quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Pupin: Um adversário amigo do PT


Por Bruno Coga, do PSTU
Candidato a vice-prefeito pela coligação “Maringá para os trabalhadores” – PSOL/PSTU

Com a impugnação de Pupin no TRE e o indeferimento de seu vice, Carlos Ferdinandi (PMDB) por ter as contas reprovadas pelo TCE, a coligação “A mudança continua” fica oficialmente sem candidato. Com o PP fora da jogada, Enio Verri tem caminho livre para sua campanha. Com isso pode abrir grande diferença nas pesquisas eleitorais com outros candidatos. Queremos aqui analisar a relação histórica do PP com o PT e suas implicações para as eleições municipais de Maringá.

Partido Progressista: Um aliado incômodo ao PT

O PP, partido de Pupin, é um dos partidos mais tradicionais de nosso país. É o segundo maior partido do país, de acordo com informações do TSE e tem sua origem ligada diretamente à ditadura militar, através da ARENA (Aliança Renovadora Nacional). De lá para cá, já teve diversos nomes e passou por algumas mudanças, porém sempre manteve uma característica conservadora e de direita dentro da política nacional. Mas ser conservador e de direita, não implica diretamente em estar em lados opostos ao governo federal e ao PT. Pelo contrário, o PP compõe o governo federal através do ministério das cidades. Outras figuras conhecidas podem confirmar esta aliança da direita PPista com a “esquerda” Petista, como por exemplo Paulo Maluf, que apoia Haddad para a prefeitura de São Paulo através da mediação do ex-presidente Lula.

Contudo, ainda pode haver quem diga que a política em esfera federal não interfere na do município. Que se o PP é aliado do PT em outro estado ou município, aqui em Maringá eles são adversários e ponto. Não é bem assim. Ricardo Barros, político tradicional de nossa cidade e conhecido por ser “adversário” do PT, já foi vice-líder do governo Lula, ou seja, era o segundo nome do governo responsável por negociar os projetos e votações da câmara federal com a base aliada do bloco governista.

Se Enio Verri orgulha-se de sua relação com Lula e Dilma, podemos dizer que Ricardo Barros tenha muito mais motivos para se orgulhar...

Enio Verri e Pupin: Aliados ou adversários?

Não temos dúvidas de que Pupin oferece risco para a candidatura de Verri. Por este lado, podemos dizer que são adversários nesta disputa. Por outro lado, a relação entre os partidos que atuam, os deixam com muito mais pontos em comum que divergentes. Em resumo, podemos dizer que são adversários pontuais, porém aliados na política geral.

Para chegarmos nesta conclusão, tomamos como ponto de partida a política que o PT aplica em nível federal e a comparamos com a política do PP em nosso município. 1) O governo de Dilma enfrenta a maior greve dos servidores federais dos últimos 10 anos. O motivo: arrocho salarial e a negativa do governo em negociar com os servidores. Em 2006, a postura do governo Barros foi a mesma: reajuste zero e truculência nas negociações. 2) Dilma anunciou a pouco tempo um pacote de privatizações, incluindo aeroportos, estradas e ferrovias. Barros tentou privatizar o Hospital Municipal e a merenda escolar de Maringá. 3) Os escândalos de corrupção envolvendo o PT, não são menores que os que envolvem o PP. Mensalão, caso Cachoeira, e inclusive as obras do contorno Norte, envolvendo Gleisy e Paulo Bernardo do PT. Já o PP é o quarto partido no ranking de políticos que tiveram seus mandatos cassados no país.

Enfim, apesar da disputa entre esses dois partidos em nossa cidade canção, a semelhança entre seus projetos de governo são vastos.

Por que o PT tenta tirar o PP da jogada?

Não descartamos um acordo selado e consciente entre PP e PT para tirar Pupin da disputa eleitoral e deixar o caminho livre para Enio Verri, como uma cordialidade entre bons amigos. É difícil imaginar que a família Barros não tenha ficado atenta ao prazo de substituição de Silvio Barros na prefeitura de Maringá. Essa desculpa seria aceita caso fosse feita por amadores, mas não por profissionais (malvados) da política como Silvio e Ricardo Barros. Assim como é estranho perceber que nos dois primeiros dias de horário eleitoral gratuito na TV, a coligação do PP não tenha utilizado este espaço.

