sexta-feira, 26 de outubro de 2012

NOTA DO PSTU SOBRE O CHAMADO DE VOTO CRÍTICO EM VERRI POR DÉBORA PAIVA


Por Bruno Coga, candidato à vice-prefeito na coligação "Maringá Para os Trabalhadores" PSOL/PSTU

Nas últimas semanas assistimos em vários lugares do país um tremendo desrespeito à base do PSOL efetuada por sua direção. Em Belém, o alto escalão do PT, com Lula, Dilma e Mercadante, apareceu no programa de Edmilson Rodrigues, candidato ao segundo turno do PSOL chamando voto neste candidato e ratificando seu compromisso com o Governo Federal. No Amapá, o PSOL recebeu apoio do DEM e PSDB e, em declaração, o Senador Randolphe Rodrigues afirmou: Estamos apontando não simplesmente uma aliança política, estamos apontando um caminho político novo no Amapá". Em São Paulo, Plínio de Arruda Sampaio disse preferir Serra à Haddad para a prefeitura e Ivan Valente, presidente nacional do PSOL, declarou achar natural tais apoios no Norte. Acreditamos que a militância do PSOL, aguerrida e lutadora, que está conosco dia-a-dia nos movimentos sociais não merece tamanho desrespeito!

Tais apoios e declarações estabeleceram muitas divergências entre os militantes do PSOL. Algumas correntes chegaram a romper com essas campanhas e chamar voto crítico em seu próprio partido (Assim como o PSTU o fez em Belém. Em Macapá, chamamos voto nulo!).

Em Maringá, Débora Paiva já havia se pronunciado nas eleições: em uma entrevista à Gazeta do Povo, Débora afirmou que seria incoerente da nossa parte (o apoio a algum candidato). Mas agora é hora do eleitor maringaense votar no menos pior."[1].  Hoje numa postagem sua no facebook, a ex-candidata a prefeita de Maringá, chama voto crítico em Enio Verri neste segundo turno. Postagem essa, às vésperas das eleições e que deixam, tanto para nós, quanto, aparentemente, para os demais companheiros do PSOL, uma série de questionamentos.

Nesse sentido, gostaríamos de colocar o posicionamento do PSTU, sobre a referida nota:

Primeiramente, esta nota nos causa estranheza e indignação, tanto pela forma como foi colocada, quanto pelo conteúdo apresentado. Não temos acordo algum com o conteúdo postado por Débora em sua rede social.

Parece-nos estranho e contraditório tal posição adotada ao considerar o programa que defendemos durante toda eleição. Marcamos nossa posição tanto contra os ataques aos trabalhadores efetuado pelo grupo de Barros na prefeitura, quanto contra os ataques deferidos pelo PT ao funcionalismo público durante as últimas greves federais. Quanto a isso, a própria Débora posicionou-se claramente em seu discurso: Nós não podemos nos enganar: Quem representa de fato os trabalhadores em Maringá e em todo o Brasil? Eu lamento dizer isso, mas os colegas da mesa não representam...”[2] (apontando para todos os demais prefeituráveis durante seu discurso aos servidores municipais). Já em sua postagem no facebook, escreve “...acredito, que na atualidade eleger Enio Verri significa pensar em quem realmente sofre com a falta de acesso aos direitos que deveriam ser universais, como o acesso a saúde e a moradia”. Ora, Enio teve uma mudança em sua posição política que justifique esta afirmação agora ou Débora mudou de posição sobre quem “representa os trabalhadores” neste segundo turno?

Conforme nota que já publicamos em nosso blog, seguimos com o primeiro discurso de Débora: Nem Pupin, nem Enio, representam os interesses da classe trabalhadorade Maringá. Eles não governarão para nossa classe e sim para o grande capital, que financiaram suas campanhas milionárias. Seguimos chamando voto nulo, crítico e de protesto para o segundo turno, pois não vendemos ilusões aos trabalhadores.

Se é verdade que a vitória de Pupin significa a continuidade da oligarquia Barros, a vitória de Enio é a vitória daqueles que estão com o mensalão, com as suspeitas de desvio de verbas do Contorno Norte, com o superfaturamento da Sanches Tripoloni (empresa maringaense que teve lucros exorbitantes na construção do contorno norte). Não estamos com a oligarquia de Barros, assim como não estamos com o mensalão petista. Trocar os grupos políticos que administram a prefeitura em nada modificará a situação da população maringaense.

