domingo, 23 de setembro de 2012

Calendário de Campanha: Monica Almeida 16000

Participe você também!!!!

Acabamos de definir nosso calendário de atividades da campanha de Monica Almeida à vereadora.
Iremos intensificar nossas atividades. Convidamos você, apoiador de nossa candidatura, a se somar em nossa campanha, participando das panfletagens, reuniões, agitações e atividades de confraternização.

Abaixo segue o calendário desta próxima semana:

24/09 - SEGUNDA-FEIRA

     6:50 - PANFLETAGEM NO COLÉGIO GASTÃO VIDIGAL (transferida por conta dos jogos)

     11:50 - RECCO. FÁBRICA DE LINGERIES ok

25/09 - TERÇA-FEIRA

     6:50 - PANFLETAGEM NO COLÉGIO INSTITUTO  ok

     18:00 - PANFLETAGEM NO CEEBJA ok

26/09 - QUARTA-FEIRA

     6:30 - PANFLETAGEM NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ok

     7:00 - PANFLETAGEM NO COLÉGIO MARIA GORETTI (transferida por conta dos jogos)

     21:00 - PANFLETAGEM ATARI BAR ok

27/09 - QUINTA-FEIRA

     6:50 - PANFLETAGEM NO COLÉGIO BRASILIO ITIBERE

     18:00 - PANFLETAGEM NA UEM ok

28/09 - SEXTA-FEIRA

     6:00 - PANFLETAGEM NO SEMUSP (ANTIGA SAOP)

     7:10 - PANFLETAGEM NA UEM

     18:00 - PANFLETAGEM COLÉGIO JK

29/09 - SÁBADO

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30/09 - DOMINGO

     9:00 - PANFLETAGEM E AGITAÇÃO. BAIRRO PARQUE ITAIPU! 

VENHA CONOSCO!
AJUDE-NOS A CONSTRUIR UMA CANDIDATURA SOCIALISTA EM NOSSA CIDADE

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

O PSTU manifesta total apoio à greve dos servidores da UEM e aos demais trabalhadores das universidades paranaenses em greve


Da direção regional do PSTU

            A Universidade Pública brasileira sofre um constante processo de ataques que a levam ao sucateamento e ao total desmoronamento do tripé ensino, pesquisa e extensão, tripé esse, característica imprescindível das Universidades Públicas.

            Programas como o Prouni e o Reuni implementados por Lula e Dilma (PT) foram pensados para combater a inadimplência e a sobra de vagas nas faculdades particulares e aumentar a precarização das condições de trabalho. Por outro lado, o dinheiro que deveria ser investido no setor público, é transferido ao setor privado através de isenções de impostos e outros mecanismos. É uma demonstração clara que se governa visando garantir os lucros aos “tubarões do ensino” e não a qualidade da educação superior gratuita e de qualidade e o seu acesso aos filhos da classe trabalhadora.

            Aqui no Paraná não é diferente. Seguindo a mesma política de cortes de investimentos e precarização das Universidades, o governo Beto Richa (PSDB) ataca as Universidades Públicas Estaduais. Mais que isso, assim como faz com várias outras categorias, o governo promete, mas não cumpre. Há mais de um ano os servidores das IEESs paranaenses estão esperando o prometido Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS). Se isso não bastasse, ameaça destruir a carreira do servidor e terceirizar os serviços, ao invés de manter público e com trabalhadores contratados via concurso público.

            Toda essa situação faz parte de uma política nacional de desmonte da educação, não somente no Ensino Superior, como também na Educação Básica.  Por esse motivo, o ano passado foi marcado por inúmeras greves na educação básica, atingindo praticamente todos os estados do país e esse ano, a greve das Universidades Federais deu um grande exemplo de luta contra essas políticas. Nas Universidades Estaduais do Paraná a coisa não é diferente:

            No mês passado, os professores das IEESs parananenses conquistaram o envio e aprovação do projeto de equiparação à assembleia legislativa e a sanção por parte do governador, após 2 dias de greve. Agora é a vez dos técnicos administrativos entrarem em greve.

            Em uma demonstração de disposição para a luta, os servidores aprovaram greve por tempo indeterminado, no último dia 11 de setembro. Logo no seu primeiro dia, a greve começou de maneira forte e os trabalhadores se negaram a cumprir suas tarefas, o que fez com que as aulas fossem interrompidas. No segundo dia, as chaves da Universidade foram entregues à reitoria, para que tomem providências, mostrando que os trabalhadores não irão “furar” a greve!

