quarta-feira, 30 de setembro de 2009

REPRESSÃO AOS ESTUDANTES DA UEL

Hoje, dia 29 de setembro de 2009, 05 estudantes, lutando contra o corte do fornecimento de água no prédio que ocupam desde de maio de 2009 - em virtude de terem sido excluídos no processo de seleção para a nova moradia instalada no Campus - foram presos e espancados pela polícia estadual do Paraná, um deles necessitando, inclusive, ser hospitalizado. A ordem de corte da água veio do Reitor da UEL que vem progressivamente criminalizando o movimento estudantil e levando a Universidade, continuamente, às páginas policiais locais e nacionais.


Cerca de 30 estudantes que não têm condições de arcar com os altíssimos custos dos aluguéis em Londrina, permanecem ocupando o hotel alugado pela Universidade a fim de atender, emergencialmente, aos estudantes, enquanto era construída a moradia estudantil no Campus. O processo e seleção, entretanto, não garantiu vaga para todos aqueles que habitavam a antiga moradia. Em luta por condições de permanência no ensino superior, os estudantes recusaram-se a sair do hotel, enfrentando, desde então, o autoritarismo e a truculência do Reitor Vilmar Marçal que recusa-se a reconhecer o DCE eleito, e os representantes eleitos pelos estudantes para o CA e o CU.

Veja abaixo a violência impetrada contra estudantes universitários que lutavam para que a água da casa não fose cortada. Destaca-se que existem mães com crianças entre os estudantes.

Amanhã será realizado o corte de luz.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

 OS FANTASMAS DA REVISTA VEJA




Em sua última edição, revista volta ao seu tema predileto: atacar a esquerda e afirmar que o socialismo morreu. Quais as causas do ataque?
Diego Cruz

• Que a revista Veja seja o semanário representante da direita mais tosca que existe no país, já não é novidade para ninguém. Surpreende, porém, o nível cada vez mais baixo que a publicação vem atingindo no último período.

A revista, por exemplo, vocifera contra a atualização dos índices de produtividade exigida pelo MST, mesmo que a medida possa atingir uma extrema minoria dos latifundiários. O MST, aliás, que a publicação adora demonizar. Em relação ao golpe de Honduras, Veja não se envergonha em se colocar ao lado dos golpistas que depuseram Zelaya, isolando-se até mesmo entre os seus pares ideológicos. Veja se posta ao lado de representantes folclóricos, como o impagável Olavo de Carvalho e seu colunista preferido, Diogo Mainardi.

Na edição desta semana, a de nº 2132, a revista dedica sua capa a atacar a “intervenção” do Brasil no que seriam “assuntos internos” de Honduras. Critica o “subimperialismo” do governo brasileiro e chega ao cúmulo de comparar o caso com a invasão militar na República Dominicana, em 1965, quando a ditadura enviou tropas ao país caribenho a fim de auxiliar um golpe orquestrado pelos EUA. Curiosamente, a revista não demonstra a mesma curiosidade histórica quando o mesmo governo Lula enviou tropas ao Haiti cinco anos atrás, quando, aí sim, a comparação faria sentido.

Mas uma outra matéria chama atenção nessa mesma edição. Lá pelas tantas, um texto de duas páginas tasca o título “O socialismo não morreu (para eles)”, cuja tentativa parece o de soar irônico. A matéria traz como ilustração uma montagem com representantes de vários partidos de esquerda, vestidos de médicos, ao redor de um Karl Marx deitado numa cama de hospital. E o tom da “matéria” não poderia ser outro. O repórter Fábio Portela tenta desqualificar e ironizar os partidos de esquerda, e para isso vale tudo.

O Padrão Veja
Primeiro, o repórter coloca no mesmo balaio partidos tão diferentes como o PCdoB, PSOL, PSTU, PCB e PCO. Mas para Veja não importa, nem mesmo que um deles componha a base do governo. A matéria tenta impingir uma certa visão fatalista à esquerda. “Apesar de animados, os nossos marxistas não pretendem se esforçar para acelerar a Grande Revolução Vermelha (sic). Acham que basta sentar e esperar, visto que a marcha da história se encarrega de fazer o trabalho pesado”, escreve, mostrando pouco conhecimento do que foi produzido pelo marxismo sobre o funcionamento capitalista, seus limites, e até mesmo as mudanças que o sistema tem adotado, para poder sobreviver às suas contradições fundamentais e manter a taxa de lucro das empresas.

O texto mostra o que Veja entende por jornalismo. A revista recheia a matéria com falas de supostos entrevistados, frases tão desconexas quanto inverossímeis. É desta forma que o presidente do PSTU, José Maria de Almeida, por exemplo, aparece dizendo que: “Ela (a revolução) está chegando, e nós estamos preparados”. Uma frase, evidentemente, absurda. E que não foi dita.

Veja transforma longas entrevistas em frases esparsas, desconexas e sem o menor sentido. Na verdade, as entrevistas e telefonemas não servem para que os partidos expressem seus pontos de vista, o que se poderia imaginar de um jornalismo inteligente ou simplesmente comprometido com o debate de idéias. Não é este o caso. As “entrevistas” servem tão somente para emoldurar as idéias iniciais encomendadas pela revista: os partidos de esquerda são nanicos, a esquerda é lunática, o socialismo morreu. Ataques que fazem parte da pauta permanente da revista, assim como matérias sobre o “primeiro beijo” são publicadas pelas revistas adolescentes a cada seis meses.

O partido da elite
O jornalista Perseu Abramo costumava dizer que a imprensa se comportava como um partido político. E Veja comprova claramente isso. Como qualquer partido, tem lá os seus quadros. O repórter Fábio Portela, um dos editores da revista, por exemplo, é escalado para escrever sobre Hugo Chávez, Venezuela e demais pautas tão caras à direita folclórica. Seus textos, em geral, são recheados de ironias, e chegam ao deboche, como quando chama Ivan Pinheiro, do PCB, de “Ivan, o Terrível”.

A não ser quando decide variar um pouco de pauta, talvez para espairecer, e se põe a escrever sobre o tucano presidenciável Aécio Neves, como na edição do inicio de agosto. O sempre irônico e espirituoso Fábio Portela dá lugar, subitamente, a um respeitoso e comportado repórter. A matéria, sobre as gratificações de desempenho a servidores, implementadas pelo tucano, é recheada de expressões como “espírito público”, “meritocracia”, “resultados expressivos”, entre outras. Sem o menor pingo de ironia.