Porém, vamos trabalhar com a versão oficial: O PT disputa com o PP. Dentro desta disputa, que de fato existe, temos que convir que o PP cresceu. Em uma cidade conservadora, dominada pelo agronegócio e prestação de serviços, o peso do ruralista é determinante. Neste crescimento de Pupin, Enio Verri, que parecia ter entrado na disputa com o troféu na mão, começou a perder espaço. Para o PT, que governou Maringá apenas uma vez e que já vinha trabalhando com a consigna de “Enio Prefeito” muito antes das eleições, seria humilhante ser derrotado por um ruralista tosco que mal consegue completar uma frase. E a partir de então, o desespero do PT para tirar Pupin da jogada seria um fato real...

Uma candidatura socialista, para romper com conchavos de gabinete e governar para os trabalhadores

Os fatos citados acima refletem a realidade da política que costumamos assistir em nosso dia-a-dia. Parasitas se consumindo em acordos, falcatruas e golpes. Nenhum desses acordos e disputas favorece a classe trabalhadora. Pelo contrário, sempre são feitos buscando benefício próprio e uma maneira para se perpetuarem no poder.

Somente uma candidatura classista, que faça acordos com a casse trabalhadora ao invés dos partidos corruptos que hoje existem é que se pode transformar nossa sociedade e governar para aqueles que produzem a riqueza do país: Ou seja, os trabalhadores.

Para governar para os trabalhadores, é preciso romper com a lógica capitalista de governar para as grandes empresas e banqueiros, de salvar aqueles que têm dinheiro explorando ainda mais quem não tem nada. Dos oito candidatos na disputa de hoje, somente a coligação “Maringá para os trabalhadores”, com Débora prefeita, é que toma para si a ousadia de debater com a população pobre e a juventude explorada de Maringá. É somente a nossa candidatura que discute a necessidade de investir dinheiro público na saúde pública, de estatizar o transporte e baratear o custo da passagem de ônibus, de ter políticas claras contra as diversas formas de opressão que existem na sociedade.

É este projeto que o PSTU quer construir em nossa cidade. É este projeto que queremos apresentar a você..

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Sobre o Cardápio de Mulheres da UEM


Por alguns dias circulou pela internet uma página com o nome “UEM lá em Casa”, cujo conteúdo expressava, nada mais nada menos, o machismo que impera em nossa sociedade. Após vários protestos a página saiu do ar, assim mesmo o episódio merece uma reflexão, já que não é a primeira nem a última vez que nos deparamos com sites como esse em que mulheres são tratadas como mercadorias.

Por Liane M - Militante do PSTU e ativista do MML/Maringá

“Criar um cardápio de mulheres”, essa foi a expressão utilizada pelo tumblr para se referir a utilidade da página. O site funcionava como um catálogo de mulheres, todas estudantes da Universidade Estadual de Maringá e segundo a página, destinava-se a construir um “catálogo das beldades” que estudam na UEM a partir de fotos encaminhadas por homens que conhecem estas garotas.

Se o espaço fosse devidamente construído com a autorização das mesmas, de forma respeitosa e para que fossem admiradas sem apelo, talvez, o problema não fosse tão grande. Mas não parece ser esse o caso. Então a primeira questão é: Estas garotas foram consultadas a respeito da utilização de sua imagem neste site? Porque não se trata simplesmente de uma foto de perfil em alguma rede social e de uso pessoal, ali no tumblr “UEM lá em casa”, elas são expostas com um propósito e tratadas como “possibilidades” para os homens em possíveis encontros. Toda utilização de imagem pessoal que não seja feita pela própria pessoa configura uma utilização indevida da imagem, que necessita autorização.

Segundo e mais importante, por que além de serem expostas -indevidamente- na internet, estas mulheres são citadas na forma de “catálogo” ou de forma ainda pior, como “cardápio”? Até onde sabemos, cardápio é uma palavra destinada a listagem de alimentos ou iguarias, que mediante indicação de preço, se trata de uma mercadoria que está disponível ao consumo. Há uma contradição notória aqui! MULHER NÃO É COMIDA! MULHERES NÃO SÃO MERCADORIAS!