            Diante do caos causado pela negativa dos servidores em trabalhar, a direção do sindicato dos professores da UEM (Sesduem), lançou duas notas na internet prestando solidariedade, mas discordando do movimento grevista em seus métodos. Não podemos concordar com as notas lançadas pelos companheiros do Sesduem. Entendemos que a reivindicação dos trabalhadores em greve é justa e o fato de se negarem a trabalhar, não pode ser punido, pelo contrário, devem ser aclamados pela coragem em enfrentar um governo que está disposto a ouvir somente os grandes empresários e uma reitoria que se utiliza do assédio moral para coagir os servidores a voltarem para suas atividades. Imediatamente após a deflagração da greve, o comando de greve reuniu-se com a reitoria para fazer o comunicado de que as atividades dos técnicos seriam suspensas a partir do dia 11/09. Entendemos que em um momento de greve, a responsabilidade pela administração e condução das atividades do campus deve dar-se pela administração, e não pelo comando de greve ou os servidores. Responsabilidade esta que não foi assumida em nenhum momento pela reitoria em nossas reuniões. Portanto, se existem culpados pelo fato dos professores não conseguirem dar aulas nesses dias, esses culpados são a reitoria obsoleta e o governo do estado que não negocia.

            Mais que isso, discordamos veemente do fato dos companheiros incitarem os docentes a denunciar os trabalhadores em greve por supostos “abusos”. Esse não é o papel de uma direção sindical de luta, como sabemos ser essa direção sindical. Esse papel é da reitoria e do governo. Já não basta alguns companheiros do SINTEEMAR que rotineiramente alimentam a divisão entre as categorias colocando os professores como “inimigos” dos técnicos. A diretoria do SESDUEM não pode recorrer ao mesmo erro solicitando que professores denunciem as “transgressões” que pontualmente possam ocorrer. Isso é alimentar ainda mais a divisão que tanto queremos evitar em nossa Universidade.

            O momento agora é de unidade nas lutas! Os professores e estudantes precisam cercar de solidariedade e apoio à luta dos técnicos. Sabemos que nosso inimigo é o governo do estado que não cumpre as reivindicações da categoria e que, pelo contrário, aprofunda cada vez mais seus planos de sucateamento das Universidades Públicas do Paraná. Se os professores não estão conseguindo dar aulas, é culpa de uma situação criada pelo governo do estado e é ele quem deve ser punido e advertido.

            É por isso que reiteramos o chamado à unidade na luta para que não somente os técnicos saiam vitoriosos dessa luta, assim como os professores saíram em 23 de agosto, mas que a maior vitória seja a defesa do projeto de Universidade Pública, Gratuita, Laica e de Qualidade.

            Nossas forças militantes estarão dispostas a esse projeto!

domingo, 9 de setembro de 2012

Vote em Modesto... e eleja Marly!


Por Bruno Coga, do PSTU
Candidato a Vice Prefeito na coligação “Maringá para os trabalhadores” – PSOL / PSTU

Em matéria recente divulgada no site “maringay”, o escritor opõe a candidatura de Luiz Modesto, suposto defensor da comunidade LGBT, à de Marly Martin, evangélica, reacionária e declaradamente contrária aos interesses do público gay. Uma vinculação criada diretamente com a intenção de fortalecer a candidatura de Luiz Modesto, abriu o debate para uma questão evidente: Votando em Modesto, pode-se estar ajudando na eleição de Marly. E isto ninguém pode negar. Como comentou um leitor do site, “o tiro saiu pela culatra”...

Modesto X Marly: Uma falsa polarização aliada a uma política idêntica

Quem compare Modesto e Marly, logo perceberá que aparentemente, ambos são muito diferentes. Modesto é gay assumido, Marly é evangélica fervorosa. Modesto promoveu-se com o discurso de “primeiro vereador assumidamente gay de Maringá”. Marly lidera a bancada conservadora da cidade. Modesto esteve à frente da 1ª Parada Gay de Maringá. Marly posicionou-se contra o Dia de Combate a Homofobia. Olhando grosseiramente, Modesto e Marly parecem inimigos mortais, que não se toleram e que disputam as eleições em lados totalmente opostos... Mas a verdade é que ambos fazem parte da mesma coligação, e com isso, seus votos os ajudam mutuamente...