Se também é verdade que “Barros representa o fim dos espaços públicos, a especulação imobiliária, o desrespeito aos servidores municipais, a repressão aos movimentos populares, enfim, representa um governo da elite que marginaliza e criminaliza a juventude, as mulheres e a pobreza”, o governo petista não é nada diferente. Foi o PT de Dilma e Verri que cortou o ponto dos servidores federais em greve, assim como é o mesmo PT que aplica uma política de higienização, jogando a população pobre cada vez mais para a periferia, para garantir as obras da copa. O PT nada fez com a desocupação do Pinheirinho e agora assistimos a submissão de Dilma sobre os índios Kaiowa/Guarani que estão jogados a própria sorte correndo risco de vida. O PT que critica a falta de creches em Maringá e o caos no transporte público é o mesmo PT que prometeu a construção de 6 mil creches e não entregou nenhuma, assim como é o mesmo PT que privatiza as rodovias e aeroportos do país. Verri, assim como Pupin, também representa “o fim dos espaços públicos, a especulação imobiliária, o desrespeito aos servidores municipais, a repressão aos movimentos populares, enfim, representa um governo da elite que marginaliza e criminaliza a juventude, as mulheres e a pobreza”

Discordamos veementemente de que o voto nulo é “deixar que alguém escolha por você”. Reivindicamos o voto nulo como o voto de crítico e de protesto! É o voto de insatisfação contra ambos os candidatos e mostrará o primeiro desgaste desses governos, ganhe quem ganhar! Uma grande soma de votos nulos poderá ajudar a enfraquecer o futuro governo, já que ele será inimigo de nossa classe em qualquer situação! O voto que enfraquece a direita é o mesmo voto que enfraquece a frente popular, é o VOTO NULO, pois ambos governam para o grande capital e ambos estão contra nós!

A julgar por diversos comentários de companheiros do PSOL no facebook, a posição de Débora não é consenso no partido e, portanto foi decidida de maneira individual e sem consulta ao coletivo do partido para debate. Esse tipo de postura merece de nossa parte uma reflexão.

 Acreditamos que a democracia partidária se dá através da tomada de decisões coletivas e não das aspirações individuais de cada militante. Não faria sentido algum formar um partido de esquerda, onde a democracia do indivíduo vale mais que a democracia do coletivo. Sendo assim, o respeito das figuras públicas do partido com aquilo que foi votado e encaminhado pela militância deve ser maior que suas aspirações individuais. É assim que construímos nosso partido! É este respeito à base que esperamos da direção do PSOL e de suas figuras públicas.



Caso, de fato, a posição de Débora esteja em desacordo com a posição do Diretório de Maringá (conforme atestam alguns dirigentes em comentários ao post da ex-candidata), a situação é ainda muito pior. Neste caso, infelizmente, Débora sucumbe ao método individualista tão combatido pela esquerda Psolista, onde as figuras públicas, pela sua influência política definem a linha de acordo com sua posição e não de acordo com o que foi votado e definido pelo coletivo. É um desrespeito ao partido, é um desrespeito à esquerda.

Por fim, somos solidários à militância do PSOL que não teve acesso ao debate e à posição da companheira. Ratificamos aqui o método partidário e o debate político, por mais doloroso e difícil que possa ser, como ferramenta essencial para avançarmos em nossa pauta comum: o socialismo!

Bruno Coga
Maringá, 26 de outubro de 2012.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Nem Ênio Verri, nem Pupim. Agora é Nulo!

Por Bruno Coga, candidato à vice-prefeito da Coligação "Maringá Para os Trabalhadores" - PSOL/PSTU

No dia 28 de outubro novamente os eleitores estão sendo chamados a depositar seus votos em um dos dois candidatos que pleiteiam uma vaga para a prefeitura da cidade e assim “definir” os rumos da política municipal. Entretanto, nem Ênio Verri, nem Pupin representam os trabalhadores, e tanto seus programas de governo como sua aliança em nível federal demonstram que, independentemente de quem ganhar as eleições, nenhum deles irá governar para nossa classe. Seja qual for o resultado eleitoral a única coisa que de fato está assegurada são os interesses dos grandes capitalistas que financiaram essas duas candidaturas depositando rios de dinheiro em suas campanhas. Diante disso, a única opção que nos resta é chamar voto nulo, crítico e de protesto! E seguir organizando os trabalhadores para lutar.

