrocho salarial e o endividamento das famílias somado à política de privatizações, concessões, desonerações ao setor privado, ataques aos direitos dos trabalhadores e mortes no campo, tudo isto tem contribuído para o descontentamento e indignação popular.

Greve dos Servidores Municipais de Maringá 2006
Nós do PSTU estamos com o povo! Estamos na luta e nas ruas construindo e compondo junto com a juventude, a classe trabalhadora e os setores oprimidos e explorados, os atos e as mobilizações, levantando palavras de ordem e ajudando a engrossar a voz dos que não toleram mais tanto descaso e humilhação. Compreendemos o sentimento antipartido de muitos dos manifestantes e os gritos contra as bandeiras dos partidos de esquerda que compõem os atos. Esse sentimento é parte, por um lado, da indignação contra os partidos e políticos tradicionais de direita, representantes legítimos da burguesia e por outro, da experiência com o PT, que após tantos anos lutando contra esses mesmos partidos e setores conservadores, acabou se rendendo a eles e ao chegar no governo, em nome de uma suposta “governabilidade”, sacrifica os interesses dos trabalhadores. Esse sentimento antipartido é, portanto, legítimo na medida em que exprime essas experiências.

Entretanto, a justeza desse sentimento, não significa que ele está correto, não se pode simplesmente colocar um sinal de igual entre todos os partidos e daí tirar a conclusão de que nenhum serve. Uma coisa são os partidos de direita, representantes da burguesia, outra muito diferente são os partidos e organizações da esquerda que sempre estiveram na trincheira da classe trabalhadora e que sempre lutaram junto com a classe e na sua defesa. Esses partidos e organizações nada têm a ver com os partidos burgueses da elite dominante e, portanto não podem ser tratados da mesma forma. 

No Brasil os partidos e organizações de esquerda sempre jogaram um papel fundamental. Organizando os trabalhadores, lutaram contra o fascismo e a ditadura militar, ajudaram a conquistar direitos, a democracia e as liberdades democráticas. Inúmeros militantes de esquerda deram o sangue e a vida para garantir a liberdade de expressão e de manifestação dos que hoje saem às ruas. Negar aos partidos e organizações de esquerda o direito de levantar suas bandeiras nos atos e manifestações é rasgar a nossa história, é jogar no lixo a honra desses militantes que tombaram na luta. 

Manifestação da Ocupação da Reitoria UEM - 2011 
O PSTU sempre esteve na luta ao lado dos trabalhadores e da juventude. Em nossa cidade, fomos um dos poucos partidos que tiveram a coragem de enfrentar a família Barros, denunciando a corrupção e os ataques aos trabalhadores. À frente do sindicato dos servidores municipais fizemos greve, na direção do DCE ocupamos a reitoria da UEM, nas eleições colocamos nossa campanha e nossos programas de rádio e TV a serviços das greves e das lutas. Estivemos à frente de greves, mobilizações, piquetes e tantas lutas mais, e muitos dos nossos militantes enfrentaram a polícia, foram ameaçados, presos e processados, o que muito nos orgulha. É por isso que temos o direito de levantar nossas bandeiras, porque somos e sempre fomos um partido que lutou e luta ao lado da classe trabalhadora e da juventude. 

Entretanto existem setores de direita e de ultradireita que valendo-se desse sentimento antipartido aproveitam para desferir ataques morais e físicos contra os partidos de esquerda e assim bloquear a organização política dos trabalhadores. Através das redes sociais incitam os manifestantes de forma a coibir nossa participação nos atos. De maneira antidemocrática, provocadores e militantes fascistas nos atacam, arrancando nossas bandeiras, ofendendo e agredindo fisicamente nossos militantes, tudo com o objetivo de desmoralizar os partidos e organizações da classe trabalhadora. 

Esses ataques têm sucedido na maior parte das manifestações que ocorrem pelo país e Maringá não é diferente. Na manifestação do dia 18 os militantes do PSTU foram literalmente atacados por estes provocadores de ultradireita. E se é verdade que conseguimos resistir de forma honrosa e manter nossas bandeiras de pé, não é menos verdade que infelizmente outros partidos operários e de esquerda tiveram uma atitude conivente com essa postura antidemocrática, capitulando aos setores de direita e nos deixando à mercê dos provocadores e militantes fascistas. 

Entretanto, longe de fortalecer o movimento, a conivência de setores de esquerda a essa postura antidemocrática somente nos enfraquece e abre espaço para que a direita tome o controle e a direção das manifestações. Hoje exigem que os partidos e organizações de esquerda baixem suas bandeiras, amanhã impedirão nossas camisetas e faixa, a seguir ordenarão que nos retiremos dos atos... E caso não aceitemos não temos dúvida de que se organizarão para nos tirar “a pauladas”. 