Panfleto da direita
A imprensa de esquerda, em geral, é criticada e taxada de “panfleto”. Isso porque tem opinião, se coloca claramente em defesa de uma posição e expressa isso sem máscaras de objetividade. O panfleto tem sua função na vida política e tampouco não pode ser desqualificado. Mas a diferença entre um panfleto e um jornal é que, enquanto o panfleto lança algumas poucas ideias a fim de persuadir, o jornal ou uma revista traz informação, parte da apuração dos fatos, análise e dados, ainda que não possa ser imparcial.
Veja, por esse critério, é mais um panfleto que uma revista. E, certamente, não tem nada a ver com jornalismo.

As causas do ódio
Voltando à “matéria” sobre os partidos de esquerda, uma questão se sobressai. Se “os esquerdistas radicais formam um grupo tão curioso quanto inofensivo”, como diz o texto, por que o panfleto travestido de revista com a maior tiragem do país gastaria duas de suas tão valiosas páginas com o tema?

O espaço destinado à “reportagem”, de duas páginas, é o mesmo ocupado pela publicidade de empresas como Ambev, Itaú, Credicard e Santander.

Em seu site, na parte destinada aos anunciantes, Veja divulga que a veiculação de um anúncio de uma página custa R$ 216 mil. Caso o anunciante queira escolher a página, este valor sobe para R$ 280 mil. Não há valores para páginas duplas, logo presume-se que seja a soma de duas páginas.

Assim, duas páginas na Veja custariam algo entre R$ 432 mil e R$ 560 mil. Ou seja, não é algo muito barato, cerca de meio milhão de reais, para que alguém possa se dar o luxo de publicar algo sem relevância. O que preocupa tanto a revista? Seria a volta do debate sobre o marxismo, trazido pela crise econômica mundial? Ou o fato de o socialismo, à luz dessa crise e ao contrário de há alguns anos, voltar a ser pensado e debatido como algo possível?

A pouco mais de um mês do aniversário da queda do muro de Berlim, a revista precisará de muito mais do que ataques infantis como esse para defender sua tese de que o socialismo morreu e de que o outro muro, o de Wall Street, permanece sólido após a maior crise do capitalismo desde 1929.

De qualquer forma, Veja se desmoraliza cada vez mais, escancarando seu verdadeiro caráter. Mostra, a cada dia, o quanto não é indispensável.

UMA LIÇÃO
Editorial do Opinião Socialista Nº 390

• Vivemos uma conjuntura de lutas salariais, provavelmente as mais importantes de todo o ano. Greves metalúrgicas, bancários, trabalhadores dos Correios construção civil, entre outras categorias, estão saindo à luta.

Um elemento que se deve ressaltar é que os trabalhadores, em distintos momentos, apresentaram um grau de radicalização e disposição de luta que não existia nos anos anteriores. Exemplos não faltam: os operários da construção civil de Belém (PA) se enfrentam duramente com a polícia; os metalúrgicos de Taubaté se rebelam contra a direção da CUT e impõem um aumento semelhante ao conquistado pelos metalúrgicos da GM de São José dos Campos (SP).

Por trás dessa radicalização existe uma base real, a piora das condições de vida como resultado da crise. O salário está ruim, o trabalhador tem que trabalhar por si e por seu colega que foi demitido. O resultado é um ritmo infernal na linha de produção. As doenças do trabalho se proliferam, atingindo seus colegas de trabalho e agora você.

Trata-se do preço que está sendo pago pelos trabalhadores pela crise. A recuperação parcial que ocorre neste momento só é possível devido às condições de vida dos trabalhadores. É natural, então, que a situação dentro das empresas surja nas mobilizações salariais.

Essa bronca vai continuar, mesmo depois das greves atuais. Mas vale a pena pensar na situação nacional como um todo e ver se tiramos uma lição de tudo isso. Foi divulgada uma pesquisa de opinião que indica que o governo Lula tem o apoio de 84% dos que ganham até dois salários mínimos.

Isso significa que, mesmo com toda essa bronca, os trabalhadores não culpam o governo pela situação, mas as empresas. É muito importante que os trabalhadores entendam que o patrão é seu inimigo, porque isso é uma parte da verdade. Mas a outra é que existe uma política econômica sendo aplicada no país pelo governo Lula.

Nessas campanhas salariais ocorreram várias rebeliões de bases contra a CUT, a Força Sindical e a CTB, passando por cima dessas direções. É também muito importante que os trabalhadores façam sua experiência com o peleguismo da CUT e Força Sindical e CTB. Mas é necessário entender que essas centrais têm uma direção que é Lula. O governo mandou esses dirigentes acabarem com a greve dos Correios, e eles acabaram.

É necessário que existam muitas rebeliões de base contra o governo. É preciso que se aprenda uma lição da crise e da recuperação atual: o governo esteve, está e estará ao lado dos patrões, fazendo com que os trabalhadores paguem a conta. A política econômica do governo é a defesa dos interesses dos bancos e multinacionais.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Greve dos metalúrgicos da Volkswagen e Ford de Taubaté é suspensa após negociações com as montadoras

 
 
Os cerca de 6.700 trabalhadores de fábricas da Volkswagen e da Ford em Taubaté, no interior de São Paulo, aceitaram suspender a greve desta quarta-feira, após as montadoras terem se prontificado a apresentar na semana que vem nova proposta de acordo salarial.
Assim, as atividades devem ser retomadas na quinta-feira, de acordo o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté, filiado à CUT (Central Única dos Trabalhadores).
Os metalúrgicos declararam greve por tempo indeterminado nesta quarta-feira, em busca de uma renegociação de acordo salarial acertado na semana passada.
Segundo o sindicato, após ter sido fechado na semana passada um índice de reajuste com as montadoras de 6,53%, mais abono de R$ 1.500, os trabalhadores decidiram rejeitar o acordo.
Em assembleia no final da tarde, os trabalhadores votaram pela suspensão da greve, após as montadoras afirmarem o compromisso de reabrir negociações a partir da semana que vem se as atividades fossem retomadas já na quinta-feira.
A decisão pela paralisação ocorreu após metalúrgicos da General Motors da região de São Jose dos Campos (SP) terem conseguido aumento salarial de 8,3% e abono de R$ 1.950 via intermediação do Tribunal Regional do Trabalho.
A fábrica da Volkswagen em Taubaté, que emprega 5.200 trabalhadores, produz os modelos Voyage, Gol e Parati a um ritmo diário de cerca de 1.050 unidades, segundo o sindicato.
A fábrica da Ford, que tem cerca de 1.500 funcionários, é dedicada à produção de motores e transmissão, informou a entidade.
No Paraná, a greve na fábrica da Volkswagen-Audi segue desde 3 de setembro. Segundo o Sindicato de Metalúrgicos da Grande Curitiba, filiado à Força Sindical, cerca de 14 mil carros já deixaram de ser fabricados com a paralisação.
Um dos pontos de discórdia é o índice de reajuste. Enquanto os 3.500 funcionários da unidade exigem aumento de 10%, a proposta mais recente da montadora é de 7,57%.
Fonte: Folha onlaine: da Reuters

