Participe você também!!!!
Acabamos de definir nosso calendário de atividades da campanha de Monica Almeida à vereadora.
Iremos intensificar nossas atividades. Convidamos você, apoiador de nossa candidatura, a se somar em nossa campanha, participando das panfletagens, reuniões, agitações e atividades de confraternização.
Abaixo segue o calendário desta próxima semana:
24/09 - SEGUNDA-FEIRA
6:50 - PANFLETAGEM NO COLÉGIO GASTÃO VIDIGAL (transferida por conta dos jogos)
11:50 - RECCO. FÁBRICA DE LINGERIES ok
25/09 - TERÇA-FEIRA
6:50 - PANFLETAGEM NO COLÉGIO INSTITUTO ok
18:00 - PANFLETAGEM NO CEEBJA ok
26/09 - QUARTA-FEIRA
6:30 - PANFLETAGEM NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ok
7:00 - PANFLETAGEM NO COLÉGIO MARIA GORETTI (transferida por conta dos jogos)
21:00 - PANFLETAGEM ATARI BAR ok
27/09 - QUINTA-FEIRA
6:50 - PANFLETAGEM NO COLÉGIO BRASILIO ITIBERE
18:00 - PANFLETAGEM NA UEM ok
28/09 - SEXTA-FEIRA
6:00 - PANFLETAGEM NO SEMUSP (ANTIGA SAOP)
7:10 - PANFLETAGEM NA UEM
18:00 - PANFLETAGEM COLÉGIO JK
29/09 - SÁBADO
------
30/09 - DOMINGO
9:00 - PANFLETAGEM E AGITAÇÃO. BAIRRO PARQUE ITAIPU!
VENHA CONOSCO!
AJUDE-NOS A CONSTRUIR UMA CANDIDATURA SOCIALISTA EM NOSSA CIDADE
domingo, 23 de setembro de 2012
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
O PSTU manifesta total apoio à greve dos servidores da UEM e aos demais trabalhadores das universidades paranaenses em greve
Da direção regional do PSTU
A Universidade Pública brasileira
sofre um constante processo de ataques que a levam ao sucateamento e ao total
desmoronamento do tripé ensino, pesquisa e extensão, tripé esse, característica
imprescindível das Universidades Públicas.
Programas como o Prouni e o Reuni
implementados por Lula e Dilma (PT) foram pensados para combater a
inadimplência e a sobra de vagas nas faculdades particulares e aumentar a
precarização das condições de trabalho. Por outro lado, o dinheiro que deveria
ser investido no setor público, é transferido ao setor privado através de
isenções de impostos e outros mecanismos. É uma demonstração clara que se
governa visando garantir os lucros aos “tubarões do ensino” e não a qualidade
da educação superior gratuita e de qualidade e o seu acesso aos filhos da
classe trabalhadora.
Aqui no Paraná não é diferente.
Seguindo a mesma política de cortes de investimentos e precarização das
Universidades, o governo Beto Richa (PSDB) ataca as Universidades Públicas
Estaduais. Mais que isso, assim como faz com várias outras categorias, o
governo promete, mas não cumpre. Há mais de um ano os servidores das IEESs
paranaenses estão esperando o prometido Plano de Carreira, Cargos e Salários
(PCCS). Se isso não bastasse, ameaça destruir a carreira do servidor e
terceirizar os serviços, ao invés de manter público e com trabalhadores
contratados via concurso público.
Toda essa situação faz parte de uma
política nacional de desmonte da educação, não somente no Ensino Superior, como
também na Educação Básica. Por esse
motivo, o ano passado foi marcado por inúmeras greves na educação básica,
atingindo praticamente todos os estados do país e esse ano, a greve das
Universidades Federais deu um grande exemplo de luta contra essas políticas.
Nas Universidades Estaduais do Paraná a coisa não é diferente:
No mês passado, os professores das IEESs
parananenses conquistaram o envio e aprovação do projeto de equiparação à
assembleia legislativa e a sanção por parte do governador, após 2 dias de
greve. Agora é a vez dos técnicos administrativos entrarem em greve.
Em uma demonstração de disposição
para a luta, os servidores aprovaram greve por tempo indeterminado, no último
dia 11 de setembro. Logo no seu primeiro dia, a greve começou de maneira forte
e os trabalhadores se negaram a cumprir suas tarefas, o que fez com que as
aulas fossem interrompidas. No segundo dia, as chaves da Universidade foram
entregues à reitoria, para que tomem providências, mostrando que os
trabalhadores não irão “furar” a greve!