* Diante disso fazemos um chamado democrático de auto-defesa a todos os partidos políticos para que reavaliem sua conduta e junto com as outras organizações dos trabalhadores, populares e estudantis (sindicatos, organizações estudantis e outros movimento sociais) e se somem a nós do PSTU para construir uma frente classista contra os ataques da direita e da ultradireita infiltradas no movimento. 

Por liberdades democráticas dentro do movimento! 

Pelo livre direito de se organizar e manifestar!

Por liberdade de expressão, inclusive político-partidária e de uso e hasteamento de bandeiras!

Somente a luta consciente dos trabalhadores e da juventude poderá mudar o país!

Direção Regional do PSTU-Maringá
19/06/2013

* modificado em 20/06/2013 às 16:15

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Movimento conquista diminuição do preço da passagem em Maringá. Mas isso é muito pouco, temos que avançar!

Terça feira (18) é dia de nova manifestação!

O Movimento contra o aumento da passagem de Maringá conquistou uma vitória parcial, a queda no preço da passagem de ônibus, de R$ 2,65 para R$ 2,55 no cartão. A manifestação ocorrida na última sexta-feira, 07/06 em frente ao Terminal urbano, que contou com cerca de 300 pessoas, procurou dialogar com a população, e a mesma correspondeu denunciando os abusos que a empresa concessionária TCCC (Transporte Coletivo Cidade Canção) tem cometido há décadas, e tais problemas só aumentam a cada dia. 
Foto da manifestação do dia 07/06, em Maringá
Mas temos que esclarecer alguns fatos ocorridos nos últimos dias, pois a Câmara de Vereadores negociou um acordão com o Governo Pupin (responsável pelo reajuste absurdo) e a TCCC (empresa) a isenção a zero de um imposto, o ISS (Imposto sobre serviços). A tarifa havia aumentado de R$ 2,50 para R$ 2,65 no cartão (6%) e em dinheiro de R$ 2,95 para R$ 3,15 (cerca de 7%). A população foi às ruas e refutou esse aumento absurdo.

Agora, com a nova proposta, somente seria diminuído o valor a quem paga as passagens no cartão, ou seja, a população continuará pagando R$3,15 e os barões do transporte (TCCC), que venceram a licitação e tiveram o contrato de concessão renovado, continuarão enriquecendo às custas do dinheiro suado do trabalhador

Além disso, foi anunciada uma medida que integraria todo o transporte coletivo de Sarandi e Paiçandu ao de Maringá (afinal as empresas fazem parte do mesmo grupo econômico). Mas o usuário pagaria mesmo assim pela integração, não haveria integração como em Maringá. 

O que tem que ficar bem claro é que não haverá redução a quem paga em dinheiro, portanto precisamos continuar denunciando esse abuso e exigindo de Pupin (PP) a revogação do aumento da tarifa, a abertura das planilhas para sabermos o custo real, e a integração ao menor preço possível para todas as cidades, além da estatização do transporte!

Defendemos também:

- Mais ônibus, mais linhas e horários!

- Pela real valorização dos motoristas e volta dos cobradores!

- Pelo passe livre irrestrito a estudantes, desempregados e à toda a população!

- Pelo fim da concessão à TCCC e estatização do transporte público sob controle popular!

Por isso chamamos a juventude e os trabalhadores de Maringá e região para estarmos juntos nessa luta!!!

Terça feira, a partir das 17h30min, segunda manifestação no terminal em Maringá

Compartilhe o evento do ato no facebook:

sábado, 8 de junho de 2013

TCCC e Prefeitura insistem no aumento da tarifa de ônibus.

Mais uma vez a população de Maringá é golpeada pelas costas e no bolso. O atual prefeito Carlos Roberto Pupin (PP), autorizou o reajuste das tarifas de transporte coletivo atendendo a exigência da empresa que explora o serviço (TCCC). A passagem passou de R$ 2,95 para R$3,15, uma das tarifas mais caras do país. A burguesia que controla boa parte do transporte público não somente em Maringá, mas também é proprietária de empresas que prestam o serviço em Sarandi e Paiçandu e faz parte do grupo que é dono da empresa de aviação GOL, aumentou em quase 7% os valores, continuando com lucros exorbitantes.