Em São Paulo acaba a greve dos trabalhadores dos Correios após manobra realizada pela CTB

 
 
Pelegos ignoraram decisão de manter a greve e declararam a greve encerrada. Deixaram a Praça da Sé escoltada
Na sexta-feira, dia 18, o presidente Lula deu seu recado aos sindicalistas governistas, exigindo “coragem” para acabar com a greve. No mesmo dia, os sindicalistas da CTB no Rio de Janeiro cumpriram a ordem do presidente. O sindicato de São Paulo demorou um pouco mais, mas, nesta quinta-feira, repetiu as manobras feitas no Rio de Janeiro e em outros lugares, como Mato Grosso do Sul, e declararam a greve simplesmente "encerrada".
A assembléia foi um ataque à democracia e um desrespeito com a categoria, que lotou a praça da Sé em cada um dos nove dias de greve. Primeiro, a CTB chamou o advogado do sindicato, para que este apresentasse os perigos de continuar com a greve. Foi uma preparação para o que viria depois, uma tentativa de estabelecer o medo de punições entre os trabalhadores.
Depois, os dirigentes do sindicato, que fizeram discursos inflamados durante vários dias, deixaram cair sua última máscara e mostraram que também são aprendizes de feiticeiros. Defenderam a proposta inicial da empresa, de acordo de dois anos, com 9% de reajuste nesse período, que os trabalhadores haviam rejeitado diversas vezes. Para isso, chegaram a mentir aos trabalhadores, garantindo que se aprovassem, não haveria o desconto dos dias parados. Algo que não foi dito nem pela empresa nem pelo governo. Ao contrário, o próprio Lula, em seu recado, havia ameaçado com o corte do ponto.
“Na hora em que começar a descontar o dia, as pessoas vão perceber que às vezes, no sonho de querer tudo, termina não tendo nada” disse Lula, sobre a greve dos Correios.

Pelego, pelego!
Mesmo com a pressão, os trabalhadores mostraram que têm coragem para seguir lutando. A maioria levantou os braços, aprovando a continuidade da greve, pelo acordo anual e pelo aumento de R$ 300, defendida no carro de som pelo representante da Oposição Nacional Conlutas, Geraldinho Rodrigues.
Mesmo com cerca de 60% aprovando a continuidade da greve, os dois dirigentes do sindicato declararam a greve encerrada e desligaram o carro de som. A reação dos trabalhadores foi imediata: uma chuva de vaias e protestos. Os mais calmos chamavam os sindicalistas de pelegos. Os mais exaltados, gritavam todo tipo de palavrão para mostrar sua revolta. Alguns trabalhadores, de setores onde a CTB dirige, se revoltaram e partiram pra cima dos pelegos. O principal dirigente do sindicato levou um murro no rosto, assim que desceu do carro de som, e os traidores tiveram de deixar a Praça da Sé escoltada por seguranças.
Para Geraldinho Rodrigues, “O PCdoB desmontou a greve, mesmo quando havia forte disposição para seguir adiante. Repetiu o que a CUT fez com os metalúrgicos do ABC, aceitando o acordo rebaixado sem lutar. No final, mostraram mais uma vez que são agentes do governo”.
Ao final, um grupo de trabalhadores se reuniu com a Oposição Conlutas, para avaliar a assembléia e discutir a melhor forma de denunciar o que havia ocorrido para os demais trabalhadores. O clima de revolta com o sindicato era grande entre todos. “A traição da CTB foi vergonhosa. Quem estava na assembléia, saiu revoltado. Além de lutar contra a direção da empresa, que quer privatizar os Correios, temos de construir uma forte oposição, que derrote essa burocracia traidora, que obedece ao governo”, afirma Geraldinho.
Ainda nesta quinta-feira, o sindicato de Rondônia também aprovou o acordo com a empresa. Nesta sexta-feira, outros sindicatos, como os de Brasília, Campinas e Pernambuco, avaliam se permanecem em greve.
Gustavo Sixel

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Greve dos bancários é deflagrada hoje (24) e atinge todos os estados do país

 

 As assembléias de ontem (23) foram massivas e a paralisação deflagrou-se em todos os estados
A proposta da mesa única da Fenaban de apenas repor a inflação do período, esquecendo das reposições das perdas que chegam a quase 100%, aliada a PLR inferior ao ano passado, não foi aceita, e os banqueiros tiveram como resposta nacional da categoria: GREVE por tempo indeterminado.
Os maiores bancos brasileiros obtiveram lucros de mais de 14 bilhões de reais, além do socorro do governo da ordem de mais de 200 bilhões.
Os sindicatos da CUT não tiveram outra escolha que não defenderem a deflagração do movimento. Agora a luta é, além de buscar as perdas, preparar os bancários de bancos públicos a colocar em xeque o governo e ir além do acordo da Fenaban. A briga pela reposição das perdas, PCS, PCC, isonomia e outros itens, não pode parar nas propostas da mesa única da Fenaban.
Os sindicatos de Bauru, RN e MA, que protocolaram a pauta alternativa do MNOB exigindo 30% de reajuste para todos, já tinham realizado paralisações desde o dia unificado contra a crise em 14 de agosto e no dia 28 de agosto dia  do bancário.  A  última paralisação antes de ser deflagrada a greve  foi em 18 de setembro.
As Oposições do Movimento Nacional de Oposição Bancária também não ficaram a reboque do imobilismo da CUT e fizeram mobilizações em praticamente todas as capitais. Este movimento fez com que a categoria exigisse assembléias antes do final de setembro o que se mostrou certo pelo nível de greve que temos hoje.

