quarta-feira, 27 de julho de 2011

ATO POLÍTICO EM SARANDI É VITORIOSO E AUDIÊNCIA CONTRA ATIVISTAS É SUSPENSA

ATO POLÍTICO EM SARANDI É VITORIOSO E AUDIÊNCIA CONTRA ATIVISTAS É SUSPENSA

Dezenas de ativistas do movimento social, popular, sindical e de partidos de esquerda como PSTU, PSOL e PCB compareceram no dia 27 de junho ao Fórum de Sarandi, para prestar apoio e solidariedade aos companheiros do Comitê de Lutas que estão sofrendo processo de criminalização por parte de alguns vereadores da cidade.

A acusação é uma forma de intimidação política dos lutadores contra a vinda do lixo e pela reestatização do sistema. Os militantes estão sendo acusados de calúnia e difamação por terem divulgado um cartaz com os dizeres: TRAIDORES DO POVO, explicando para a população porque prefeitos e vereadores haviam traído a vontade da população a privatização o sistema de tratamento de lixo e, posteriormente, aumentarem abusivamente a cobrança das taxas relacionadas ao lixo urbano.

As dependências do Fórum foram ocupadas por dezenas de representantes de entidades do campo democrático, ANEL, DCE-UEM, PSTU, P-SOL, PCB, PT dentre outros aguardavam a realização da audiência quando foram informados que o ato seria suspenso para que a promotora pudesse reavaliar o caso.

As entidades de luta e, principalmente, os ativistas acusados indevidamente aguardam agora o bom senso do Ministério Público para que o procedimento seja arquivado e o movimento possa retomar as lutas sem a intimidação dos vereadores e prefeito.
 
Lutar é direito, lutar não é crime!
Pelo arquivamento imediato do processo contra os ativistas da luta do lixo!
Pelo Fim das perseguições aos lutadores!

terça-feira, 26 de julho de 2011

LUTAR É DIREITO, LUTAR NÃO É CRIME!

NOTA POLÍTICA PSTU NORTE-PR
LUTAR É DIREITO, LUTAR NÃO É CRIME!

Desde 2003 o Brasil é governado pelo que chamamos de uma frente popular, em que um partido operário de massas, o PT, governa em colaboração de classes com partidos burgueses como o PMDB, PP, PR e outros. Os trabalhadores têm a impressão de que pelo fato de ter um partido operário, da sua classe, no governo, haveria uma modificação no caráter de classe do Estado burguês que passaria a ser menos violento e mais democrático.

No entanto, diversos episódios demonstram que, infelizmente, não é isso o que ocorre. Os lutadores dos movimentos sociais e populares e dos partidos de esquerda continuam sofrendo um brutal processo de criminalização, repressão e violência, exemplos disso não faltam: as mortes de lideranças dos trabalhadores rurais no campo brasileiro não somente não acabaram, como se intensificaram no último período, em pleno “regime democrático”, 13 ativistas e militantes foram presos simplesmente porque participaram de um protesto contra a visita do presidente Obama ao Brasil, no Rio de Janeiro 439 bombeiros foram presos e enquadrados por motim e outros crimes militares por exigirem um salário digno.

Esse processo de criminalização se estende país afora através de várias formas: prisões de lideranças populares em ocupações de terra urbana e rural, processos crime por calúnia e difamação, monitoramento de atos públicos com a força policial e outras formas, como grampos.

Aqui em nossa região isso não é diferente. Pelo menos desde 2009 o movimento social de Sarandi, através de um Comitê de Lutas que foi constituído por dezenas de entidades (partidos políticos, associações de moradores, grêmios estudantis, movimento por moradia) impulsiona uma luta popular contra a vinda do lixo para a cidade e pela reestatização do sistema de lixo, contrariando com isso interesses tanto de prefeitos (um que privatizou o aterro e o atual que mantém o sistema privado e aumentou a cobrança das taxas), quanto de vereadores (que votaram contra a população nas duas situações), além do poder econômico das empresas que detém o monopólio da coleta e destinação do lixo.