E pior ainda, por que esta não é a primeira e nem a última vez que encontramos um espaço em que mulheres são tratadas desta forma? A resposta é direta e simples: Vivemos em uma sociedade machista! Ser mulher não significa apenas ser tratada como um ser humano igual aos demais, ser mulher nesta sociedade significa ser rotulada, classificada, oprimida, padronizada, explorada e posta como mercadoria consumível.

Esta sociedade entende que mulheres são seres inferiores, destinadas a funções menos privilegiadas, menor remunerada e limitadas a atuação de coadjuvantes em relação aos homens, além das “naturalmente responsáveis” pela realização de trabalhos domésticos. Pois, segundo essa lógica, nós mulheres, tidas como o “sexo frágil” seriamos incapazes de realizar atividades elaboradas, já que afinal de contas, teríamos nascido menos favorecidas intelectualmente e não nos caberia outro recurso do que servir aos homens e atender aos seus desejos.

Infelizmente é necessário dizer que não são apenas os homens que “apreciam” este tipo de página, erroneamente muitas mulheres tomam como um elogio ou ainda um privilégio estar catalogada assim, isto porque o machismo reproduzido sistematicamente acaba se naturalizando entre as pessoas.

Mas é preciso lutar contra isto! Não podemos continuar a ser classificadas e rotuladas. Todas as mulheres são seres humanos e possuem sua beleza, os padrões que a mídia impõe, nos agride todos os dias, dizem que estamos gordas, que temos não temos o corpo perfeito, o cabelo liso e loiro que uma mulher bonita deve ter. Dizem o tempo todo que estamos fora do padrão e por mais que tentemos, sempre estaremos “imperfeitas”. Tratam-nos como objeto de propaganda nas campanhas publicitárias, apenas como mais um recurso ou uma mercadoria a ser vendida.

Não! Nós dizemos, não! Estas ideias machistas que são construídas sobre a mulher, justificam a existência de sites como o “UEM lá em casa”, justifica que em espaços como este e nos meios de comunicação em geral, se fortaleça e reafirme a ideologia machista, de que a mulher é propriedade do homem, e que por isso estes podem fazer delas o que bem entender, é esta lógica que reproduzida sistematicamente se materializa nos altos índices de violência contra a mulher, fazendo com que a violência doméstica ainda seja um dos grandes causadores de mortes entre as mulheres, mostrando é mais fácil uma mulher ser agredida dentro do que fora de casa, ou ainda, que muitas sejam violentadas a caminho do trabalho ou da escola. Por isso, sites como este, nunca devem ser tratados como demonstrações de bom humor ou bem intencionados, porque o resultado disto é a sustentação da violência.

Nenhuma mulher ou homem deve ser catalogado, pois não somos produtos! O site padroniza as mulheres, as trata como mercadoria consumível e catalogável. Em nada demonstra a valorização da beleza feminina, pois ele tem o objetivo de fornecer opções do “produto” mulheres para que os homens possam vir a “consumir”!

Manifestemo-nos diante de toda opressão, não devemos nos calar, a luta contra o machismo é todo dia!

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

PT: dos trabalhadores a partido das empreiteiras

Bom. Alguém me disse que é possível colocar uma matéria antiga do blog como publicação nova, dando assim destaque. Como não sei fazer isso, vai abaixo uma matéria publicada em Julho de 2011 neste mesmo blog...

Sempre é bom refrescar a memória...

http://pstunoroeste.blogspot.com.br/2011/07/pt-dos-trabalhadores-partido-das.html


PT: dos trabalhadores a partido das empreiteiras
Avanilson Araújo
Dirigente estadual do PSTU-PR e ex-candidato a governador do Paraná

As recentes divulgações da imprensa nacional sobre o envolvimento de lideranças do PT paranaense, entre eles, a Ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann, seu marido e também Ministro Paulo Bernardo e o deputado estadual Ênio Verri com a empreiteira maringaense Sanches Tripoloni revelam, em mais esse episódio, os verdadeiros interesses de classe dos dirigentes petistas na condução do governo.

O governo Dilma (PT) encerra o primeiro semestre com a queda de dois ministros, ambos por denúncias de corrupção e suspeitas de enriquecimento ilegal, fazendo dos cargos públicos ocupados uma ponte para seu enriquecimento pessoal, através de esquemas de favorecimento de grandes grupos empresariais.