Na verdade, as candidaturas de Modesto e Marly fazem parte da mesma estratégia: angariar votos de setores específicos da sociedade. Modesto atua sob o público gay, enquanto Marly sob o setor evangélico. Com o apoio desses setores, a coligação sai fortalecida e a possibilidade de eleger mais candidatos é maior. Para fazer parte deste jogo não se debate princípios, posições políticas e o que deveria ser melhor para a população. É o vale tudo eleitoral em sua forma mais bárbara: Uma homofóbica lado a lado a um gay assumido. Para os “comunistas” da UJS que justificam esta metodologia baseando-se nas suas errôneas análises de “Marx e Lenin”, talvez também utilizem a mesma tese para justificar Stalin Lenin e Hitler fazendo parte da mesma trincheira de luta...

Modesto X Marly: Uma relação paradoxal

Não há dúvidas que ambos conseguirão uma parcela significativa de votos e que com isso poderão sim disputar uma vaga na Câmara (considerando que também estão nesta disputa Humberto Henrique, Mário Verri, Dr Manoel, e outros que também concorrem). Mas uma coisa é fato: Se Modesto pensa em se eleger, ele precisará dos votos de Marly. Assim como Marly precisará dos votos de Modesto. Isto ocorre porque somente com uma ampla votação da coligação é que ambos os candidatos terão espaço para se eleger. Ou seja, o “representante” (sic) da comunidade gay necessitará dos votos da conservadora reacionária, e vice versa. Então, aqueles eleitores honestos, que votarão em Modesto pensando eleger o “primeiro vereador assumidamente gay de Maringá”, fiquem atentos: Este voto pode sair pela culatra, e ao invés de elegê-lo poderá reeleger Marly Martin. Nesta coligação, infelizmente esta é a contribuição que Modesto pode deixar para a comunidade LGBT de Maringá...

Mas ainda existirão aqueles que dirão que de fato Modesto e Marly são desafetos incontestáveis e “infelizmente” Marly está nesta coligação, que Modesto não precisa de Marly ou de seus votos. Então, lançamos um desafio: Caso Modesto se eleja com ajuda dos votos de Marly, que renuncie ao seu mandato, já que estes votos foram votos contrários ao projeto que defende, portanto, votos que não deveriam ser seus. Não caros eleitores, infelizmente não veremos isso...

Não basta ser gay... É preciso lutar contra a homofobia e todas as formas de opressão

Na presidência de nosso país temos a primeira mulher eleita do Brasil. Ao contrário disso significar mais investimentos no combate à violência da mulher, construção de mais creches públicas, igualdade salarial entre gênero, vemos a aplicação da mesma política no país, que se utiliza da opressão às mulheres para seguir explorando a classe trabalhadora. Dilma Rousseff segue governando para os banqueiros e grandes empresários, e não avançou em nada nas políticas públicas para as mulheres. Isto acontece porque não basta ser mulher para defender os interesses de gênero, mas é preciso ter um programa claro de combate à opressão, combinado ao combate contra a exploração.

O caso de Luiz Modesto é idêntico. Ao se aliar a este setor retrógrado da cidade, Modesto já mostra como será limitada sua atuação frente à câmara de vereadores da cidade caso eleito. Será omisso nas defesas dos setores oprimidos caso isso fira um acordo de gabinete ou uma aliança antes selada, da mesma forma como privilegiou a aliança com Marly frente a sua candidatura. O “primeiro vereador assumidamente gay de Maringá” não fará diferença nenhuma frente à luta contra a opressão e a homofobia.

Por outro lado, a luta contra o racismo, por exemplo, não é travada somente pelos negros. É uma batalha que travamos todos os dias contra o preconceito. Seja feita por brancos ou negros. Clodovil é a contraprova de que ser “assumidamente gay” é totalmente irrelevante na luta contra as opressões. Eleito Deputado Federal pelo PTC (Partido Trabalhista Cristão), Clodovil esteve à frente de diversas declarações machistas, racistas e inclusive... homofóbicas. Esta é a trajetória política do “primeiro deputado federal assumidamente gay” do Brasil.

Monica Almeida, na luta contra a homofobia e todas as formas de opressões.