Como parte das atividades desenvolvidas por esse Comitê de Lutas foram realizados atos públicos, coletadas milhares de assinaturas para um projeto de iniciativa popular que, atualmente, está engavetado na Câmara Municipal, proibindo a vinda do lixo e propondo a reestatização. Além disso, como forma de denunciar os verdadeiros compromissos desses políticos (prefeitos e vereadores) foi confeccionado um cartaz com o título: TRAIDORES DO POVO, explicando para a população como cada um deles havia se posicionado contra os interesses da população de Sarandi, o Prefeito Cido Spada (na época no PT) encaminhando o processo de privatização do aterro sanitário que foi aprovado pela maioria dos vereadores daquela legislatura e no final de 2010, o prefeito Carlos De Paula (PDT) que manteve o sistema privatizado e além disso praticamente dobrou as taxas de lixo, com o apoio da maioria absoluta da Câmara de Vereadores.

Por estarem na luta contra a vinda do lixo e pela reestatização e por denunciarem esses interesses que contrariam a população, alguns vereadores estão processando criminalmente diversos ativistas e militantes, dentre eles, o presidente do PSTU em Sarandi, Rodrigo Tomazini, o Coordenador do Movimento dos Trabalhadores por Moradia, Claudio Timossi, o presidente do P-SOL em Sarandi, Edvaldo da Silveira, o presidente do PCB, João Lourenço da Silva e, ainda, lideranças do movimento popular e presidentes de Associações de Moradores.

A primeira audiência será amanhã, dia 27 de julho, às 14h10, no Fórum de Sarandi. Convocamos todas as entidades e movimentos para participarem do ato político em frente ao Fórum e se somarem à luta contra a criminalização.

Enquanto os lutadores estão sendo processados, Sarandi continua com um sistema de lixo privado e com as maiores taxas da região. Por isso exigimos:
- Arquivamento imediato do processo criminal contra os lutadores de Sarandi;
- Liberdade de manifestação, expressão e crítica;
- Fim das perseguições e punições aos trabalhadores que lutam;
- Fim dos ataques às organizações sindicais, políticas e sociais.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Nesta quinta, 21/7, PSTU na TV





GILDO PRESENTE! 21 DE JULHO - JULGAMENTO DO ASSASSINATO DE NOSSO MILITANTE!

Depois de 11 anos, finalmente acontecerá o julgamento do assassinato do sindicalista Gildo da Silva Rocha.
Este vídeo lembra a luta de seus companheiros e de sua esposa, Gleicimar Souza Rocha, contra a impunidade.
Participe do ato no dia do julgamento.
Quinta, 21 de julho, 9h, em frente ao Palácio de Justiça do DF.

SAIBA MAIS
Em 2000, o então governador Joaquim Roriz, tinha dado ordem de reprimir violentamente a greve dos trabalhadores da limpeza urbana, a SLU, se ela viesse a acontecer. Gildo Rocha, um dos líderes da greve, saiu de casa de madrugada no dia 6 de outubro para uma atividade da greve, votada em assembléia: furar sacos de lixo, para impedir o trabalho dos fura-greves. Policiais a paisana o abordaram e, na perseguição, foram disparados 17 tiros contra seu carro, e um deles o atingiu nas costas.

Para esconder o covarde crime, os policiais afirmaram que Gildo estava em atividade suspeita, e que ele foi o primeiro a disparar. Colocaram arma e drogas em seu carro.
A perícia desmentiu tudo, provou que Gildo não tinha consumido drogas, que não tinha feito nenhum disparo.

Depois de 10 anos, chegou-se a afirmar que o próprio Gildo teria responsabilidade em sua morte, por ter tentado fugir. "Eles chegaram de madrugada, sem uniforme e carro oficial e de arma na mão. Quem não tentaria correr?", pergunta Gleicimar de Sousa Rocha, viúva de Gildo.

O processo cível aberto para responsabilizar o Governo do Distrito Federal pelo assassinato, e exigindo pensão para a família da vítima, também não deu em nada. A família do Gildo e o PSTU entraram com recurso e o julgamento será nesta terça, dia 8 de junho, no Fórum de Ceilândia.

Os companheiros Gildo e José Ferreira, morto no ano anterior, no Massacre da Novacap, não deram suas vidas em vão! Eles lutaram e tombaram na luta por uma sociedade mais justa, e contra a exploração dos trabalhadores! É nosso dever lutar por justiça contra seus assassinos.