A direita e o PT: Lados distintos da mesma moeda

Lula e Haddad (PT) selando acordo com Maluf-PP
Pupin é a continuidade de Silvio Barros, cujo governo foi marcado pelo ataque aos trabalhadores, seja pelo “favorecimento” à TCCC através da renovação da concessão e aumentos nas tarifas de ônibus muito acima da inflação, seja pela desatenção à saúde no município, a falta de vagas nas creches municipais, ou pelo fim da Capsema. Por conta disso, sabemos que muitos trabalhadores tenderão a votar em Ênio Verri para “derrotar” a direita, pois acreditam que o PT é “menos pior”. Respeitamos este posicionamento, porém não podemos concordar com ele. Chamar voto em Ênio Verri nessas eleições seria vender a ilusão de que o PT será melhor para os trabalhadores. Sabemos que isso não é verdade. Ao contrário de toda a propaganda dos governos petistas, para o trabalhador brasileiro as coisas não melhoraram. Todos os dias pessoas morrem nas filas dos hospitais por falta de atendimento, a educação pública é péssima e embora o governo Dilma tenha prometido construir 6 mil creches até 2014, passados quase dois anos de seu mandato nenhuma saiu do papel. Enquanto banqueiros e grandes empresários seguem obtendo lucros estratosféricos e o PT mergulha num mar de corrupção sem fim, somos obrigados a conviver com o fantasma do desemprego e salários que mal chegam ao final do mês.

Além disso, apesar de “adversários” nas eleições municipais, PP e PT são aliados na esfera federal. O Ministério das Cidades, do governo Dilma é dirigido pelo PP de Pupin e da família Barros. O próprio Ricardo Barros, já foi vice-líder do governo Lula como Deputado Federal e Paulo Maluf, figura histórica do PP, declarou apoio ao candidato petista Haddad para a prefeitura de São Paulo em um ato polêmico. Por outro lado, a política que o PP aplica na cidade não difere em nada da que o PT aplica no país. Se em Maringá, por exemplo, o PT critica a concessão do transporte coletivo dada à TCCC, esquece de falar das privatizações dos aeroportos e de estradas federais no país, efetuada pelo governo Dilma. Assim como a direita, o PT optou por governar para a burguesia. De fato, durante os 10 anos de PT no governo federal, “nunca antes na história deste país”, os banqueiros ganharam tanto dinheiro. Em contrapartida, o aumento nos investimentos em saúde, educação, saneamento, transporte foram mínimos.

Voto útil no segundo turno é o voto NULO, crítico e de protesto!

Durante toda a campanha eleitoral o PSTU denunciou que nenhuma destas candidaturas seria uma alternativa para os trabalhadores e oprimidos, pois é impossível governar para todos quando se é financiado pelo grande capital.
É verdade que Pupin representa a continuidade de um governo de direita, mas sabemos que o compromisso que Ênio Verri assumiu nessas eleições foi com os banqueiros e grandes investidores da construção civil e não com os trabalhadores e os setores mais oprimidos da sociedade. Portanto, não podemos vender ilusões aos trabalhadores! Chamamos voto nulo no segundo turno por acreditar que nem Pupin nem Ênio Verri estarão comprometidos com as revindicações da classe trabalhadora.
Nenhum dos dois estará disposto a acabar com a falta de vagas nas creches e zerar as filas consultas especializadas sem a terceirização de serviços, ou mesmo municipalizar o transporte coletivo para reduzir o custo da passagem. Chamamos o voto nulo para combater as políticas neoliberais que tanto Pupin como Ênio Verri seguirão aplicando caso vençam as eleições, já que estão comprometidos com os mesmos grupos capitalistas que financiaram ambas as campanhas.

Por outro lado não compactuamos com a posição do PSOL de se abster nesse 2º turno. Diferente dos companheiros do PSOL, que preferiram o abstencionismo, conforme a declaração de Débora Paiva de que “é hora do eleitor maringaense votar no menos pior”, nós do PSTU, dizemos para os trabalhadores e oprimidos que agora o melhor caminho é o voto nulo, crítico e de protesto, já que nenhum dos candidatos tem o mínimo compromisso com a nossa classe. Não existe um “menos pior”. Não há alternativa para os trabalhadores neste segundo turno. Mas, uma grande soma de votos nulos ajudará a enfraquecer o futuro governo que, ganhe quem ganhar, será nosso inimigo.