Diante do caos causado pela negativa
dos servidores em trabalhar, a direção do sindicato dos professores da UEM
(Sesduem), lançou duas notas na internet prestando solidariedade, mas
discordando do movimento grevista em seus métodos. Não podemos concordar com as
notas lançadas pelos companheiros do Sesduem. Entendemos que a reivindicação
dos trabalhadores em greve é justa e o fato de se negarem a trabalhar, não pode
ser punido, pelo contrário, devem ser aclamados pela coragem em enfrentar um
governo que está disposto a ouvir somente os grandes empresários e uma reitoria
que se utiliza do assédio moral para coagir os servidores a voltarem para suas
atividades. Imediatamente após a deflagração da greve, o comando de greve
reuniu-se com a reitoria para fazer o comunicado de que as atividades dos
técnicos seriam suspensas a partir do dia 11/09. Entendemos que em um momento
de greve, a responsabilidade pela administração e condução das atividades do
campus deve dar-se pela administração, e não pelo comando de greve ou os
servidores. Responsabilidade esta que não foi assumida em nenhum momento pela
reitoria em nossas reuniões. Portanto, se existem culpados pelo fato dos
professores não conseguirem dar aulas nesses dias, esses culpados são a
reitoria obsoleta e o governo do estado que não negocia.
Mais que isso, discordamos veemente
do fato dos companheiros incitarem os docentes a denunciar os trabalhadores em
greve por supostos “abusos”. Esse não é o papel de uma direção sindical de
luta, como sabemos ser essa direção sindical. Esse papel é da reitoria e do
governo. Já não basta alguns companheiros do SINTEEMAR que rotineiramente alimentam a
divisão entre as categorias colocando os professores como “inimigos” dos
técnicos. A diretoria do SESDUEM não pode recorrer ao mesmo erro solicitando
que professores denunciem as “transgressões” que pontualmente possam ocorrer.
Isso é alimentar ainda mais a divisão que tanto queremos evitar em nossa
Universidade.
O
momento agora é de unidade nas lutas! Os professores e estudantes precisam
cercar de solidariedade e apoio à luta dos técnicos. Sabemos que nosso
inimigo é o governo do estado que não cumpre as reivindicações da categoria e
que, pelo contrário, aprofunda cada vez mais seus planos de sucateamento das
Universidades Públicas do Paraná. Se os professores não estão conseguindo dar
aulas, é culpa de uma situação criada pelo governo do estado e é ele quem deve
ser punido e advertido.
É por isso que reiteramos o chamado
à unidade na luta para que não somente os técnicos saiam vitoriosos dessa luta,
assim como os professores saíram em 23 de agosto, mas que a maior vitória seja
a defesa do projeto de Universidade Pública, Gratuita, Laica e de Qualidade.
Nossas forças militantes estarão
dispostas a esse projeto!
domingo, 9 de setembro de 2012
Vote em Modesto... e eleja Marly!
Por Bruno Coga, do PSTU
Candidato a Vice Prefeito na coligação “Maringá para os
trabalhadores” – PSOL / PSTU
Em matéria recente divulgada no
site “maringay”, o escritor opõe a candidatura de Luiz Modesto, suposto
defensor da comunidade LGBT, à de Marly Martin, evangélica, reacionária e
declaradamente contrária aos interesses do público gay. Uma vinculação criada diretamente
com a intenção de fortalecer a candidatura de Luiz Modesto, abriu o debate para
uma questão evidente: Votando em Modesto, pode-se estar ajudando na eleição de
Marly. E isto ninguém pode negar. Como comentou um leitor do site, “o tiro saiu
pela culatra”...
Modesto X Marly: Uma falsa polarização aliada a uma política
idêntica
Quem compare Modesto e Marly,
logo perceberá que aparentemente,
ambos são muito diferentes. Modesto é gay assumido, Marly é evangélica
fervorosa. Modesto promoveu-se com o discurso de “primeiro vereador
assumidamente gay de Maringá”. Marly lidera a bancada conservadora da cidade.
Modesto esteve à frente da 1ª Parada Gay de Maringá. Marly posicionou-se contra
o Dia de Combate a Homofobia. Olhando grosseiramente, Modesto e Marly parecem
inimigos mortais, que não se toleram e que disputam as eleições em lados
totalmente opostos... Mas a verdade é
que ambos fazem parte da mesma coligação, e com isso, seus votos os ajudam
mutuamente...