Fazemos um chamado a todos os trabalhadores e trabalhadoras de Brasília a comparecer no dia do julgamento ao Fórum, para protestarmos contra a impunidade.
Chega de repressão e criminalização dos movimentos sociais.
Exigimos justiça pela vida de nosso caro companheiro!

Companheiro Gildo, PRESENTE!

terça-feira, 12 de julho de 2011

PT - dos trabalhadores a partido das empreiteiras

PT: dos trabalhadores a partido das empreiteiras
Avanilson Araújo
Dirigente estadual do PSTU-PR e ex-candidato a governador do Paraná

As recentes divulgações da imprensa nacional sobre o envolvimento de lideranças do PT paranaense, entre eles, a Ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann, seu marido e também Ministro Paulo Bernardo e o deputado estadual Ênio Verri com a empreiteira maringaense Sanches Tripoloni revelam, em mais esse episódio, os verdadeiros interesses de classe dos dirigentes petistas na condução do governo.

O governo Dilma (PT) encerra o primeiro semestre com a queda de dois ministros, ambos por denúncias de corrupção e suspeitas de enriquecimento ilegal, fazendo dos cargos públicos ocupados uma ponte para seu enriquecimento pessoal, através de esquemas de favorecimento de grandes grupos empresariais.

Segundo a cobertura jornalística, a empreiteira Sanches Tripoloni teria aumentado os seus contratos com o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Tranportes) em 1.273% durante os anos do governo Lula, sob a batuta do então prestigiado Ministro do Planejamento Paulo Bernardo. A empreiteira conseguiu a façanha de aumentar seus contratos de 20 milhões em 2004 para R$ 267 milhões em 2010.

Como forma de retribuir o bom andamento dos negócios a empreiteira tornou-se uma das grandes doadoras das campanhas, principalmente, dos partidos aliados ao governo. Somente para o PT, o PR e o PMDB foram mais de 6 milhões de reais nas últimas eleições. A então senadora e atual Ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann recebeu da Sanches Tripolini R$ 510 mil para “ajudar” em sua campanha eleitoral. Além dela, foram favorecidos no Paraná políticos como Ênio Verri (Presidente estadual do PT) e Ricardo Barros (PP), que já foi vice-líder do governo Lula e agora é Secretário Estadual do governador Beto Richa do PSDB.

O círculo em que os dirigentes do PT ingressaram envolve um discurso de defesa dos trabalhadores, para manter o movimento social sob o seu irrestrito controle, além de vultosas somas de dinheiro, tanto para as campanhas eleitorais que são pagas por empreiteiras, bancos, grandes empresas do agronegócio, como quando chegam ao governo e passam a atuar em esquemas suspeitos de favorecimento, direcionamento de licitações e enriquecimento ilegal, para atender os interesses de seus financiadores. Afinal, o que levaria a mesma empreiteira a financiar o PT e políticos como Ricardo Barros e Cida Borghetti, ambos do PP, a não ser a absoluta certeza de que todos eles caso eleitos governarão para atender seus interesses privados?

O PT, que nas décadas de 70 e 80 era um dos principais instrumentos de luta dos trabalhadores brasileiros, tornou-se o braço direito do capital para gerir o Estado e garantir os negócios priivados da burguesia. O fortalecimento de lideranças como Gleisi Hoffmann, Ênio Verri, Paulo Bernardo e outros, só demonstram o grau de degeneração que atingiu esse partido que, valendo-se de seu prestígio junto às massas trabalhadores, conseguem se eleger para governar contra os trabalhadores.

Para se ter uma idéia, na época da campanha eleitoral, enquanto quase nenhum candidato tinha acesso às obras do contorno norte em Maringá (que estão sendo questionadas no Tribunal de Contas da União por suspeitas de superfaturamento), a então candidata ao Senado Gleisi Hoffmann, acompanhada do também candidato e dirigente estadual do PT, Ênio Verri, tiveram livre acesso para falar aos operários da construção da obra da Sanches Tripoloni e prometer um mundo melhor, com a continuidade do que foi o governo Lula, sendo aplaudida pelos trabalhadores que por ironia do destino trajavam uniformes na cor laranja.