Para representar a comunidade LGBT na câmara de vereadores é necessário um(a) candidato(a) que tenha firmeza política e ideológica, que não venda seus princípios ou não troque a luta contra as opressões por um acordo político de gabinete ou uma aliança maligna com setores conservadores.

Além disso, é preciso lutar lado a lado nos movimentos sociais e políticos da cidade. Participar ativamente das ações que dispute a consciência dos trabalhadores e da juventude através da luta e pautada na transformação desta sociedade decadente.

Neste sentido, apoio e declaro meu voto a favor da candidatura de Monica Almeida, número 16000, militante do PSTU, que atua no movimento estudantil sempre defendendo as bandeiras de luta contra a homofobia e todas as formas de opressão. Monica auxiliou e esteve presente na 1ª Parada Gay de Maringá, é feminista convicta e também esteve à frente da construção da 1ª Marcha das Vadias da cidade. Monica faz parte da nova juventude de lutadores, que esteve à frente da ocupação da reitoria e tantas outras lutas na UEM. Por fim, Monica Almeida carrega consigo princípios políticos sólidos e um programa político definido na luta contra a homofobia, machismo, racismo e tantas outras formas de opressão.

É preciso pautar que a luta contra as opressões termina na luta contra a sociedade dividida em classes. Que só é possível derrotar a homofobia, derrotando o capitalismo, pois é este sistema injusto e cruel que se aproveita da opressão para explorar e dividir ainda mais a classe trabalhadora. É este o programa que Monica Almeida está apresentando nessas eleições.

Para lutar contra a homofobia, não podemos fortalecer os setores conservadores, não podemos dar chances de Marly se eleger. Apenas votando em Monica Almeida teremos esta segurança...

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Choque de gestão de Beto Richa se “choca” com a melhoria da qualidade do ensino e com lutas de servidores no Estado


Por Érika Andreassy[*]

Na edição do jornal “O Diário” de 6 de setembro, uma matéria chama a atenção: a de que pelo menos 900 alunos ficarão sem aulas de reforço nas disciplinas de português e matemática devido à suspensão total em 15 colégios estaduais e parcial em outros 2 das Salas de Apoio à Aprendizagem.  A medida foi tomada pela Secretaria Estadual de Educação e atinge também outras cidades, ao todo, segundo a reportagem, nas escolas dos 25 municípios que fazem parte da área do Núcleo Regional de Educação de Maringá, 28 tiveram suspensão total das aulas de reforço e 23, suspensão parcial. Apenas em 13 escolas de Maringá (e outras 13 na região) o programa continuará normalmente.

A alegação do Núcleo é de que a frequência dos estudantes às aulas era baixa, mas é interessante notar que o próprio órgão não soube informar quantos alunos vinham sendo atendidos pelo programa, e embora cada turma pudesse comportar até no máximo 20 alunos, salas que não atingiam 15 estudantes foram encerradas.

É um claro retrocesso na – já precária– política de educação do Estado. Vale destacar que o Paraná caiu no ranking da educação básica medida pelo Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Brasileira) divulgada no mês passado pelo Ministério da Educação. Em 2011, a nota do Estado nos anos finais do ensino fundamental (6º. ao 9º. ano) nas escolas públicas estaduais ficou em 4,0 (numa escala de 0,0 a 10,0), sendo menor que em 2009 (4,1) e igual a 2007 (4,0).  No caso específico de Maringá, o município ocupa a 138ª posição no Estado no ranking do Ideb e a 1.462ª no Brasil, uma vergonha! Em termos populacionais e de importância econômica, com um PIB superior aos 7 bilhões de reais,  Maringá é a terceira maior cidade paranaense e a quinta economia do Estado.

A situação da educação no país é trágica, segundo dados do Indicador do Alfabetismo Funcional (Inaf) 2011-2012, cuja pesquisa foi produzida pelo Instituto Paulo Montenegro em conjunto com a organização não governamental Ação Educativa, apenas 26%, pouco mais de um quarto da população entre 15 e 64 anos alfabetizada, domina plenamente as habilidades de leitura, escrita e matemática, ou seja, é plenamente alfabetizada. Menos do que o percentual de analfabetos da mesma faixa etária, que é de 27%, sejam eles completamente analfabetos (6%) ou analfabetos funcionais (21%). A mesma pesquisa dá conta de que praticamente dois terços dos estudantes que concluem o ensino médio e um terço dos que concluem o ensino superior não dominam completamente as habilidades que os tornaria completamente alfabetizados, o pior é descobrir que esse percentual aumentou nos últimos 10 anos, o que significa que a tão propagada –e necessária– universalização da educação não vem sendo acompanhada pela qualidade do ensino que deveria ser garantida junto com esta.