Não cumpriu com uma medida desde janeiro, abaixando a tarifa, quando o governo federal autorizou a desoneração do imposto sobre o INSS, que caiu de 20% para 2% na folha de pagamentos, ou seja, já era para o preço da tarifa ter caído bem. Também temos que dizer que o governo Dilma (PT) vem ajudando e muito estas empresas a lucrar cada vez mais e pagar menos impostos, e isso não tem se revertido em diminuição do preço das passagens. 

Além disso, no último domingo foi promulgada pelo Governo Dilma também a desoneração às empresas do recolhimento de PIS/COFINS (cerca de 3%), o que impactaria também no preço da passagem com diminuição. A TCCC alegou que o reajuste seria de 10 a 12%, já muito acima da inflação e foi justamente o que fez. Se o preço fosse reajustado de acordo com a inflação, e aplicadas as desonerações, o aumento seria baixíssimo. A TCCC manobrou jogando quase o dobro de reajuste e se justificou alegando que fez os descontos necessários. 

O que vemos é que os preços continuam subindo e os salários mais achatados, com isso a TCCC continua lucrando como antes. Devemos também denunciar o que a população já está cansada de ver, ônibus lotados, poucos horários e linhas em relação ao crescimento da cidade e aumento da população, serviço ruim, trânsito caótico, superexploração dos motoristas que desempenham dupla função, pois também são cobradores, enfim, problemas não faltam. Tudo isto acontece pois a TCCC é uma empresa privada e como no capitalismo não há saída, estas empresas só visam seus lucros.

Para as cidades de Sarandi e Paiçandu, os valores foram aumentados para R$ 2,80, sem contar que não há integração entre os ônibus destas cidades e Maringá, portanto, quem vem ou vai para estas cidades paga 2 passagens, e a absoluta maioria dos trabalhadores de Sarandi e Paiçandu depende do transporte para vir trabalhar em Maringá. 

Vários exemplos de manifestações têm surgido Brasil afora, como em São Paulo, Rio de Janeiro, Natal, Porto Alegre (onde os estudantes e a população conseguiram com muita pressão o recuo no aumento). 

Só em um exemplo, trabalhadores na Holanda ou na Alemanha, mesmo tendo carros, preferem andar de ônibus, trens, metrô, VLT, pois são mais eficientes e baratos, contribuindo para não haver congestionamentos. 

Para começarmos a ter um transporte verdadeiramente público, a preço de custo, de qualidade, o PSTU defende as seguintes medidas:

- Pela revogação imediata do aumento da passagem!

- Pela abertura das planilhas e transparência nos custos!

- Pela valorização dos motoristas e volta dos cobradores, mais linhas, ônibus e horários!

- Pela integração do transporte coletivo de Maringá com todos os municípios da região ao menor preço possível!

- Pela estatização do transporte coletivo público sob controle popular!

- Passe livre irrestrito a estudantes, desempregados e à população!

Veja fotos da manifestação contra o aumento das passagens:



quinta-feira, 6 de junho de 2013

POR QUE APOIAMOS A OCUPAÇÃO INDÍGENA DA SEDE DO PT EM CURITIBA?

Nota Pública do PSTU - Paraná 
Um grupo de aproximadamente 30 índios da tribo Kaingangue ocupou na manhã desta segunda-feira (3) o diretório estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) do Paraná em Curitiba. Eles viajaram durante a madrugada do município de Mangueirinha, no sudoeste do Estado, até a capital e protestaram, com toda razão, contra a postura da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffman (PT) (pré-candidata a Governadora do Estado) que no último dia 7 - a pedido do Governo Dilma (PT) - anunciou a suspensão da demarcação de terras indígenas no Paraná. 

PT E AGRONEGÓCIO NO PARANÁ: UMA RELAÇÃO DURADOURA E ESTÁVEL 

Não é de hoje que nós do PSTU denunciamos a relação promíscua do Partido dos Trabalhadores (PT) do Paraná com o Agronegócio. Já alertávamos a base desse partido sobre o perigo dos conchavos políticos que culminaram no apoio ao candidato Osmar Dias (PDT) reconhecidamente ligado aos fazendeiros do estado. Muitas direções sindicais inclusive foram “de mala e cuia” pra campanha eleitoral chamar voto no fazendeiro sob o triste argumento de “mal menor”. 

Agora, os ruralistas pediram a suspensão de todos os processos de demarcação e foram prontamente atendidos por Gleisi Hoffman (PT) e Dilma (PT). Embora neguem, a ação encabeçada por Gleisi tem claros contornos eleitoreiros, já que, provavelmente, vai buscar o financiamento de fazendeiros da região para sua campanha pra governadora em 2014.Recentemente, a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffman, criticou os atuais critérios para a demarcação de terras indígenas durante audiência da bancada ruralista no Congresso. Ela propôs a criação de um novo sistema de demarcação que tira poderes da Funai e envolve a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), órgão público mas próximo ao agronegócio, demonstrando a intenção de ingerência direta nas terras indígenas. 