Para ver o quadro nacional de paralisações entre no site: www.conlutas.org.br

Metalúrgicos da Volks e Ford de Taubaté entram em greve

 
Trabalhadores reivindicam mesmo acordo fechado com GM de São José dos Campos
A CONLUTAS e o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos manifestam seu total apoio à greve dos trabalhadores da Ford e Volkswagen de Taubaté, deflagrada nesta quarta-feira, dia 23.
Os trabalhadores recusaram a proposta defendida pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté, filiado à CUT, e negociada ontem, dia 22, com as empresas. Logo após a negociação, a proposta foi rejeitada em assembleia.
Embora a Campanha Salarial na Volks e na Ford tivesse sido encerrada dia 13 de setembro, as negociações foram retomadas ontem por pressão dos próprios trabalhadores.
Eles se sentiram prejudicados ao tomarem conhecimento do acordo conquistado pelos metalúrgicos da General Motors de São José dos Campos, bastante superior ao negociado pela CUT, de 2% de aumento real e R$ 1.500,00 de abono.
Os trabalhadores da GM conseguiram reajuste de 8,3%, sendo 3,7% de aumento real, e abono de R$ 1.950,00. Esse foi o maior índice de aumento real conquistado pelos metalúrgicos da GM nos últimos quatro anos.
Pressionado pela base, o Sindicato de Taubaté fechou um novo acordo ontem, de 1,66% de aumento real a ser aplicado apenas em outubro de 2010 e um abono de R$ 1.300 dividido em duas parcelas. Ao ser apresentada em assembleia, a proposta foi rejeitada e os trabalhadores decidiram entrar em greve por tempo indeterminado.
“A campanha vitoriosa dos metalúrgicos de São José dos Campos mostrou que é possível conseguir melhorar as propostas patronais. É inevitável que os trabalhadores das outras montadoras da região também queiram o reajuste conquistado na GM. As reivindicações dos trabalhadores são justas e podem ser conquistadas com luta. Nós, da CONLUTAS, oferecemos nosso total apoio à mobilização dos metalúrgicos de Taubaté ”, afirma Luiz Carlos Prates, da coordenação nacional da CONLUTAS.

Fonte: www.conlutas.org.br

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Trabalhadores atropelam a CUT e entram em greve em Taubaté


Volks e Ford podem entrar em greve nesta quarta


[22/09] Depois da CUT ter fechado um acordo rebaixado com o Sinfavea (montadoras), dividindo a categoria metalúrgica que seguia fortemente mobilizada nos estados de São Paulo e Paraná, os trabalhadores da própria base cutista começam a reagir e atropelar essas direções pelegas.

Nesta terça-feira, dia 22, os trabalhadores da Volks e da Ford, em Taubaté, votaram greve a partir desta quarta-feira, dia 23, caso as montadoras não garantam o mesmo reajuste superior conquistado pelos metalúrgicos da GM em São José.

De forma antidemocrática, no ABC e em Taubaté, a CUT fechou o acordo com o Sinfavea, no último dia 12, sem realizar assembleias nas fábricas.

Com os acordos superiores fechados posteriormente na Honda, Toyota, Renault e Volvo e, nesta semana, na GM de São José, os metalúrgicos de Taubaté ficaram ainda mais indignados com a CUT e foram pra cima dos pelegos.

Pressionados, eles tiveram de voltar a negociar. Em assembleia nesta terça, o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté apresentou uma proposta de pagamento de mais um abono de R$ 1.300 em duas parcelas e 1,66% de reajuste em outubro de 2010.

Porém, a direção cutista de Taubaté foi vaiada pelos trabalhadores, que rejeitaram a proposta e decidiram pela greve.

Na luta, metalúrgicos superam acordos rebaixados da CUT

Esta semana, a luta dos metalúrgicos da GM de São José conseguiu romper o reajuste rebaixado de apenas 6,53% fechado pela CUT com o Sinfavea e, nesta segunda-feira, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (filiado à CONLUTAS) fechou acordo de reajuste salarial de 8,3%, sendo 3,7% de aumento real, mais abono de R$ 1.950.

Juntamente com os companheiros da Honda, Toyota (Campinas), Renault e Volvo (Paraná), que também entraram em greve, provamos que, com luta, é possível arrancar aumentos superiores. A Volks, no Paraná, ainda está em greve.

Aliada do governo e dos patrões, a CUT, mais uma vez, traiu os trabalhadores. Muito antes do jogo acabar, a central governista jogou a toalha e fez a vontade dos patrões, fechando acordos vergonhosos, com apenas 2% de aumento real.

Porém, na luta, os trabalhadores podem derrotar os pelegos e garantir conquistas maiores.

“Diante da traição da CUT os trabalhadores estão passando por cima destas direções pelegas. E, de fato, é com luta que se faz conquistas. O Sindicato de São José apóia a mobilização dos trabalhadores, pois é com luta que vamos garantir a conquista para todos”, afirmou o diretor do Sindicato, Luiz Carlos Prates, Mancha.


terça-feira, 22 de setembro de 2009

Internacional
Ato de Solidariedade ao Povo Hondurenho será no dia 23 em São Paulo

 

A situação em Honduras volta a se agravar. A volta do presidente eleito Manuel Zelaya ao país no dia de ontem mais uma vez colocou a verdadeira face dos golpistas.
A repressão brutal contra os manifestantes que estavam em frente a embaixada brasileira, o toque de recolher precisam de uma resposta internacional imediata. As noticias do dia de hoje dão conta que Tegucigalpa esta sitiada pelos militares tentando impedir que as marchas que saíram de várias regiões do país cheguem a capital.
Ao mesmo tempo que os militares tomaram as ruas da capital tentando impedir que a população saia as ruas para se manifestar contra os golpistas. Pelas informações já há vários mortos e a repressão continua.
Por isso em contato com várias entidades decidimos realizar um ato de solidariedade ao povo Hondurenho, dia 23, quarta feira, às 14 h, em frente ao Consulado de Honduras em São Paulo.

Manifestação dia 23/09 - quarta feira - 14 h
Consulado Honduras em São Paulo
Rua da Consolação, 3741
Entre as ruas Mello Alves e Bela Cintra

Didi
Conlutas
Educação
A 1ª Assembléia Nacional da ANEL ficará marcado na história do movimento estudantil

 
 
1ª Assembléia Nacional da ANEL: um encontro para ficar na história

Os dias 12 e 13 de setembro de 2009 ficarão marcados na memória do movimento estudantil brasileiro. A jovem Assembléia Nacional dos Estudantes – Livre! (ANEL), entidade estudantil recém fundada no Congresso Nacional dos Estudantes, realizou nessa data sua 1ª Assembléia.
Quase 400 estudantes presentes de todas as partes do país puderam presenciar essa primeira reunião da nova entidade. Marcada por debates, votações e muito entusiasmo, a Assembléia Nacional definiu os primeiros passos a serem dados pela ANEL.
A sede do DCE da USP, conquista da luta dos estudantes, foi o palco dessa histórica reunião. O amplo espaço do Centro de Convivência dos Estudantes pode ouvir novamente os debates, as palmas, os risos e as palavras de ordem, bem parecidas com as assembléias já realizadas naquele local.
A reunião foi caracterizada por uma outra prática de movimento estudantil, há muito abandonada pela União Nacional dos Estudantes. A democracia, a independência política e financeira e a luta unitária com a classe trabalhadora e os setores oprimidos foram a marca dessa 1ª reunião da nova entidade estudantil.