É preciso mobilizar e lutar por uma cidade para os trabalhadores
Não temos dúvidas do importante papel que cumprimos nessas eleições, de termos feito parte de uma Frente que apresentou um programa de ruptura verdadeira com todos os interesses  dos que privatizam a cidade. E para o segundo turno até agora somos o único partido que defende o voto nulo de maneira clara e aberta. Mas para além do voto, é necessário fortalecer nossa organização nos bairros, nos sindicatos, nos movimentos populares, nos movimentos de luta contra a opressão e no movimento estudantil, para construirmos uma oposição de esquerda ao próximo governo, que não dê um minuto de trégua, exigindo cada promessa vazia feita durante a campanha de que iriam melhorar a vida dos trabalhadores e denunciando sistematicamente a que interesses eles servirão.
Queremos convidá-lo também a conhecer o PSTU, um partido diferente, que se constrói nas lutas do cotidiano, contra a opressão e a exploração capitalista e em defesa de uma sociedade socialista. Venha se filiar e construir conosco esta ferramenta. Venha para o PSTU!

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

A atuação do PSTU nas eleições


Por Bruno Coga e Érika Andreassy, da Direção Regional do PSTU


Em sua edição de quarta-feira, 10/10, o jornal Folha de Maringá publicou uma nota assinado pelo Sr. Marcelo de Souza, cujo título é “Votação do PSTU de Maringá cai 96% em relação à eleição de 2008”. A nota, altamente tendenciosa e rasa de conteúdo, tenta desqualificar o PSTU e nossa candidata à vereadora Monica Almeida, com a apresentação de dados equivocados e a omissão de informações para uma análise séria. Apesar de valorizarmos o debate político e as críticas, não podemos deixar de nos posicionarmos contra esse tipo de jornalismo baixo e barato.

Por que o PSTU?

Um fato curioso chama a atenção. Com tantos partidos disputando às eleições, por que analisar justamente a votação do PSTU? Por que não fazer um balanço, por exemplo, do PMDB cuja votação no pleito atual foi muito abaixo de 2008 e não conseguiu eleger seu candidato histórico, Mário Hossokawa? Ou mesmo o baixíssimo índice de votação do PSDB, que só garantiu suas vagas na câmara graças à coligação com o PP?

Talvez o autor tenha simplesmente optado por “analisar” o PSTU por se tratar de um dos principais partidos da esquerda maringaense. Com a mesma cretinice jornalística de outros veículos de comunicação a serviço da direita, tenta passar uma visão de que nosso partido, assim como toda a esquerda revolucionária, “perdeu força” em nossa cidade e no restante do país.

O PSTU cresceu nas últimas eleições

Mas ao contrário do que é apresentado, nosso partido teve uma imensa vitória no campo das eleições burguesas. Com a votação mais alta de todas as capitais brasileiras, Amanda Gurgel foi eleita em Natal com mais de 30 mil votos, surpreendendo e garantindo mais duas vagas para Frente de Esquerda na cidade. Cleber Rabelo, operário da construção civil em Belém do Pará, também obteve uma votação surpreendente e elegeu-se para a câmara de vereadores. Além disso, conseguimos lançar candidaturas socialistas em diversas cidades e fizemos votações importantíssimas, debatendo com a população e apresentando um programa socialista aos trabalhadores. No Paraná, não foi diferente, este foi o ano em que a esquerda socialista apresentou o maior número de candidaturas no estado.

Com relação ao que foi apresentado pela Folha de Maringá, ou seja, do balanço eleitoral na cidade, antes de tudo é preciso dizer que participamos dessas eleições numa situação totalmente distinta de 2008. Nas eleições passadas apresentamos duas candidaturas a vereador além de uma à prefeita. É óbvio que isto tem uma influência grande no número de votos, principalmente nos votos para a legenda do partido: quando se tem um candidato na majoritária, os votos nesta legenda, na proporcional tendem ser muito maior que os dos partidos coligados. Entretanto, a fragmentação da esquerda, independentemente da soma dos votos que cada partido recebe individualmente, longe de ser uma vitória para os trabalhadores, é um desastre. Nós acreditamos que em 2012 nos fortalecemos com a consolidação da Frente de Esquerda PSOL/PSTU, com o apoio do PCB em Maringá. Esta frente mostra o amadurecimento da esquerda e que mesmo com poucos recursos, podemos enfrentar os políticos tradicionais da cidade, que sempre governam para seus próprios interesses.