INDÍGENAS DENUNCIAM TENDÊNCIA DE AUMENTO DA VIOLÊNCIA, PRECONCEITO E MORTES! 

Em nota, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) afirma que “o governo brasileiro demonstra íntima sintonia com os interesses ilegítimos e ilegais da bancada ruralista e da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) que buscam o estabelecimento de uma moratória absoluta nos procedimentos demarcatórios no país”. E alerta: “o aprofundamento da retração nos procedimentos de demarcação das terras indígenas decorrente dessa iniciativa irá potencializar os conflitos fundiários envolvendo os povos detentores do direito e os ocupantes de boa ou má fé destas terras”. 

Nos últimos dias acompanhamos o assassinato de um indígena Terena durante uma reintegração de posse executada pela Polícia Militar e Federal na fazenda Buriti, Sidrolândia (MS). A violência e o número de mortes tende a aumentar também no Paraná, principalmente no Oeste (Guairá, Mal. Rondon, Palotina, Assis Chat., Terra Rocha, etc.) e Sudoeste (região de Mangueirinha) entre indígenas e latifundiários, regiões onde já começa a se desenhar conflitos. 

Com essa medida o Governo Dilma e o PT do Paraná, através de sua principal figura pública (Gleisi Hoffman), assinam a sentença de morte das nações que hoje vivem em territórios já muito reduzidos. O governo petista se torna responsável pelos conflitos, assassinatos e extermínio dos indígenas, processo que já estamos assistindo nas aldeias Guarani-Kaiowá, Kaingang e nas etnias presentes em Belo Monte, entre outros, que já vivem encurralados por jagunços de fazendeiros. Neste processo, o PT do Paraná, lamentavelmente, cumpre um papel de protagonista. 

Nesse sentido apoiamos a ocupação indígena da sede do PT em Curitiba e defendemos: 

- TODO APOIO A CAUSA INDÍGENA! 

- BASTA DE LATIFÚNDIO E AGRONEGÓCIO! 

- DEMARCAÇÃO DAS TERRAS JÁ! 

- CHEGA DE PRECONCEITO, VIOLÊNCIA E ASSASSINATOS CONTRA INDÍGENAS!

quarta-feira, 5 de junho de 2013

A saúde em Sarandi vai de mal a pior!

Upa: "Apenas um problema "

Constantemente ouvimos reclamações sobre as condições de atendimento da Unidade de Pronto Atendimento – UPA de Sarandi. Isso é um fato que pode ser observado por qualquer pessoa que precisa de tal atendimento. Mas o problema é muito maior que a questão da UPA. Apesar do problema da UPA já ser, por si só, uma enorme preocupação no que se refere à saúde em Sarandi, quando observado o todo, a situação da saúde no município é muito mais grave!

As Unidades Básicas de Saúde (postos de saúde) passam por uma situação de abandono. Devido à falta de funcionários, podemos encontrar postos de saúde com graves problemas de higiene. Os funcionários da limpeza chegam a limpar 2, 3 postos em um mesmo dia. Isso inclusive já acarretou protestos chegando ao ponto de ter uma unidade fechada. E isso não é só! Faltam materiais, prejudicando a realização de diversos procedimentos e a esterilização que era feita no NIS III está paralisada.


Se isso não bastasse, temos que enfrentar intermináveis filas formadas ainda de madrugada, que levam idosos e crianças para situações onde as enfermidades só tendem a se agravar; a falta de ambulâncias leva os pacientes ao desespero e à insegurança. O Programa de Saúde da Família (PSF) não funciona! Sequer a Kombi do programa está em condições de uso, o que impossibilita as visitas médicas e de enfermagem.

Profissionais da saúde: Desrespeito é a marca desse governo.

A situação dos profissionais de saúde não é diferente. Os baixos salários e as péssimas condições de trabalho fazem com que esses trabalhadores sejam realmente heróis, tendo que se desdobrar para garantir o mínimo de atendimento. Os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) trabalham em condições tão precárias que sequer uniforme possuem. Isso sem falar nos baixos salários e na falta de funcionários para atender a população.