Veja o relato completo da reunião no blog da ANEL: www.anelivre.blogspot.com
Retorno de Zelaya reacende protestos em Honduras


• Nesta segunda-feira, dia 21, o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, tinha acabado de retornar secretamente ao país. Ele estava refugiado na embaixada brasileira na capital, Tegucigalpa, para onde milhares de manifestantes estavam se dirigindo pedindo o fim do governo golpista.

O retorno de Zelaya reacende as mobilizações contra o golpe. Milhares de pessoas de todos os cantos do país voltam às ruas para exigir o retorno do presidente deposto. Em resposta, o governo golpista de Roberto Micheletti anunciou que todos os aeroportos hondurenhos ficarão fechados. Também foi declarada a extensão do estado de sítio quando foi confirmada a presença de Zelaya na embaixada do Brasil. Os ativistas dos movimentos sociais, sindical e estudantil brasileiros devem permanecer de prontidão para cercar de solidariedade a luta do povo hondurenho.

Logo após o anúncio do retorno de Zelaya, o Opinião Socialista entrevistou Tomas Andino, integrante da Frente de Resistência Contra o Golpe, no momento em que estava na frente da embaixada com outros milhares de ativistas.
Em entrevista por telefone, hondurenho conta como está a situação do paí.

Leia a entrevista no site: www.pstu.org.br

Bola murcha para a direção da CUT


Editorial do Opinião Socialista 389
 


• Existem momentos no movimento operário que devem ficar marcados, porque sinalizam possibilidades e mesmo tendências. O momento que estamos vivendo é de um ascenso sindical, com várias greves de peso acontecendo e outras se preparando.

No meio dessas lutas, a notícia da semana é que o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, tendo à frente a direção da CUT, para evitar problemas com as montadoras de automóveis e o governo, fez um acordo rebaixado na campanha salarial.

Não seria uma novidade, na medida em que essa direção já vem tendo um comportamento pelego há muitos anos, tendo imposto a parceria com as empresas, o banco de horas...

No entanto, a diferença é que essa atitude pelega não parou o restante do movimento, como já ocorreu inúmeras vezes. Ao contrário. Os metalúrgicos da GM de São José dos Campos (SP), dirigidos pela Conlutas, seguiram a mobilização, conseguiram pressionar pela base a unidade de São Caetano do Sul (dirigida pela Força Sindical, que estava a favor do acordo, mas teve que recuar na assembleia) e fizeram uma greve unitária que obteve uma vitória clara, um acordo superior ao dos pelegos da CUT.

Na Honda e na Toyota de Campinas (onde atua a Intersindical), também foram obtidos acordos melhores, assim como na Volvo e na Renault do Paraná (Força Sindical).

Tiraram a máscara dos pelegos
Até agora, nunca tinha ocorrido uma experiência tão concreta nos acordos salariais, que permitem sentir diretamente no bolso as consequências das políticas de cada uma dessas direções. Voltamos a dizer que já ocorreram muitas vezes atitudes semelhantes e mesmo mais graves por parte da direção da CUT. Mas nunca haviam sido tão claras como agora para os setores de ponta do movimento operário do país, os metalúrgicos. A direção da CUT impôs o pior acordo de todos, como consequência de sua política de atrelamento do sindicato ao governo Lula e aos interesses dos patrões.

Trata-se da CUT, que já foi a referência para o sindicalismo combativo de todo o país. Trata-se de São Bernardo do Campo, das históricas assembleias no estádio de Vila Euclides na década de 80. Trata-se, enfim, do berço do PT e do movimento que acabou levando Lula ao governo.

Os ativistas sindicais deveriam discutir este episódio. Por que aconteceu? O que sinaliza como tendência?

Lula xinga os grevistas dos Correios
Se quisermos avançar nesta discussão, podemos acrescentar mais um fato. O presidente, ao fazer uma inauguração no Rio Grande do Sul, se enfrentou com um piquete de trabalhadores dos Correios em greve, ligados à Conlutas. Reagiu, chamando as lideranças sindicais de covardes. Lula xingou grevistas que lutam contra um piso salarial de pouco mais de 600 reais.

O mesmo presidente que não teve coragem de quebrar a patente do Tamiflu, para evitar se enfrentar com uma multinacional como a Roche, xinga os que se arriscam nos piquetes como “covardes”. O mesmo presidente que acoberta José Sarney perde o controle e sai xingando trabalhadores.

É muito importante que os trabalhadores tirem lições desses episódios. A primeira é que, nas greves que estão por vir, devem ficar de olho nas direções da CUT. Bancários, petroleiros e outros devem se preparar para enfrentar as direções da CUT nas assembleias.

A segunda é que Lula realmente não faz um governo para os trabalhadores. Se não fosse assim, não se apoiaria na CUT e na Força Sindical para evitar as greves, não xingaria os grevistas.
Trabalhadores da GM de São José dos Campos conquistam 8,3% e R$ 1.950 de abono


Proposta foi aprovada pelos trabalhadores dos dois turnos nesta segunda


Fonte: www.sindmetalsjc.org.br



• Numa grande vitória da categoria metalúrgica, os trabalhadores da General Motors de São José dos Campos arrancaram reajuste salarial de 8,3% e abono de R$ 1.950 na campanha salarial deste ano. A proposta foi aprovada pelos trabalhadores em assembleia realizada na tarde desta segunda-feira (21), no pátio da GM.
O acordo confirma a força dos metalúrgicos de São José dos Campos, que realizaram quatro paralisações desde o último dia 10, em resposta às propostas rebaixadas apresentadas pelo Sinfavea (Sindicato dos Fabricantes de Veículos Automotores) e, depois, pela própria GM. As primeiras propostas previam apenas reposição da inflação.
As negociações com a montadora terminaram na última sexta-feira, em audiência de conciliação realizada pelo TRT, entre a montadora e o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, filiado à Conlutas. Naquele mesmo dia, os trabalhadores já haviam iniciado uma nova greve por tempo indeterminado.
Na assembleia da tarde de hoje, cerca de 6 mil trabalhadores dos primeiro e segundo turnos aprovaram o reajuste e voltaram ao trabalho.
O reajuste de 8,3% proposto na audiência do TRT contempla salários de até R$ 7 mil. Acima desse valor, haverá um reajuste fixo de R$ 581. Também ficou definido o pagamento pela GM de 50% dos dias parados (a outra metade será compensada pelos trabalhadores) e aumento do piso salarial de R$ 1.250 para R$ 1.305,50. O acordo beneficiará os trabalhadores da GM de São José dos Campos e de São Caetano do Sul (SP).
Além disso, em outra grande vitória da categoria, a GM vai reintegrar os diretores sindicais Sebastião Francisco Ribeiro e Eliane dos Santos, que também são funcionários da empresa e foram demitidos por justa causa durante a greve na montadora.