Nossa candidatura majoritária mesmo não pertencendo diretamente ao PSTU muito nos orgulhou. Defendendo um programa classista e sem conchavos com a burguesia, Débora, apesar de não ter uma ampla trajetória política, mostrou ousadia e enfrentou de igual para igual seus adversários. Esta postura se refletiu nos votos, superando nossas expectativas, sobretudo considerando nossos escassos recursos. No caso de Monica Almeida, nossa candidata à vereadora, cuja nota em questão tenta indiretamente atingir, temos uma situação similar. Em sua primeira participação em eleições burguesas, Monica, que representa a juventude do PSTU, em termos de votos, foi muito além de nosso candidato em 2008, portanto, sua votação expressa uma maior consolidação de nosso programa entre os jovens, muitas vezes esquecidos e secundarizados na política. Além disso, com um programa claro de combate às opressões e de defesa dos trabalhadores e trabalhadoras, fez de seu programa de TV um diferencial nessas eleições. Para nós, isso é motivo de grande orgulho!

Um método de discussão pra lá de tendencioso

Quanto às informações e dados propriamente ditos e apresentados na nota, é importante salientar que se trata de um jornalismo vulgar e leviano. É verdade que tivemos uma queda de 63% no número absoluto de votos em relação a 2008 -e não de 96% como foi citado- (e se fossemos considerar os dados analisados por Souza, essa queda seria de apenas 51%), entretanto, como já dissemos acima, é preciso analisar o contexto. Primeiramente, com dois candidatos e somando os votos na legenda obtivemos 606 votos em 2008, já neste ano, com apenas uma candidata, fizemos 223 votos. Além disso, em termos de votos nominais, em 2008 a média de voto por candidato foi de 177 votos, o que significa que, com 181 votos, Monica Almeida superou a média de 2008.

Assim, pela avaliação errônea feita por Marcelo de Souza, podemos chegar a somente duas conclusões: ou o colunista fugiu das aulas de matemática do ensino fundamental, ou sequer pesquisou os dados para fazer sua crítica. Tanto em uma situação como outra, uma coisa fica clara: o jornalismo da Folha de Maringá é muito pouco sério, e recorre aos mesmos métodos dos veículos burgueses de jornalismo, que se utilizam do privilégio de dominar os meios de comunicação para distorcer e manipular as informações.

Por trás da nota, um setor do PCdoB

Assim como na política, não existe um jornalismo imparcial, tampouco o PSTU defende isso. Ao contrário do que muitos pensam todo meio de comunicação está a serviço de uma ou outra ideologia, nós, por exemplo, temos nossa própria imprensa. No caso da Folha de Maringá não é diferente.  Esse jornal tem como seu conselheiro editorial Humberto Boaventura, militante histórico do PCdoB, assim como diretor editorial Marcelo Souza, um dos responsáveis pela campanha eleitoral de um candidato do PCdoB na cidade. Portanto este jornal está a serviço da frente popular encabeçada pelo PT e da qual o PCdo B integra. A nota vinculada sobre o PSTU na edição do dia 10, nada mais é que uma tentativa de desqualificar, pela via da mentira, as polêmicas levantadas por nós durante as eleições em Maringá.

Nós defendemos o debate de ideias, e acreditamos que a crítica é salutar ao debate, mas o fazemos abertamente, como partido político. Gostaríamos muito, que ao invés de se esconder por trás de um suposto “jornalismo imparcial”, o PCdoB se apresentasse também como partido para rebater nossas críticas e assim fortalecer o debate de ideias. Mas isso não é interessante àqueles que estão totalmente adaptados ao método sujo da política brasileira. É uma lástima, mas lançamos este desafio: Estamos dispostos a participar de qualquer atividade conjunta que fortaleça o debate político, seja esta uma mesa de debates ou até mesmo um espaço igualitário nas mídias que possuímos. Fica a cargo do PCdoB decidir se prefere continuar com suas mentiras ou recorrer ao bom e velho método de seus militantes históricos que tanto reivindicam...