É sabido de todos os vários problemas por que passa a cidade de Sarandi, não apenas na pasta da saúde. A corrupção na Secretaria de Educação pode ser apenas a ponta de um gigantesco “iceberg”. O PSTU defende uma ampla auditoria independente na Secretaria de Saúde, além de medidas urgentes como abertura imediata de Concurso Público para a contratação de profissionais da área, o pagamento do Piso Salarial Nacional para os Agentes Comunitários, a formação de todas as equipes do Programa Saúde na Família e condições para que o programa funcione, dentre outras medidas.

Sabemos que os problemas da saúde não estão somente no município de Sarandi. Por isso, cobramos dos Governos Federal que no mínimo dobre os investimentos em Saúde Pública, imediatamente.Nos últimos anos, o governo Dilma (PT) destinou em média 45% do orçamento para encher o bolso dos banqueiros com juros e amortizações de uma "dívida que já foi paga. Por outro lado, investe menos de 4% na saúde. Ou seja: banquete para os ricos, migalhas para os trabalhadores. É preciso parar de pagar a dívida para poder investir em saúde, educação, moradia, através de um plano de obras públicas e contratações via concurso. 

Governando para os ricos empresários, os governos Dilma (PT), Beto Richa (PSDB) e Aguiar (PPS) não estão interessados em resolver o problema da Saúde Pública.É preciso uma ampla campanha cobrando mais investimentos e atenção à saúde, além da responsabilidade por parte dos governos com a vida dos trabalhadores, idosos e jovens. Somente um governo comprometido com os trabalhadores pode modificar essa situação.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Não há limites para a corrupção na cidade de Sarandi!


 Agora a denúncia de corrupção é na Preserve.

Rodrigo Tomazini, do PSTU de Sarandi

Novamente denúncias de corrupção tomam o noticiário na cidade de Sarandi. Dessa vez a denúncia de desvio é na Preserve (Caixa de Aposentadoria e Pensão dos Servidores Municipais de Sarandi). Ou seja, os servidores públicos contribuem mensalmente para a previdência e o dinheiro vai para os bolsos de corruptos que espoliam a cidade. Segundo informações, o rombo pode passar de R$ 50 mil.

A cidade de Sarandi passa por uma série de problemas. No início do ano tivemos o pedido de prisão do prefeito Carlos De Paula (PDT) e do secretário de educação professor Manoel (PPS) por denúncias de fraude em licitação na educação. O prefeito está afastado e o ex-secretário de educação professor Manoel foi exonerado do cargo.

Além da corrupção e também como resultado disso, a cidade de Sarandi está completamente desestruturada, um verdadeiro caos nos serviços públicos: Filas intermináveis nos postos de saúde, demora no atendimento aos doentes na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), a educação cada vez mais sucateada (só para se ter uma ideia, a quadra de esportes da Escola Machado de Assis não tem traves, tabelas e muito menos segurança)  e, pra piorar, a prefeitura não contrata professores para as escolas.

Sem dar nenhuma atenção às reivindicações dos trabalhadores e da juventude, prefeitos e vereadores aumentam o número de cargos comissionados, mostrando que o que interessa é encaixar seus afetos políticos na administração municipal e garantir cabos eleitorais para a próxima eleição. Isso é um absurdo!

Falta de professores: qual a saída da Secretaria de Educação?

Com a falta de professores, a Secretaria de Educação teve uma saída no mínimo catastrófica para a educação. Para compensar os professores não contratados, a Secretaria da Educação propõe a diminuição e até mesmo o fim das horas atividade (HA) dos professores que estão na escola.

Se por um lado, aprofunda o desmonte da educação e deteriora mais ainda a sua qualidade, tolhendo o professor de seu tempo para estudos, correção de trabalhos, etc., por outro descumpre a Lei do Piso Salarial Nacional (lei 11.738 de 2008) que prevê o cumprimento de 33% de hora atividade fora da sala de aula.


A cidade de Sarandi caminha na direção contraria aos interesses dos trabalhadores e da juventude. Tanto o prefeito como os vereadores não estão ao nosso lado. O PSTU defende a imediata investigação de todas as secretarias do município, através de uma sindicância independente. Já sabemos por experiência que as sindicâncias do município nunca dão em nada.

Defendemos também a imediata aplicação da Lei do Piso para os professores, tanto em relação aos salários, como no que se refere aos 33% de hora atividade. O dinheiro da corrupção e dos cargos comissionados deve ser investido em saúde, educação, moradia, etc;

            

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Três meses após as eleições, a cidade de Sarandi mergulha no caos.