É nossa tarefa alertar aos trabalhadores que ainda mantém suas esperanças no PT, que infelizmente, quando se governa para os grandes empreiteiros, latifundiários e banqueiros, é impossível sobrar do bolo, algo que não sejam as migalhas que sobraram da farra da corrupção e dos esquemas montados para atender e garantir os interesses dos grandes grupos empresariais que financiam suas campanhas.

Por isso é necessário seguir na luta pela construção de uma ferramenta dos próprios trabalhadores que tenha independência política e financeira para governar em seu favor, ao mesmo tempo em que devemos exigir medidas imediatas como o fim do financiamento privado das campanhas, mandatos revogáveis a qualquer momento pelo voto direto dos trabalhadores, além do fim dos privilégios dos cargos eletivos, com o estabelecimento do salário operário, pois todo operário sabe que quando uma ferramenta não serve mais para consertar o defeito da máquina é preciso trocá-la.

domingo, 10 de julho de 2011

Coordenador da Ocupação Pinheirinho-SJC visita moradores da ocupação do Atenas

Coordenador da Ocupação Pinheirinho visita moradores da ocupação do Atenas
Na tarde de sábado esteve na ocupação do Atenas Valdir Martins, o “Marrom” como é conhecido no movimento nacional de luta por moradia. Marrom é coordenador do MUST (Movimento Urbano dos Sem Teto) e coordenador de um dos maiores movimentos de ocupação da América Latina, a Ocupação Pinheirinho de São Jose dos Campos que conta com cerca de duas mil famílias, praticamente cinco mil pessoas e já conta com sete anos de ocupação. Marrom também faz parte da Executiva Nacional da CSP-CONLUTAS (Central Sindical Popular).
Junto com demais lideranças do Movimento por Moradia de Maringá e dirigentes do PSTU, conversou com diversos moradores e declarou seu apoio à luta daquelas famílias por moradia. “Acredito que essa resistência vai crescer, não só de famílias de Maringá, mas de cidades do entorno lutando não só por moradia, mas também por saúde, educação”.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

MORADORES DO ATENAS SINALIZAM O CAMINHO: MINHA CASA, MINHA LUTA!

MORADORES DO ATENAS SINALIZAM O CAMINHO:
MINHA CASA, MINHA LUTA!

No último dia 29 de junho as famílias que ocupam 42 casas no Conjunto Atenas em Maringá, conseguiram uma importante vitória no Judiciário local, ao obterem uma decisão favorável que determinou a suspensão do despejo coletivo por prazo indeterminado.

A resistência e organização dos trabalhadores foi determinante para que a Prefeitura apresentasse uma proposta de acordo que prevê: o assentamento imediato de algumas famílias, o atendimento prioritário nos programas de habitação popular de outra parte e, ainda, a garantia de que as famílias que não sejam imediatamente atendidas tenham abrigo público para organizarem sua vida.

Essa vitória é o resultado direto da disposição dos moradores de lutarem e resistirem ao despejo forçado e começarem a compreender o grave problema da moradia popular em nosso país.

O programa “Minha Casa, Minha Vida”, propagandeado como uma das principais intervenções do governo do PT na área social está, há mais de seis, sem qualquer liberação de verba ou entrega de casas populares para os trabalhadores que recebem até 3 salários mínimos. A maioria dos projetos liberados tem sido para favorecer as grandes empreiteiras e construtoras em contratos de financiamento que privilegiam os setores mais abastados.

A ocupação ocorrida nas casas do Conjunto Atenas, que se encontravam abandonadas há mais de três anos, num momento em que a inflação e o custo de vida aumentam a pressão sobre os trabalhadores, indica que o caminho da luta é o caminho necessário para reverter o grave problema de moradia popular em nossa região, que possui uma falta de mais de 30 mil moradias.

É impossível atender os interesses da população trabalhadora e das grandes empreiteiras e construtoras ao mesmo tempo. Por isso o desdobramento dessa luta deve ser a intensificação da mobilização popular, com o apoio da juventude e dos trabalhadores, para exigir do governo Dilma (PT) que pare de destinar dinheiro público para os grandes grupos empresariais da construção civil, envolvidos em esquemas suspeitos de corrupção de obras públicas e implemente um plano efetivo de habitação, sob controle dos trabalhadores, para a construção de casas populares em regime de mutirão.

Minha casa, minha luta!
PSTU NORTE-PR