Segundo a cobertura jornalística, a empreiteira Sanches Tripoloni teria aumentado os seus contratos com o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Tranportes) em 1.273% durante os anos do governo Lula, sob a batuta do então prestigiado Ministro do Planejamento Paulo Bernardo. A empreiteira conseguiu a façanha de aumentar seus contratos de 20 milhões em 2004 para R$ 267 milhões em 2010.

Como forma de retribuir o bom andamento dos negócios a empreiteira tornou-se uma das grandes doadoras das campanhas, principalmente, dos partidos aliados ao governo. Somente para o PT, o PR e o PMDB foram mais de 6 milhões de reais nas últimas eleições. A então senadora e atual Ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann recebeu da Sanches Tripolini R$ 510 mil para “ajudar” em sua campanha eleitoral. Além dela, foram favorecidos no Paraná políticos como Ênio Verri (Presidente estadual do PT) e Ricardo Barros (PP), que já foi vice-líder do governo Lula e agora é Secretário Estadual do governador Beto Richa do PSDB.

O círculo em que os dirigentes do PT ingressaram envolve um discurso de defesa dos trabalhadores, para manter o movimento social sob o seu irrestrito controle, além de vultosas somas de dinheiro, tanto para as campanhas eleitorais que são pagas por empreiteiras, bancos, grandes empresas do agronegócio, como quando chegam ao governo e passam a atuar em esquemas suspeitos de favorecimento, direcionamento de licitações e enriquecimento ilegal, para atender os interesses de seus financiadores. Afinal, o que levaria a mesma empreiteira a financiar o PT e políticos como Ricardo Barros e Cida Borghetti, ambos do PP, a não ser a absoluta certeza de que todos eles caso eleitos governarão para atender seus interesses privados?

O PT, que nas décadas de 70 e 80 era um dos principais instrumentos de luta dos trabalhadores brasileiros, tornou-se o braço direito do capital para gerir o Estado e garantir os negócios priivados da burguesia. O fortalecimento de lideranças como Gleisi Hoffmann, Ênio Verri, Paulo Bernardo e outros, só demonstram o grau de degeneração que atingiu esse partido que, valendo-se de seu prestígio junto às massas trabalhadores, conseguem se eleger para governar contra os trabalhadores.

Para se ter uma idéia, na época da campanha eleitoral, enquanto quase nenhum candidato tinha acesso às obras do contorno norte em Maringá (que estão sendo questionadas no Tribunal de Contas da União por suspeitas de superfaturamento), a então candidata ao Senado Gleisi Hoffmann, acompanhada do também candidato e dirigente estadual do PT, Ênio Verri, tiveram livre acesso para falar aos operários da construção da obra da Sanches Tripoloni e prometer um mundo melhor, com a continuidade do que foi o governo Lula, sendo aplaudida pelos trabalhadores que por ironia do destino trajavam uniformes na cor laranja.

É nossa tarefa alertar aos trabalhadores que ainda mantém suas esperanças no PT, que infelizmente, quando se governa para os grandes empreiteiros, latifundiários e banqueiros, é impossível sobrar do bolo, algo que não sejam as migalhas que sobraram da farra da corrupção e dos esquemas montados para atender e garantir os interesses dos grandes grupos empresariais que financiam suas campanhas.

Por isso é necessário seguir na luta pela construção de uma ferramenta dos próprios trabalhadores que tenha independência política e financeira para governar em seu favor, ao mesmo tempo em que devemos exigir medidas imediatas como o fim do financiamento privado das campanhas, mandatos revogáveis a qualquer momento pelo voto direto dos trabalhadores, além do fim dos privilégios dos cargos eletivos, com o estabelecimento do salário operário, pois todo operário sabe que quando uma ferramenta não serve mais para consertar o defeito da máquina é preciso trocá-la.

domingo, 5 de agosto de 2012

Debate realizado na band, em 02/08/2012

Veja trecho do primeiro debate em Maringá. Débora Paiva, candidata pela coligação "Maringá Para os Trabalhadores", destacou-se ao realizar perguntas ácidas e enfrentar cara a cara os candidatos oficiais da burguesia.




Em breve, postaremos mais vídeos.