Por Rodrigo Tomazini, do PSTU Sarandi

Esse foi um início de ano muito movimentado na cidade de Sarandi. Mesmo passando por diversas crises no último período, como a da questão do lixo, o aumento do IPTU e a cassação do ex prefeito Milton Martini (PP), podemos considerar esse início de ano como de forte mo0vimentação política na cidade.

Um breve histórico:

Assumindo a prefeitura através do afastamento do antigo prefeito Milton Martini, Carlos De Paula (PDT)  termina o mandato e vence as eleições municipais com uma ampla rede de coligações e muita propaganda enganosa, principalmente na questão da saúde, educação e o seu carro chefe: o asfalto. Mais que isso, consegue eleger todas as cadeiras da Câmara de Vereadores, ficando essa a serviço de seu mandato. Tudo parecia perfeito, até o início de se mandato como prefeito eleito.

Com menos de 15 dias de mandato, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) pediu a prisão e afastamento do prefeito e do Secretário de Educação professor Manoel (PPS), por conta de investigações que apuravam fraudes em licitações do setor da educação. Professor Manoel é afastado do cargo e preso, porém, Carlos De Paula é somente afastado, perdendo os recursos para voltar ao cargo, tanto regional como o estadual.

Mais do mesmo: Sai Martini (PP) entra De Paula (PDT); sai De Paula e entra Aguiar (PPS) .

Como se pode ver, apesar de todas as denúncias de corrupção na cidade (que não são poucas), o mesmo grupo político continua governando Sarandi. Nada mais que trocar seis por meia dúzia. Além de ser vice do prefeito afastado, ou seja, do mesmo grupo político, Luiz Aguiar é do mesmo partido do Secretário de Educação afastado e preso e, muito provavelmente, foi ele quem fez a indicação. Trocam-se os nomes, mas os problemas da cidade continuam os mesmos:
 
O asfalto que foi motivo de muita propaganda eleitoral foi “varrido” pela chuva das últimas semanas. Como sempre denunciamos, isso ocorreria com a chegada do período das chuvas. De nada adianta maquiar a situação! Todo cidadão de Sarandi, mesmo sendo leigo, sabe que a cidade precisa de galerias pluviais, que água da chuva tem de correr por baixo do asfalto e não por cima.

A educação sofre com o descaso e as escolas municipais estão à míngua, tendo a administração municipal sempre a mesma desculpa: não há dinheiro. Professores e funcionários com baixos salários e sem estrutura para trabalhar. As famosas quadras cobertas são um fiasco, pura propaganda novamente, alagadas a cada chuva. Exemplo latente é a quadra da Escola Machado de Assis, no Jardim Panorama. Inauguração com direito a políticos de todos os tipos, porém, hoje em completo abandono.

A saúde está mergulhada no caos. Postos de saúde com lixo espalhado por todos os lados, por falta de funcionários para fazer o serviço da limpeza! A Unidade de Pronto Atendimento sem médicos e com aparelhagem muitas vezes quebrada. Para se ter uma ideia, um posto de saúde foi fechado por não apresentar condições de higiene; na UPA, um enfermeiro foi agredido por um cidadão indignado com as péssimas condições de atendimento.

Mas os problemas não param por aí: Em maio tem nova licitação para o lixo da cidade

Mas para quem pensava que o mar de problemas parava por aqui, isso é só a ponta do iceberg. Além da crise política que assola a cidade, com um enxurrada de denúncias de corrupção, além dos problemas da saúde, educação e estrutura, o fantasma do lixo volta a rondar a cidade.


Todo cidadão sarandiense deve se lembrar dos projetos da burguesia da região de transformar a cidade de Sarandi em um lixão a céu aberto. As lutas durante o ano de 2009 e 2010 chegaram a levar cerca de 700 manifestantes para frente da prefeitura da cidade, com o intuito de barrar a vinda do lixo.  Isso foi conquistado parcialmente.

Mais que isso, era preciso reverter o processo de privatização do aterro, concebido pelo prefeito à época, Cido Spada, até então no PT e hoje no PV. Para isso, os partidos políticos e movimentos sociais, tendo o PSTU, ANEL e CSP Conlutas entre eles, organizaram um Projeto de Lei de Iniciativa Popular e coletaram mais de 5 mil assinaturas de eleitores da cidade. Esse projeto tinha como objetivo a reestatização do aterro e o controle pelos trabalhadores. Foi protocolado em março de 2011 com uma grande manifestação e passeata que sacudiu a cidade.