Acordo é superior ao fechado pela CUT
O índice fechado na GM deverá servir de parâmetro para outros setores metalúrgicos da região que, por enquanto, oferecem apenas 1% de reajuste salarial.
Como uma das mais importantes categorias da classe operária do país, os metalúrgicos de São José dos Campos deram uma forte resposta aos Sindicatos do ABC e de Taubaté, filiados à CUT, que negociaram propostas rebaixadas com a patronal antes de intensificar as mobilizações da categoria, prejudicando o andamento da campanha nas outras bases.
Os trabalhadores, com mobilização, junto com a Conlutas, outros sindicatos combativos e, até contra direções pelegas, passaram por cima dessa traição e estão arrancando aumentos superiores. Foi assim em regiões como Campinas e no Paraná. Essas conquistas dão força às mobilizações que estão em andamento.
“Os metalúrgicos da GM deram um grande exemplo de luta e resistência nessa campanha salarial. Fomos pra cima da empresa e não tivemos medo de lutar por melhores propostas. Essa postura foi fundamental para nossa conquista. Agora, vamos intensificar a luta dos outros setores, que ainda não apresentaram proposta favorável”, afirma o presidente do Sindicato, Vivaldo Moreira Araújo.
“O momento agora é de unificar as lutas de todos os trabalhadores em Campanha Salarial. Só assim vamos fortalecer as mobilizações e garantir conquistas. A CONLUTAS faz um chamado às demais centrais para que realizemos um Dia Nacional de Paralisação das categorias em luta para ampliarmos as conquistas para todos”, concluiu.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Correios: CTB e CUT traem trabalhadores e impõem o fim da greve no Rio

Vinte e dois sindicatos decidem continuar a greve nacional

Na noite de sexta feira, 18/9, após uma passeata com mais de 1.500 trabalhadores, a direção do sindicato do Rio de Janeiro, dirigido pela CTB, operou uma infinidade de manobras e impôs a aceitação do acordo coletivo com validade para dois anos e o fim da greve, anunciando uma possível derrota sem precedentes na história do movimento sindical nos correios.

Já na assembléia da noite anterior a CTB e a CUT queriam aceitar o acordo bianual e acabar com o movimento. Os dirigentes do sindicato anunciaram na imprensa o fim da greve e percorreram os locais de trabalho intimidando e ameaçando os trabalhadores que bravamente garantiam os piquetes. Com argumentos mentirosos diziam que a greve estava fraca em todo o país e só no Rio de Janeiro a proposta estava sendo recusada. Insultavam os militantes da Oposição Nacional Conlutas de todas as formas diante de nossa intransigente defesa contrária ao acordo bianual e nossa organização de centenas de trabalhadores enfurecidos que entoavam a palavra de ordem: “Dois anos não, sindicato pelegão!”

Um diretor do sindicato conhecido como Azevedo agrediu um militante da Conlutas com coices e cabeçadas quando este subiu no carro de som para dividir a fala com um trabalhador de base. Outro diretor conhecido por Cláudio Lobinho, tirou sua pele de cordeiro e percorreu os Centros de Distribuição na Zona Oeste ameaçando os carteiros nos piquetes dizendo que ele estava garantido e “blindado” por ser diretor do sindicato, mas “a base tinha mais é que se f.”. Repetindo o discurso que aprenderam no curso em parceria com o diretor regional dos Correios do Rio, os diretores do sindicato Ronaldo Leite, Marcos Sant'águida, Anizio e Cláudio Lobinho ameaçavam que os dias seriam descontados e mentiam que a ECT já tinha entrado com ação no TST.

Na manhã de sexta-feira a direção do sindicato percorreu os locais de trabalho com baixa adesão à paralisação, convocando para a passeata os trabalhadores que furavam a greve. Com o cartão de ponto batido os trabalhadores foram liberados pelos chefes e rumaram para a assembléia realizada na Cinelândia. Durante a passeata os militantes da Conlutas foram impedidos de subir no carro de som, somente a CUT e CTB. Após o fim da passeata, onde só foram permitidas dez falas no carro de som, foram seis da CUT-CTB favoráveis ao acordo bianual e quatro contrárias, dentre estas uma da Conlutas.

Pela imprensa, a diretoria do sindicato já declarava o previsto fim da greve e afirmava que precisaria “explicar” a proposta à categoria, mas era apenas o ardil necessário para acabar com a greve. Confusos e sem as “explicações” prometidas dois terços dos trabalhadores presentes na assembléia caíram na cilada armada pela direção do sindicato e votaram pela aceitação do nefasto acordo bianual e saída da greve.

O objetivo da CTB e CUT está muito claro: assinar um acordo com validade de dois anos, para que no ano que vem não ocorra nenhum conflito dos trabalhadores com o governo Lula e sua candidata a presidente da república e demais candidatos.

Outro objetivo dos sindicalistas governistas é facilitar o projeto da direção da ECT e do governo na transformação da empresa em Correios S/A. O diretor do sindicato Marcos Sant'águida, já está sendo chamado de “Marquinhos S/A”, pois é um ferrenho defensor da transformação da ECT em sociedade anônima. Já está claro que o objetivo entre os sindicalistas governistas é pegar uma boquinha como membros do Conselho de Administração da nova empresa privatizada. Pois, conforme o parágrafo único do artigo 40 da Lei das S/A (6.404), incluído por FHC e mantido por Lula, está prevista a “participação no conselho de representantes dos empregados, escolhidos pelo voto destes, em eleição direta, organizada pela empresa, em conjunto com as entidades sindicais que os representem.”

Sabemos que luta de classes é dinâmica e a história se repete como farsa ou como tragédia. Este pretenso acordo coletivo bianual, se implantado, poderá se tornar um modelo para as demais categorias em luta, como bancários, petroleiros, metalúrgicos, o que seria uma derrota imposta pelo governo de frente popular ao conjunto dos trabalhadores brasileiros.

Caso as direções da CUT e da CTB tivessem realmente compromisso com os interesses da classe trabalhadora a postura coerente seria a convocação de nova assembléia no RJ para retomada e fortalecimento da greve que se mantem forte e resistente na maioria dos 35 sindicatos dos trabalhadores dos Correios.