Um dos nós fundamentais que impede o avanço brasileiro no quesito educação é o financiamento público do setor. Atualmente o Brasil gasta em torno de 5% do PIB em educação, apenas um quinto do montante destinado por países desenvolvidos, de acordo com levantamento da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), organismo que reúne os 31 países mais ricos do mundo. É importante lembrar que o Primeiro Plano Nacional de Educação, elaborado em 1996, previa um investimento de 7% do PIB, entretanto, o então presidente Fernando Henrique Cardoso, cujo partido, o PSDB, é o mesmo do atual governador do Paraná, Beto Richa, vetou a meta. Lula, contrariando suas promessas e as expectativas daqueles que o elegeram, manteve o veto e, descumprindo até mesmo a Constituição que determina que a aplicação mínima da União para a educação é de 18% das receitas resultantes de impostos, durante seus 8 anos de mandato não aplicou mais que 14,5% das receitas em educação. Quanto ao governo Dilma, apesar de toda a pressão dos movimentos sociais que reivindicam 10% do PIB para a educação já, e de se dizer favorável à meta (para 2023!) enviou à Câmara a proposta rebaixada de 8%, tendo sido vencida por parlamentares ligados à educação e aos movimentos sociais que pressionavam pelo índice de 10%.

Não seria de menor interesse esclarecer que FHC à época tinha entre seus aliados, nada mais, nada menos, que o PPB, que hoje se chama PP e que é o partido da atual administração maringaense, cuja educação é um de seus “calcanhares de Aquiles” a julgar pela colocação do município no ranking do Ideb citado anteriormente. Não é mera coincidência que esse partido também pertenceu à base aliada de Lula e agora é base de sustentação do governo Dilma. E apesar de compor o governo paulista de Geraldo Alkmin (PSDB), seu principal dirigente, Paulo Maluf, tornou-se um esfuziante apoiador do petista Fernando Haddad para as eleições da cidade de São Paulo. Haddad foi Ministro da Educação entre 2005 e 2012 e atualmente é candidato a prefeito.

Quanto a Beto Richa, esse é apenas mais um capítulo de sua política de ataque e de corte de gastos com a educação pública. Em julho o governo fechou turmas do EJA (programa de Educação para Jovens e Adultos), condicionando a modalidade de atendimento individual, pilar desse tipo de formação já que atende uma clientela diferenciada, à formação de turmas regulares de no mínimo 20 alunos em cada disciplina; e demitiu cerca de 500 funcionários do regime PSS (Processo Seletivo Simplificado) no Estado, regime altamente precarizado e que por sua própria natureza submete os trabalhadores a um nível de insegurança dramático. É seu “choque de gestão”, mostrando a que veio.

Felizmente, como nem tudo na vida sai da forma nossos governantes desejam, nem mesmo quando contam com a conivência vergonhosa de direções sindicais burocráticas dispostas a “rifar” suas bases em troca da manutenção de seus privilégios, atualmente o governo paranaense enfrenta, além de uma importante greve de servidores técnico-administrativos das Universidades Estaduais que lutam por aumento salarial e a reestruturação da carreira, a possibilidade não menos real de um movimento paredista por parte dos educadores da educação básica que exigem o reajuste que o governo prometeu –e não cumpriu– para alcançar o piso nacional da educação, além dos 33% de hora-atividade previsto na Lei Nacional do Piso. É esse “choque” entre o governo Beto Richa e os professores e servidores que de fato definirá os rumos da educação no Estado do Paraná nos próximos anos. Desejamos firmemente que os últimos saiam vitoriosos nesse embate e todo apoio e solidariedade por parte de outras categorias de trabalhadores e da população em geral é fundamental para fortalecer nossos lutadores. A Educação Pública, sem dúvida nenhuma, agradece!


*Érika Andreassy faz parte da Coordenação Nacional do ILAESE e é militante do PSTU