Dois anos depois, vereadores não se pronunciaram sobre o Projeto Lei de Iniciativa Popular – Nova licitação vem aí

O descaso é a cara da Câmara de Vereadores de Sarandi. Tanto a gestão anterior, como a empossada esse ano, estão a comprovar que os vereadores são os maiores inimigos da população. Legislam apenas por seus interesses particulares, prejudicando a população trabalhadora e, nem de longe, se preocupam com as suas reivindicações. O exemplo do Projeto Lei de Iniciativa Popular só vem a comprovar essa situação. Mais de 5 mil eleitores ignorados!!!

E como o projeto sequer foi votado por esse senhores, agora nova licitação para o lixo de Sarandi é aberta. A licitação está  marcada para 7 de maio e, dessa forma, novamente chegamos a um ponto um risco altíssimo de estarmos muito próximos novamente de empresários sedentos por lucros, querendo transformar a cidade de Sarandi  em um lixão a céu aberto. Da outra vez eram cerca de 500 toneladas de lixo por dia. O que vem agora?
             
Como podemos observar, a situação da cidade de Sarandi, para o trabalhador, é caótica. Mas isso era de se esperar: no sistema capitalista, a procura cada vez maior aos lucros, o abandono das políticas públicas e a corrupção, trazem o sofrimento aos trabalhadores e à juventude. É essa situação que empurra a juventude às drogas, por exemplo, trazendo o aumento da violência. Também é essa situação que traz a infelicidade das famílias da classe trabalhadora. Somente a organização dos trabalhadores e da juventude é que podem travar esse processo.

É hora de ocuparmos os espaços públicos para cobrar soluções para os trabalhadores

A pressão por conta da situação na saúde já começa a dar resultado. Começamos a perceber movimentações no sentido de aumentar o número de médicos. Mas isso é muito pouco. É urgente e necessário maior investimento na pasta, além da contratação de profissionais da saúde em número suficiente. A construção de novas unidades de saúde também é urgente!!! O investimento na saúde, educação, moradia e políticas públicas é fundamental. Não dá mais para aturar o aumento de diárias, a compra de carros de luxo, corrupção e os altos investimentos em propaganda. Temos que exigir que o dinheiro público seja investido nos serviços públicos.

Também temos que exigir uma completa investigação na prefeitura de Sarandi, pois essa está sob suspeita. Além disso, retomar a campanha pela reestatização do aterro, privatizado no governo do PT, controlado pelos trabalhadores, para que esses possam decidir sobre o aterro.

O PSTU se coloca à disposição para estar à frente dessas lutas. Chamamos todas as entidades da cidade que estão contra essa situação para atuarmos juntos, em defesa dos trabalhadores e da juventude de Sarandi.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Escândalo em Sarandi: Gaeco prende funcionário e Secretário de Educação do município


Por PSTU Sarandi

Mal começou o ano e a cidade de Sarandi novamente é sacudida por denúncias de corrupção, dessa vez envolvendo a secretaria de educação do município. O GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) prendeu entre os dias 11 e 16 de janeiro, quatro pessoas, entre elas o Secretário de Educação de Sarandi, Antonio Manoel, por indícios de fraude em licitações na educação.

Infelizmente, isso ocorre em meio à divulgação de que Sarandi tem o pior resultado da região no IDEB, que avalia a qualidade na educação. Escolas sem estrutura necessária, professores com baixos salários e praticamente sem hora atividade e ainda em número insuficiente para o bom andamento das atividades. E a resposta por parte do poder público é sempre a mesma: falta dinheiro!

Mas o dinheiro não falta somente na educação: a saúde na cidade de Sarandi está um caos, faltam profissionais e medicamentos. O tão propagandeado asfalto está esfarelando, pois não foi feito como deveria. Os índices de criminalidade continuam aumentando e uma infinidade de etc. Mas para a corrupção o dinheiro parece não ter fim!

Corrupção e capitalismo andam de mãos dadas



Sabemos que a corrupção não ocorre somente na cidade de Sarandi, pelo contrário, a corrupção e o capitalismo são parceiros inseparáveis. A corrupção afeta todo o mundo capitalista, porque envolve todas as situações em que uma minoria (burguesia) explora uma maioria (trabalhadores). A burguesia e seus funcionários utilizam o Estado para manter a dominação de classe em geral, e para conseguir vantagens particulares.