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

VOTO ÚTIL É VOTO NOS CANDIDATOS SOCIALISTAS E DE LUTA


Um chamado aos lutadores e socialistas!
Estamos na reta final da campanha eleitoral, momento de definir em quem votar. Muitos concordam com as propostas que defendemos, mas pensam em votar no PT ou em outros partidos para “evitar a vitória da direita” ou para “votar em candidaturas viáveis”, ou seja, pensam em dar o chamado voto útil.
Essa é uma das piores tradições da política brasileira. O discurso do voto útil sempre foi utilizado pelos partidos maiores para sufocar e calar os partidos de menor expressão eleitoral. A classe trabalhadora torna-se, então, refém de um círculo vicioso infinito, e quem se beneficia com isso são os ricos e poderosos.
Voto útil pra quem?
Enganam-se os trabalhadores que consideram que, com o PT no poder, existe um governo de esquerda ou um governo dos trabalhadores. O plano econômico em vigor no país é neoliberal, com o mesmo conteúdo do que foi aplicado por FHC. Está apoiado nas multinacionais e nos bancos que tiveram, nos dois governos Lula e no de Dilma, lucros maiores que nos tempos do PSDB. Até mesmo as privatizações foram mantidas pelo PT e, agora, ampliadas por Dilma às rodovias, ferrovias e aeroportos. Não é por acaso que as empreiteiras e os bancos dão mais dinheiro para as campanhas do PT que para as do PSDB e do DEM.
Isso pode piorar. O governo Dilma está estudando a aplicação dos Acordos Coletivos Especiais (ACEs), uma proposta do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que não passa de uma reforma trabalhista disfarçada, pois estaria acima da legislação e poderia levar a cortes do décimo terceiro salário, das férias e de outros direitos para supostamente evitar o desemprego.

Enquanto isso, existe uma desigualdade social imensa no país. Para os trabalhadores, a saúde, a educação e os transportes continuam terríveis. Os salários são baixos, e o endividamento bate recorde. O voto no PT não é um voto útil para os trabalhadores, mas exatamente o contrário. Será realmente um voto útil, mas para os empresários, os banqueiros, as multinacionais, o imperialismo…
Votar em candidatos “viáveis”?
Outra versão do voto útil é o voto nos viáveis, ou seja, naqueles que têm chance de vencer. É mais um engano. O critério da viabilidade é extremamente antidemocrático. É mais uma expressão do conformismo, da aceitação da situação atual, de não apostar na mudança, no programa anticapitalista, nas lutas.
O eleitor tem de votar nos candidatos com os quais concorda. Os que estejam de acordo com o programa e o perfil do PSTU devem votar nós. Além disso, existem candidatos do PSTU com chances reais de se elegerem.
Voto útil é o voto no PSTU
Sabemos que as eleições são um jogo viciado. Só a mobilização e a luta dos trabalhadores podem dar fim à exploração, à opressão e à fome. Mas as eleições são uma oportunidade para fortalecer as lutas e divulgar o programa socialista.
Os candidatos do PSTU têm históricos de lutas. Eleger um vereador revolucionário é ter um mandato à disposição dos trabalhadores e do povo. Representa um ponto de apoio nas greves, na luta por moradia, por uma educação pública de qualidade, contra o sucateamento imposto pelos governos federal, estadual e municipal. Eleger um candidato do PSTU é um ponto de apoio para a luta da juventude contra o aumento da passagem, para estatizar o transporte e subsidiar tarifas.

Um vereador do PSTU também vai denunciar as falcatruas do regime. Bem diferente dos candidatos dos grandes partidos, ele não vai ter os privilégios comuns a todos os parlamentares. Eles ganharão o mesmo salário que recebiam antes de ser eleitos.

Aqueles que concordam conosco devem votar em nossos candidatos. Esse voto vai fortalecer um programa de contraposição aos programas de direita defendidos tanto pelo PT quanto pelo PSDB-DEM. Ainda que um candidato do PSTU não se eleja, o voto nele terá sido extremamente útil para deixar claro que nossa proposta tem eco entre os trabalhadores e jovens. Para expressar que os que não se conformam estão crescendo. Para demonstrar a insatisfação entre os lutadores e socialistas.