Na verdade, as candidaturas de Modesto e Marly fazem parte da mesma
estratégia: angariar votos de setores específicos da sociedade. Modesto
atua sob o público gay, enquanto Marly sob o setor evangélico. Com o apoio desses
setores, a coligação sai fortalecida e a possibilidade de eleger mais
candidatos é maior. Para fazer parte deste jogo não se debate princípios,
posições políticas e o que deveria ser melhor para a população. É o vale tudo
eleitoral em sua forma mais bárbara: Uma
homofóbica lado a lado a um gay assumido. Para os “comunistas” da UJS que
justificam esta metodologia baseando-se nas suas errôneas análises de “Marx e
Lenin”, talvez também utilizem a mesma tese para justificar Stalin Lenin
e Hitler fazendo parte da mesma trincheira de luta...
Modesto X Marly: Uma relação paradoxal
Não há dúvidas que ambos
conseguirão uma parcela significativa de votos e que com isso poderão sim
disputar uma vaga na Câmara (considerando que também estão nesta disputa
Humberto Henrique, Mário Verri, Dr Manoel, e outros que também concorrem). Mas
uma coisa é fato: Se Modesto pensa em se
eleger, ele precisará dos votos de Marly. Assim como Marly precisará dos votos
de Modesto. Isto ocorre porque somente com uma ampla votação da coligação é
que ambos os candidatos terão espaço para se eleger. Ou seja, o “representante”
(sic) da comunidade gay necessitará dos votos da conservadora reacionária, e vice
versa. Então, aqueles eleitores honestos, que votarão em Modesto pensando
eleger o “primeiro vereador assumidamente gay de Maringá”, fiquem atentos: Este
voto pode sair pela culatra, e ao invés de elegê-lo poderá reeleger Marly
Martin. Nesta coligação, infelizmente esta é a contribuição que Modesto pode
deixar para a comunidade LGBT de Maringá...
Mas ainda existirão aqueles que
dirão que de fato Modesto e Marly são desafetos incontestáveis e “infelizmente”
Marly está nesta coligação, que Modesto não precisa de Marly ou de seus votos. Então, lançamos um desafio: Caso Modesto se
eleja com ajuda dos votos de Marly, que renuncie ao seu mandato, já que
estes votos foram votos contrários ao projeto que defende, portanto, votos que
não deveriam ser seus. Não caros eleitores, infelizmente não veremos isso...
Não basta ser gay... É preciso lutar contra a homofobia e todas as
formas de opressão
Na presidência de nosso país
temos a primeira mulher eleita do Brasil. Ao contrário disso significar mais
investimentos no combate à violência da mulher, construção de mais creches
públicas, igualdade salarial entre gênero, vemos a aplicação da mesma política
no país, que se utiliza da opressão às mulheres para seguir explorando a classe
trabalhadora. Dilma Rousseff segue governando para os banqueiros e grandes
empresários, e não avançou em nada nas políticas públicas para as mulheres.
Isto acontece porque não basta ser mulher para defender os interesses de
gênero, mas é preciso ter um programa claro de combate à opressão, combinado ao
combate contra a exploração.
O caso de Luiz Modesto é
idêntico. Ao se aliar a este setor retrógrado da cidade, Modesto já mostra como
será limitada sua atuação frente à câmara de vereadores da cidade caso eleito.
Será omisso nas defesas dos setores oprimidos caso isso fira um acordo de
gabinete ou uma aliança antes selada, da mesma forma como privilegiou a aliança
com Marly frente a sua candidatura. O “primeiro vereador assumidamente gay de
Maringá” não fará diferença nenhuma frente à luta contra a opressão e a
homofobia.
Por outro lado, a luta contra o
racismo, por exemplo, não é travada somente pelos negros. É uma batalha que
travamos todos os dias contra o preconceito. Seja feita por brancos ou negros. Clodovil
é a contraprova de que ser “assumidamente gay” é totalmente irrelevante na luta
contra as opressões. Eleito Deputado Federal pelo PTC (Partido Trabalhista
Cristão), Clodovil esteve à frente de diversas declarações machistas, racistas
e inclusive... homofóbicas. Esta é a trajetória política do “primeiro deputado
federal assumidamente gay” do Brasil.
Monica Almeida, na luta contra a homofobia e todas as formas de
opressões.