Quem não se lembra da gigantesca fraude contábil da empresa Enron, no governo Bush, nos Estados Unidos? Ou das escandalosas privatizações nos governos Lerner (à época do PFL) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB)? Ou então das negociatas de Renan Calheiros (PMDB) com empreiteiras? E o recente caso do mensalão, onde vários "caciques" do PT (entre eles José Dirceu e José Genoíno) foram condenados por corrupção? No caso de José Genoíno, mesmo condenado á prisão pôde tomar posse como deputado.
Essas são as regras do jogo da democracia burguesa, na verdade uma democracia para os ricos e corruptos e uma ditadura para os trabalhadores. Nesse regime, as eleições são controladas pelo capital, por isso os candidatos da grande burguesia sempre vencem. Nesse jogo de cartas marcadas, os capitalistas impulsionam os grandes partidos e financiam suas eleições milionárias. Porém, como diz aquele velho ditado popular, “quem paga a banda, escolhe a música”.

Um exemplo muito próximo: Contorno Norte

Não precisamos ir longe para observarmos essa situação, basta lembrar o caso da obra do Contorno Norte onde, segundo a cobertura jornalística, a empreiteira Sanches Tripoloni teria aumentado os seus contratos com o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) em 1.273% durante os anos do governo Lula. A empreiteira conseguiu a façanha de aumentar seus contratos de 20 milhões em 2004 para R$ 267 milhões em 2010.

Como forma de retribuir o bom andamento dos negócios a empreiteira tornou-se uma das grandes doadoras das campanhas, principalmente, dos partidos aliados ao governo. Somente para o PT, o PR e o PMDB foram mais de 6 milhões de reais nas últimas eleições. A então senadora e atual Ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT) recebeu da Sanches Tripolini R$ 510 mil para “ajudar” em sua campanha eleitoral. Além dela, foram favorecidos no Paraná políticos como Ênio Verri (Presidente estadual do PT) e Ricardo Barros (PP), que já foi vice-líder do governo Lula e Secretário Estadual do Governador Beto Richa do PSDB.

Uma verdadeira troca de favores, onde uns enchem os bolsos e outros garantem financiamentos milionários de campanhas. Assim fica fácil se eleger! É inevitável que alguém perca com tudo isso e esse alguém é o trabalhador, que cumpre sua jornada de trabalho em situações de extrema exploração, recebe um salário de miséria e ainda paga em dia suas contas e impostos. Em troca, recebe serviços públicos sucateados, sem profissionais em quantidade suficiente e ainda, diante de tanta corrupção, a desculpa é sempre a mesma: falta dinheiro! O trabalhador e seus filhos são atingidos diretamente pela corrupção!
É justamente por isso que nós do PSTU não aceitamos sequer um centavo da burguesia. Nossos materiais e nossas campanhas são financiados com a contribuição dos próprios trabalhadores, pois, caso eleitos, estaremos pondo nosso partido á disposição das lutas e reivindicações dos trabalhadores e da juventude.

População de Sarandi novamente se prepara para a luta

Assim como no caso do petista José Genuíno, que mesmo condenado à prisão pôde assumir um cargo de deputado, podemos fazer uma analogia com o secretário de educação de Sarandi, que mesmo preso e indicado, segundo o jornal Gazeta do Povo¹, pelo tenente Gustavo Rodrigo Rodrigues da Costa Silva (Gaeco Londrina) como tendo participação nas fraudes de licitações e que seria um de seus líderes já que era ele quem assinava os documentos para diversas situações, o secretário da educação Antonio Manoel, depois de 6 dias preso, volta ao cargo para dirigir essa secretaria tão importante e um dos maiores orçamentos do município.

Mas a população de Sarandi começa a se organizar para ir às ruas cobrar atitudes enérgicas perante a esse fato.  Uma primeira manifestação foi realizada na Câmara de Vereadores da cidade e agora se prepara para uma manifestação na prefeitura. É preciso que haja uma investigação em todas as contas da prefeitura, a começar pela secretaria da educação. Também é necessária a exoneração de todos os envolvidos no caso das fraudes e reparação por estes de todos os prejuízos caudados pelos seus atos, além da prisão de todos. Mais que isso, é preciso a unidade dos setores dispostos a lutar!


O PSTU apoia e participa ativamente do Comitê de Lutas, criado para unificar os lutadores em torno da luta contra a corrupção na cidade de Sarandi. Chamamos toda a população a entrar nessa luta!

* Por auditoria independente e acompanhada pelo ministério público em todas as secretarias municipais, a começar pela secretaria de educação! 
*Caso confirmada as fraudes, exoneração dos envolvidos nas licitações fraudulentas e reparação por estes de todos os prejuízos causados em decorrência de seus atos!
* Prisão a todos os envolvidos!
* Imediato cumprimento da Lei do Piso aos professores (salário e hora atividade) e investimento do dinheiro do município no serviço público, valorizando o servidor público!

1 http://www.gazetadopovo.com.br/vidapublica/conteudo.phtml?id=1338110