Una-se à nossa campanha votando e ajudando a convencer seus colegas de trabalho, familiares e vizinhos a votar em nossos candidatos. Procure um comitê de campanha, participe das reuniões e debates, leve panfletos e adesivos para seu local de trabalho, escola ou universidade.
Você também pode contribuir financeiramente para nossas campanhas. Dessa forma, você estará ajudando a construir uma campanha socialista, livre e independente dos patrões.
Una-se a nós e filie-se ao PSTU para fortalecer o partido das lutas e do socialismo.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Apoio do PCB de Maringá à Débora Paiva Prefeita e Monica Almeida Vereadora


Abaixo, nota e vídeo de apoio do Partido Comunista Brasileiro de Maringá.


MOÇÃO DE APOIO À FRENTE DE ESQUERDA EM MARINGÁ

Frente às eleições que ocorrerão no próximo dia 7 de outubro o Comitê Municipal de Maringá do Partido Comunista Brasileiro declara o seu total apoio à Frente de Esquerda, que tem na candidatura à prefeitura de Débora Paiva (PSOL), e seu vice Bruno Coga (PSTU), a ponta de lança de nossa união. Nós, comunistas do PCB, temos a análise, por convicção, que as disputas eleitorais nos atuais modelos acabam por centralizar o debate político público em um espetáculo no qual as mais mirabolantes promessas são feitas em busca de votos. Entendemos que os problemas de nossa cidade não podem ser tratados e muito menos resolvidos com discursos vazios ou “compromissos” pessoais de candidatos. Acreditamos que só com a construção de uma participação direta da população apontando seus problemas e participando das decisões é que podemos encarar com real veracidade nossos problemas mais profundos como a desigualdade social, violência, criminalidade, insuficiência no atendimento à saúde, falta de recursos para a educação, questão do lixo, mobilidade urbana, opressão contra a mulher, preconceitos raciais, homofobia, entre muitos outros. Não caímos na ilusão de que nesse limitado espaço da disputa eleitoral, sempre marcado por campanhas financiadas por gigantescos recursos privados que polariza a disputa entre os partidos da ordem - que com o passar das eleições saberão como compensar o investimento realizado - possam ser resolvidos os problemas que se originam nas contradições impostas pelo atual status quo.
A Frente de Esquerda e a coligação “Maringá para os Trabalhadores” tem a função, nessa conjuntura eleitoral, de apontar e denunciar as principais contradições da sociedade maringaense que são continuamente mascaradas e evitadas pelos partidos políticos tributários da ordem, como bem vem fazendo em importantes áreas, a candidata a vereadora Mônica Almeida (PSTU).
O PCB aposta que só com a mais clara firmeza de postura na denúncia da atual podridão de nossa administração pública, junto com o posicionamento de classe, que coloque no centro das decisões os/as trabalhadores/as de Maringá – cotidianamente e não só em momentos de disputa eleitoral - é que criaremos uma sólida alternativa futura para a atual exploração e desigualdade existentes. 

PCB - Partido Comunista Brasileiro
Comitê Municipal - Maringá, Paraná
Outubro de 2012

Abaixo segue vídeo exibido hoje, dia 4/10/2012. Último programa eleitoral de vereador




segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Agenda de Campanha de Monica Almeida 16000 desta semana


01/10 - SEGUNDA-FEIRA

     6:50 - PANFLETAGEM NO COLÉGIO GASTÃO VIDIGAL

     18:00 CEEBJA


02/10 - TERÇA-FEIRA

     6:50 - PANFLETAGEM NO COLÉGIO INSTITUTO



03/10 - QUARTA-FEIRA

     6:30 - PANFLETAGEM NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

     18:00 - UEM

     21:00 - PANFLETAGEM ATARI BAR


04/10 - QUINTA-FEIRA

     6:50 - PANFLETAGEM NO COLÉGIO BRASILIO ITIBERE

     17:30 – TERMINAL URBANO


05/10 - SEXTA-FEIRA

     6:20 - HU

     7:00 – COLÉGIO MARIA GORETTI

     18:00 - PANFLETAGEM COLÉGIO JK


06/10 - SÁBADO

     8:30 – FEIRA WILLY DAVIDS