Para representar a comunidade
LGBT na câmara de vereadores é necessário um(a) candidato(a) que tenha firmeza
política e ideológica, que não venda seus princípios ou não troque a luta
contra as opressões por um acordo político de gabinete ou uma aliança maligna
com setores conservadores.
Além disso, é preciso lutar lado
a lado nos movimentos sociais e políticos da cidade. Participar ativamente das
ações que dispute a consciência dos trabalhadores e da juventude através da
luta e pautada na transformação desta sociedade decadente.
Neste sentido, apoio e declaro
meu voto a favor da candidatura de Monica Almeida, número 16000, militante do
PSTU, que atua no movimento estudantil sempre defendendo as bandeiras de luta
contra a homofobia e todas as formas de opressão. Monica auxiliou e esteve
presente na 1ª Parada Gay de Maringá, é feminista convicta e também esteve à
frente da construção da 1ª Marcha das Vadias da cidade. Monica faz parte da
nova juventude de lutadores, que esteve à frente da ocupação da reitoria e
tantas outras lutas na UEM. Por fim, Monica Almeida carrega consigo princípios
políticos sólidos e um programa político definido na luta contra a homofobia,
machismo, racismo e tantas outras formas de opressão.
É preciso pautar que a luta
contra as opressões termina na luta contra a sociedade dividida em classes. Que
só é possível derrotar a homofobia, derrotando o capitalismo, pois é este
sistema injusto e cruel que se aproveita da opressão para explorar e dividir
ainda mais a classe trabalhadora. É este o programa que Monica Almeida está
apresentando nessas eleições.
Para lutar contra a homofobia,
não podemos fortalecer os setores conservadores, não podemos dar chances de
Marly se eleger. Apenas votando em Monica Almeida teremos esta segurança...
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
Choque de gestão de Beto Richa se “choca” com a melhoria da qualidade do ensino e com lutas de servidores no Estado
Por Érika Andreassy[*]
Na edição do jornal “O Diário” de
6 de setembro, uma matéria chama a atenção: a de que pelo menos 900 alunos ficarão
sem aulas de reforço nas disciplinas de português e matemática devido à
suspensão total em 15 colégios estaduais e parcial em outros 2 das Salas de
Apoio à Aprendizagem. A medida foi
tomada pela Secretaria Estadual de Educação e atinge também outras cidades, ao
todo, segundo a reportagem, nas escolas dos 25 municípios que fazem parte da
área do Núcleo Regional de Educação de Maringá, 28 tiveram suspensão total das
aulas de reforço e 23, suspensão parcial. Apenas em 13 escolas de Maringá (e
outras 13 na região) o programa continuará normalmente.
A alegação do Núcleo é de que a
frequência dos estudantes às aulas era baixa, mas é interessante notar que o
próprio órgão não soube informar quantos alunos vinham sendo atendidos pelo
programa, e embora cada turma pudesse comportar até no máximo 20 alunos, salas
que não atingiam 15 estudantes foram encerradas.
É um claro retrocesso na – já precária–
política de educação do Estado. Vale destacar que o Paraná caiu no ranking da
educação básica medida pelo Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação
Brasileira) divulgada no mês passado pelo Ministério da Educação. Em 2011, a
nota do Estado nos anos finais do ensino fundamental (6º. ao 9º. ano) nas
escolas públicas estaduais ficou em 4,0 (numa escala de 0,0 a 10,0), sendo
menor que em 2009 (4,1) e igual a 2007 (4,0). No caso específico de Maringá, o município
ocupa a 138ª posição no Estado no ranking do Ideb e a 1.462ª no Brasil, uma
vergonha! Em termos populacionais e de importância econômica, com um PIB superior
aos 7 bilhões de reais, Maringá é a terceira
maior cidade paranaense e a quinta economia do Estado.
A situação da educação no país é
trágica, segundo dados do Indicador
do Alfabetismo Funcional
(Inaf) 2011-2012, cuja pesquisa foi produzida pelo Instituto
Paulo Montenegro em conjunto com a organização não
governamental Ação Educativa, apenas 26%, pouco mais de um quarto da população entre 15
e 64 anos alfabetizada, domina plenamente as habilidades de leitura, escrita e
matemática, ou seja, é plenamente alfabetizada. Menos do que o percentual de
analfabetos da mesma faixa etária, que é de 27%, sejam eles completamente
analfabetos (6%) ou analfabetos funcionais (21%). A mesma pesquisa dá conta de
que praticamente dois terços dos estudantes que concluem o ensino médio e um
terço dos que concluem o ensino superior não dominam completamente as
habilidades que os tornaria completamente alfabetizados, o pior é descobrir que
esse percentual aumentou nos últimos 10 anos, o que significa que a tão propagada
–e necessária– universalização da educação não vem sendo acompanhada pela
qualidade do ensino que deveria ser garantida junto com esta.