Heitor Fernandes, do Rio de Janeiro (RJ), diretor da FENTECT pela oposição Conlutas
METALÚRGICOS DA GM DE SÃO JOSÉ DECIDEM HOJE SOBRE REAJUSTE


Assembleia reunirá trabalhadores do 1º e 2º turno
[21/09] Os trabalhadores da General Motors de São José dos Campos decidem, nesta segunda-feira, às 14h30, em uma grande assembleia, se aceitam a proposta para a Campanha Salarial deste ano. O acordo prevê 8,3% de reajuste salarial, sendo 3,7% de aumento real, e abono de R$ 1.950.

Se aprovado pela categoria, este acordo vai superar os índices fechados pelo Sinfavea (Sindicato dos Fabricantes de Veículos Automotores) com os Sindicatos dos Metalúrgicos do ABC e de Taubaté, filiados à CUT, que ficou em 6,53% e abono de R$ 1.500.

A aprovação pelos trabalhadores de São José dos Campos, se confirmada, vai colocar fim ao impasse que se arrasta há dois meses. A princípio, as montadoras ofereciam apenas a reposição da inflação e resistiam em avançar nas cláusulas sociais.

Os metalúrgicos da montadora intensificaram a mobilização para pressionar a empresa. Desde o dia 10 de setembro, ocorreram quatro dias de paralisação.

Na última sexta-feira, em audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em Campinas, foi construída uma nova proposta, mas a GM só deu sua resposta final no domingo, em telefonema ao Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, filiado à CONLUTAS.
O reajuste de 8,3% proposto na audiência do TRT contempla salários de até R$ 7 mil. Acima desse valor, haverá um reajuste fixo de R$ 581. Também ficou definido o pagamento de 50% dos dias parados. O acordo também beneficiará os metalúrgicos de São Caetano do Sul (SP).


Reintegração
Além disso, numa grande vitória da categoria, a GM vai reintegrar os diretores sindicais Sebastião Francisco Ribeiro e Eliane dos Santos, que também são funcionários da GM e foram demitidos por justa causa durante a greve na montadora.
Na manhã desta segunda, os trabalhadores do 1º turno do setor S10, em assembleia, encerraram a greve iniciada na última sexta-feira e aprovaram o acordo negociado entre o Sindicato e a GM. A aprovação foi unânime entre os cerca de 2 mil metalúrgicos presentes, que também aprovaram a realização de uma assembleia unificada à tarde entre os trabalhadores do 1º e 2º turnos. A assembleia da tarde deve reunir cerca de 6 mil trabalhadores.
“Esta foi uma campanha que comprovou a grande força dos metalúrgicos, que não se deixaram enganar pela choradeira dos patrões. Agora, vamos intensificar a luta dos outros setores, que ainda não apresentaram proposta favorável”, afirma o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Vivaldo Moreira Araújo.

Fonte: http://www.sindmetalsjc.org.br/

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

PARALISAÇÕES ATINGEM MONTADORAS
 EM SP E NO PARANÁ

Trabalhadores da GM pararam por 24h nesta quinta
[10/09] Cerca de 30 mil metalúrgicos das montadoras estão em greve nesta quinta-feira, dia 10, pela Campanha Salarial.

Hoje, em São José dos Campos, 8 mil metalúrgicos da GM aprovaram greve de 24 horas.

No Estado do Paraná, 8.500 trabalhadores da Volks-Audi e Renault-Nissan estão parados desde a última sexta-feira.
Assembléia de Metalurgicos em São José dos Pinhais
No ABC Paulista, trabalhadores da Ford, Mercedes-Benz, Scania, Karmanghia e Metal Leve também pararam e realizaram passeatas nas proximidades das empresas, somando 7 mil metalúrgicos.

Nas negociações, as montadoras ofereceram apenas o repasse da inflação, sem direito a aumento real.

No bloco unificado dos Sindicatos de São José dos Campos, Campinas, Limeira e Santos, que somam 130 mil trabalhadores, a pauta de reivindicação inclui reajuste de 14,65% (sendo 8,53% de aumento real), redução da jornada para 36 horas sem redução de salário e sem banco de horas, estabilidade no emprego por, no mínimo, dois anos, e renovação e ampliação das cláusulas sociais.

Unificar e intensificar as lutas
Além de metalúrgicos, diversas categorias estão em campanha salarial neste momento. São petroleiros, construção civil, bancários e trabalhadores dos Correios.
A CONLUTAS (Coordenação Nacional de Lutas) defende a unificação dessas lutas.
“Os patrões e o governo Lula querem que a classe trabalhadora pague pela crise. Querem manter os lucros em alta e, por isso, se recusam a conceder aumento real de salário. Enquanto as empresas são beneficiadas com redução de IPI, subsídios e financiamentos com dinheiro público, os trabalhadores são demitidos ou submetidos a um ritmo intenso nas linhas de produção. Temos de unificar as lutas para fortalecer nossa campanha”, afirma Luiz Carlos Prates, o Mancha, da Secretaria Executiva da CONLUTAS.

Assembléia dos trabalhadores da GM SJC
A CONLUTAS faz um chamado à CUT e à Força Sindical para unificação da Campanha Salarial e intensificação da luta para garantir 14,65% de reajuste pra toda categoria!

Do site do sindicato dos Metalúrgicos de São Jose dos Campos, filiado a CONLUTAS: www.sindmetalsjc.org.br
EM SARANDI PSTU COMEMORA SEUS 15 ANOS

No dia 05 de setembro cerca de 60 pessoas acompanharam na cidade de Sarandi no Paraná, o ato político em comemoração aos 15 anos do PSTU, que aconteceu na Câmara Municipal da cidade. O rol de entrada foi decorado com fotos das lutas do partido recentes e históricas, no auditório principal da casa foi reproduzido o vídeo “Meu partido é assim” que conta a história do partido. Pierre Fernandez da direção estadual e Rodrigo Dias da direção municipal do PSTU realizaram as falas do ato apresentando o partido e foram complementados pelas saudações de representantes das direções de Curitiba e Maringá. A atividade foi marcada por grande emoção e pela participação ativa dos principais setores em luta da cidade.

Com os lutadores
O Ato refletiu as mobilizações que a cidade tem vivido no último período, em especial a grande manifestação realizada no último dia 31, onde cerca de 800 pessoas tomaram as ruas da cidade. Estiveram presentes ativistas e militantes da Juventude, da luta por moradia, funcionários públicos e operários. Enfim, a vanguarda que tem organizado as mobilizações pelo que ficou conhecido na cidade como “luta contra o Lixo”, a luta pela moradia popular, pelo fora Sarney, pela reorganização do movimento estudantil e sindical na região.
A construção de uma alternativa
O PSTU se organiza na cidade a pouco mais de 3 meses, e a realização desta comemoração só foi possível porque o partido esteve ligado diretamente aos processos de mobilização da cidade, onde ganhou respeito da vanguarda e simpatia da população em geral.
O programa e a política do PSTU encontrou campo fértil para florescer em meio às reivindicações e a luta do povo pobre e trabalhador de Sarandi, uma verdadeira alternativa ao PT governista de Lula que administrou a cidade por 8 anos, privatizando e sucateando os serviços públicos e ao atual prefeito do PP que, apesar da retórica, segue com a mesma política do anterior e a aprofunda.