Abaixo, trecho extraído do blog do Rigon:

A afirmação do prefeito em exercício de Maringá, Carlos Roberto Pupin, a respeito da trimestralidade no debate da Band, mostrou falta de informação. Ele foi injusto ao afirmar que os servidores não receberam o que era de direito – a trimestralidade lhes foi negada pelo seu coordenador de campanha, Ricardo Barros, quando prefeito – por causa do sindicato. À época, primeira gestão de Silvio II, Pupin vivia viajando muito para o Tocantins e não deve ter acompanhado o caso: a administração apresentou uma proposta e o sindicato discutiu com a categoria e no momento em que os trabalhadores, em assembleia, iam aceitar a oferta, mesmo abaixo do que os trabalhadores esperavam, a administração da qual ele faz parte retirou a proposta. Detalhes, com prova, no blog do Sismmar. Ficou feio para o candidato do PP.

http://angelorigon.com.br/2012/08/05/faltou-informacao-ao-vice-prefeito/

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Deu na Gazeta do Povo...

Débora Paiva - PSOL, candidata à prefeita pela coligação "Maringá para os Trabalhadores", questionou os candidatos à prefeitura e apresentou um projeto distinto para governar Maringá. Enquanto os outros 7 candidatos apresentam propostas de seguir governando para a burguesia e grandes empresários, a Frente de Esquerda conseguiu apresentar seu programa de governar uma "Maringá para os Trabalhadores".

Abaixo, segue nota da Gazeta do Povo de hoje.

http://www.gazetadopovo.com.br/vidapublica/conteudo.phtml?id=1282477&tit=Candidatos-apresentam-propostas-de-campanha-no-primeiro-debate-na-TV#.UBv9iPPlkok.facebook


Candidatos apresentam propostas de campanha no primeiro debate na TV

Saúde, educação, mobilidade urbana e emprego foram os pontos abordados pelos candidatos. Gasto em publicidade pela atual gestão municipal também foi alvo de questionamento
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03/08/2012 | 12:05 | OCTÁVIO ROSSI, ESPECIAL PARA A GAZETA MARINGÁ
Na noite de quinta-feira (2), os oito candidatos à Prefeitura de Maringá participaram do primeiro debate, organizado pela TV Bandeirantes/TV Maringá. Com formato no qual os candidatos realizavam as perguntas entre eles, o debate foi ancorado nas propostas de governo de cada um para a gestão municipal para os próximos quatro anos.
O debateu durou pouco mais de quatro horas. Por sorteio, a bancada foi formada na seguinte ordem de candidatos: Maria Iraclézia (DEM), Hércules Ananias (PSDC), Alberto Abraão (PV) - que garantiu a participação graças uma liminar da Justiça -, Wilson Quinteiro (PSB), Débora Paiva (Psol), Enio Verri(PT), Carlos Roberto Pupin (PP) e Dr. Batista (PMN).
O debate foi organizado em oito blocos e em cada bloco o candidato escolhido por sorteio respondia às perguntas dos demais. Os temas mais abordados foram educação, saúde, mobilidade urbana, meio ambiente e esporte. Sem exceção, os candidatos se apoiaram nas propostas de governo como resposta.
Publicidade
O ponto alto do debate se deu quando o candidato Wilson Quinteiro pediu a opinião de Débora Paivasobre os gastos com publicidade da atual gestão municipal, com base na denúncia feita pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) sobre suposta fraude na concorrência entre duas empresas em um processo licitatório. A denúncia envolve o secretário estadual Ricardo Barros.
A candidata respondeu que o valor do contrato que a Prefeitura fechou com uma das empresas, ao custo de cerca de R$ 7,5 milhões, poderia ser investido em saúde em vez de autopromoção. Neste momento, o candidato Carlos Roberto Pupin, cujo coordenador de campanha é o secretário Ricardo Barros, pediu direito de resposta, o que lhe foi concedido.
O candidato se defendeu alegando que a licitação foi realizada de forma legal e transparente e retrucou Quinteiro dizendo que o candidato “mostra-se desesperado e despreparado”, referindo-se às alegações.
Por sua vez Quinteiro também solicitou o direito de resposta com base na declaração de Pupin. O candidato do PSB se defendeu dizendo que “despreparo e desrespeito é usar a máquina pública para se beneficiar no momento político”.