Um dos nós fundamentais que
impede o avanço brasileiro no quesito educação é o financiamento público do
setor. Atualmente o Brasil gasta em torno de 5% do PIB em educação, apenas um
quinto do montante destinado por países desenvolvidos, de acordo com
levantamento da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico
(OCDE), organismo que reúne os 31 países mais ricos do mundo. É importante
lembrar que o Primeiro Plano Nacional de Educação, elaborado em 1996, previa um
investimento de 7% do PIB, entretanto, o então presidente Fernando Henrique
Cardoso, cujo partido, o PSDB, é o mesmo do atual governador do Paraná, Beto
Richa, vetou a meta. Lula, contrariando suas promessas e as expectativas
daqueles que o elegeram, manteve o veto e, descumprindo até mesmo a
Constituição que determina que a aplicação mínima da União para a educação é de
18% das receitas resultantes de impostos, durante seus 8 anos de mandato não
aplicou mais que 14,5% das receitas em educação. Quanto ao governo Dilma,
apesar de toda a pressão dos movimentos sociais que reivindicam 10% do PIB para
a educação já, e de se dizer favorável à meta (para 2023!) enviou à Câmara a
proposta rebaixada de 8%, tendo sido vencida por parlamentares ligados à
educação e aos movimentos sociais que pressionavam pelo índice de 10%.
Não seria de menor interesse esclarecer
que FHC à época tinha entre seus aliados, nada mais, nada menos, que o PPB, que
hoje se chama PP e que é o partido da atual administração maringaense, cuja
educação é um de seus “calcanhares de Aquiles” a julgar pela colocação do
município no ranking do Ideb citado anteriormente. Não é mera coincidência que
esse partido também pertenceu à base aliada de Lula e agora é base de
sustentação do governo Dilma. E apesar de compor o governo paulista de Geraldo
Alkmin (PSDB), seu principal dirigente, Paulo Maluf, tornou-se um esfuziante
apoiador do petista Fernando Haddad para as eleições da cidade de São Paulo.
Haddad foi Ministro da Educação entre 2005 e 2012 e atualmente é candidato a
prefeito.
Quanto a Beto Richa, esse é
apenas mais um capítulo de sua política de ataque e de corte de gastos com a educação
pública. Em julho o governo fechou turmas do EJA (programa de Educação para
Jovens e Adultos), condicionando a modalidade de atendimento individual, pilar
desse tipo de formação já que atende uma clientela diferenciada, à formação de
turmas regulares de no mínimo 20 alunos em cada disciplina; e demitiu cerca de
500 funcionários do regime PSS (Processo Seletivo Simplificado) no Estado,
regime altamente precarizado e que por sua própria natureza submete os
trabalhadores a um nível de insegurança dramático. É seu “choque de gestão”,
mostrando a que veio.
Felizmente, como nem tudo na vida
sai da forma nossos governantes desejam, nem mesmo quando contam com a
conivência vergonhosa de direções sindicais burocráticas dispostas a “rifar”
suas bases em troca da manutenção de seus privilégios, atualmente o governo paranaense
enfrenta, além de uma importante greve de servidores técnico-administrativos
das Universidades Estaduais que lutam por aumento salarial e a reestruturação
da carreira, a possibilidade não menos real de um movimento paredista por parte
dos educadores da educação básica que exigem o reajuste que o governo prometeu
–e não cumpriu– para alcançar o piso nacional da educação, além dos 33% de
hora-atividade previsto na Lei Nacional do Piso. É esse “choque” entre o
governo Beto Richa e os professores e servidores que de fato definirá os rumos
da educação no Estado do Paraná nos próximos anos. Desejamos firmemente que os
últimos saiam vitoriosos nesse embate e todo apoio e solidariedade por parte de
outras categorias de trabalhadores e da população em geral é fundamental para
fortalecer nossos lutadores. A Educação Pública, sem dúvida nenhuma, agradece!
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