Um convite aos lutadores
Ao final de sua fala Rodrigo Dias convidou todos os ativistas e simpatizantes a se somarem na construção desta alternativa. Um partido da juventude e dos trabalhadores que luta no dia a dia sem abandonar as bandeiras da revolução e da luta pelo socialismo.

Graciele de Oliveira

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

É COM MUITO ORGULHO QUE CONVIDAMOS A TODOS PARA PARTICPAR DA COMEMORAÇÃO DOS 15 ANOS DO PSTU EM SARANDÍ. SERÁ NO PRÓXIMO SÁBADO, NA CÂMARA MUNICIPAL, COM INÍCIO  ÀS 19 E TERMINO AS 21 HORAS. EM SEGUIDA SERÁ REALIZADA UMA CONFRATERNIZAÇÃO EM UMA LANCHONETE DA CIDADE.
DURANTE A ATIVIDADE SERÁ EXIBIDO O DOCUMENTARIO "MEU PARTIDO É ASSIM" QUE CONTA UM POUCO DA HISTÓRIA DE NOSSA ORGANIZAÇÃO, SEUS PRINCIPIOS E METODOS. COMPLEMENTANDO A EXIBIÇÃO DO VIDEO SERÁ PROFERIDA A PALESTRA "A HISTORIA E OS DESAFIOS DE CONTRUIR  UM PARTIDO REVOLUCIONARIO - PSTU 15 ANOS"  POR UM MEMBRO DA DIREÇÃO DO PARTIDO.
ESTARÃO PRESENTES OS LUTADORES DA JUVENTUDE, OS TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO, OS SEM TETOS E AS ORGANIZAÇÕES POLITICAS QUE NO ÚLTIMO DIA 31 REALIZARAM UM GRANDE ATO EM NOSSA CIDADE. 

CONTAMOS COM A PRESENÇA DE TODOS!!!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

INDEPENDÊNCIA OU MORTE?


A semana da independência vai ser marcada pela polêmica ao redor da exploração do pré-sal. O governo está apresentando sua proposta de novo marco regulatório para a exploração do petróleo como uma medida nacionalista, uma “segunda independência”.
A mais nova propaganda governista se apóia em uma comparação com as regras atuais, impostas durante a quebra do monopólio por Fernando Henrique Cardoso (FHC) em 1997. Seria realmente uma medida nacionalista a revogação da medida de FHC, o que Lula não fez. Ao contrário, seguiu com o mesmo conteúdo, só trocando o regime de concessão pela da partilha. Em ambos os casos, o mesmo critério de associação com as multinacionais do petróleo é mantido. Tanto FHC como Lula deixam de lado a opção nacional e soberana, que assegurava o petróleo 100% nosso.
Só que, no caso de Lula é mais grave. A descoberta de petróleo na camada pré-sal abre a possibilidade do país passar suas reservas de 14 para 64 bilhões de barris, saltando do 11º para o 8º lugar em reservas do mundo (a frente de Nigéria e Líbia). Ou seja, pode passar a ser um exportador de petróleo, com todas as possíveis conseqüências econômicas e sociais para o país. Isso não ocorria nos tempos de FHC.
O governo Lula, por ter origem na esquerda, aplicou o mesmo plano neoliberal de FHC e mesmo assim continuou com o apoio dos trabalhadores, que confundiram o crescimento econômico com a “preocupação social” de Lula. Agora o presidente quer impor uma medida ainda mais reacionária e entreguista que FHC e se passar por “nacionalista”.
Não é uma novidade o entreguismo do governo petista. Em tempos de crise econômica na América Latina, o papel de Lula se revelou fundamental. É através de Lula que o imperialismo norte- americano consegue um representante para seu trabalho sujo no continente. Foi assim nas crises da Bolívia (na questão da nacionalização do gás), na suspensão dos pagamentos da dívida no governo Kirchner na Argentina (repudiada por Lula), nas crises na Venezuela (quando Lula montou um grupo de “amigos da Venezuela” que incluíam até George W. Bush). Não é por acaso que, durante o governo Bush, Lula dizia que o mais repudiado presidente norte- americano dos últimos tempos era “seu amigo”. Agora, para Obama, Lula é “o cara”.
Mas a maior prova da submissão de Lula ao governo dos EUA é o papel das tropas brasileiras no Haiti. Hoje existe uma ocupação militar do país mais pobre do continente, por ordem da então administração Bush e legalizada pela ONU. O objetivo é assegurar um plano econômico duríssimo, que impõe zonas industriais com multinacionais pagando um salário mínimo de menos que 100 reais ao mês.
As tropas foram recebidas no início com carinho pelo povo haitiano. Hoje, depois que seu papel se demonstrou através de uma violenta repressão, o povo haitiano repudia as tropas e está lutando contra elas. As denúncias de assassinatos pelas tropas brasileiras de trabalhadores e estudantes na luta contra o salário mínimo miserável são manchas que não se apagarão da história brasileira. Como dizia Lênin, não é livre um povo que oprime outro povo.
Na história do nosso país consta que alcançamos a independência sob o grito de “independência ou morte”. A ocupação do Haiti, porém, foi um ato contrário à nossa independência, de pura submissão às ordens do governo dos EUA que já estava ocupado com a guerra do Iraque e não podia assumir outra invasão. Por isso precisava de tropas latino-americanas, encontrando uma resposta imediata e subserviente em Lula. Agora, a ocupação está levando a mortes de vários haitianos, que tragicamente se assemelham em tudo (na cor e na pobreza) aos moradores de nossos bairros mais humildes.
Nessa semana da independência, queremos denunciar o governo Lula como um dos mais entreguistas da história. E exigir do governo a revogação total da Lei do Petróleo criada por FHC. Só assim a Petrobrás poderá ser 100% estatal e ter o monopólio da exploração do petróleo. E, junto com o povo haitiano, exigir do governo a imediata retirada das tropas brasileiras do país.
Petróleo 100% nosso!
Fora as tropas brasileiras do Haiti!
Obs.: Este é o editorial do jornal Opinião Socialista 387, semanário de nosso partido que pode ser adquirido com um de nossos militantes ou via assinatura que pode ser feita pelo site: www.pstu.org.br .
Uma visão socialista e revolucionaria dos principais fatos da semana você encontra em nosso jornal.